sexta-feira, 10 de abril de 2020

Sexta Na Usina: Reinaldo Jose Cassiano:


Senhorita, senhorita.
Menina mulher. Faceira e guerreira
Quem entre os mortais não há quer.
As fantasias que tive, e as tenho.
No teu corpo vou realizar.
Beijar tua boca, teus cabelos pentear.
Ouço a musica.
Quem vai dizer que paixão não e loucura.
Tem de ver, meu devaneio.
Tem que caminhar junto ao meu passeio.
Onde horas fico a enamorar.
Menina mulher.
Senhorita, senhorita.
Minhas mãos querem as tuas, meus sonhos
Querem apenas serem verdades, a teu lado.
Um passado apenas a apagar. 


Texto. Senhorita.

Data. 02.12.2013

Autor. Reinaldo Jose Cassiano;











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Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Alexandre Pagniozzi Gonçalves:


 E como ultimo suspiro!


Meus olhos aos seus
Guiam-me rumo ao teu
Coração numa explosão.


E sem explicação nas

Chamas que se ascendem

Ao toque de nossas mãos.



E com grande sedução

Tocamos nossos lábios

Com beijo bem molhado.



Sem controle de nossos

Corpos já imploram por 

Impulso serem tocados.



Um desejo enlouquecedor,

Nas pouses sensuais e

Provocantes que fazemos.



Neste êxtase hora segue

Contemplando-se nossos

Corpos ao grande amor



E como ultimo suspiro!

Brado o mais alto!

Eu te amo! Meu amor...



Poeta

by@xandy

04/12/13



T e A





Sexta Na UsinaPoetas Da Rede: Luiz Alberto Quadros Gonsalves:Violência:



Salta aos olhos a violência

os maus estão ai, presente,

perdemos, aos pouco, a inocência.

Somos arrastados, triste corrente.

Corpo exausto, cansado, com dor;

alma sofrida, temerosa, dormente.

Tão triste

olhar o irmão perdido no vício
caído no chão
ferido
coberto com papelão,
tão frio,
gelado de morte
sem rumo, sem norte,
vazio, sem alma, sem dor
sem sorte.
Em volta ninguém acalma.
Traficante de vidas sem coração.
É tão triste
saber que tudo isto existe
e nada poder fazer,
viver sob fogo cruzado
e ter os braços fechados
educado
a cumprir o silêncio
e vendo o Pobre Inocêncio
caído no asfalto molhado
sem vida.
Salta os olhos a violência
e nós perdemos a inocência.


Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves



Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:Fábio Cruz: Existencialismo:


A maior luta do homem.
É contra si mesmo.
Travada no silêncio da alma

Mórbida e calma

Ela vai sedimentando e aperfeiçoando.

Os caminhos são lúgubres
E estamos condicionados à liberdade.
Não adianta negar a si mesmo 
Culpar o próximo ou mesmo fugir
O homem está condenado a se fazer homem.

O viver é sempre uma angústia
O peso da liberdade 
É um fardo a ser carregado.
Então homen acate seu livre arbítrio
Encontre sua verdade verdadeira
Escolha seu caminho e não olhe pra traz
Não existe culpado ou inocente. 
Somos vítimas das nossas próprias escolhas.
(Fábio Cruz)

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:Leonardo Lisbôa:


Viveres por Morreres, Morreres por Viveres.
Somos filhos de nosso tempo.
Nenhuma novidade há nesta sentença que é lugar comum para historiadores e filósofos.

Carregamos em nossa bagagem íntima a realidade da época de nossa formação humana. Sou filho da década de 60,70, 80 e 90 do século 20.

Estas décadas foram marcadas pelo pós-guerra, pela suposição supersticiosa do fim eminente, pela violência e pelo carpe diem.

Como o suposto fim se aproximava – ameaça atômica ou como pregavam os fanáticos religiosos – conscientemente ou não os caminhos percorridos eram os vícios – cigarros, os mais inocentes; o álcool; as drogas, o sexo livre – surgimento da AIDS, movimentos sócio-políticos compromissados coletivamente e sem compromissos consigo mesmos – guerras e comunidades alternativa, e, finalmente, o fanatismo religioso.

Eram todos caminhos que levavam à loucura. Tiravam as pessoas do equilíbrio, do bom senso. Caminhos que todos de alguma forma percorriam sem saber, de sã consciência, a razão de se embrenharem por eles.

Eram os “malucos-belezas” de Raul Seixas, os soldados de Cristo de Billy Graham ou Neimar de Barros. Eram também os anti-ditaduras bem como os anti-comunistas. Todos buscando alguma ideologia para justificarem esta ideia do fim e do caos. Quem não se entregava a alguma destas paixões se entregava a certa frivolidade, apatia ou desdém de tudo.

Era o fim do século! Era o fim do milênio.
Morria-se de magreza e câncer por tanto fumar. Morria-se drogado. Morria-se de AIDS. Morria-se de guerra. Morria-se de tortura pela ditadura. Morria-se de pobreza. Morria-se por combater o comunismo. Morria-se por combater o capitalismo. Morria-se de tédio. Morria-se de fanatismo com suas diversas formas como as vítimas de Jim Jones ou como se morria por Jesus.
O século vinte acabou bem como suas formas românticas de morrer.
O século 21 nasceu. E as pessoas morrem, continuam morrendo, de pós-modernidade. É a gordura mórbida que mata – nunca se viu tantos obesos; morre-se também por falta de valores e princípios – nunca se viu uma geração tão desnorteada por causa de orientações sexuais, por tanta liberdade de ser e ter, por tanto achar supostas soluções para tudo...
É o ser humano um ente angustiado e neurótico!
Morria-se por tanto fim, morre-se agora por ser sem fim.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 20/07/2015.