domingo, 31 de março de 2019

Domingo Na Usina: Biografias: Léonora Miano:




(Douala, 12 de março de 1973) é uma escritora francesa[1] .

Nascida em Camarões, escreveu suas primeiras poesias aos 8 anos de idade. Em 1991, mudou-se para a França, estudando literatura americana em Valenciennes e Nanterre. Publicou em 2005 seu primeiro romance, L'intérieur de la nuit, que lhe valeu uma série de prêmios. O livro, sobre uma jovem africana que volta à terra natal (um país imaginário chamado Mboasu) depois de estudar na França, já traz os temas que marcariam o resto da sua obra: a consciência negra e a diáspora africana.

Naturalizou-se francesa em 2008. Fundou em 2010 a ONG Mahogany, dedicada a projetos sobre a diáspora[2] .

Em 2013, tornou-se a primeira autora de origem africana a vencer o Prêmio Femina, por seu romance La saison de l'ombre[3] .

Obras
2013 - La saison de l'ombre (romance) - Grasset, 2013 - Prêmio Fémina 2013 e Grand Prix du Roman Métis 2013
2012 - Habiter la frontière (conferências) - L'Arche Editeur
2012 - Ecrits pour la parole (teatro) - L'Arche Editeur - Prêmio Seligmann contra o racismo 2012
2011 - Ces âmes chagrines (romance) - Plon
2010 - Blues pour Elise (romance) - Plon
2009 - Les aubes écarlates (romance) - Plon - Troféu das artes afro-caribenhas 2010
2009 - Soulfood équatoriale (contos) - Nil - Prêmio Eugénie Brazier 2009
2008 - Tels des astres éteints (romance) - Plon
2008 - Afropean soul (contos) - Flammarion
2006 - Contours du jour qui vient (romance) - Plon - Prêmio Goncourt 2006, Prix de l'Excellence camerounaise 2007
2005 - L'intérieur de la nuit (romance) - Plon - Prêmio Louis Guilloux 2006, Prêmio René Fallet 2006, Prêmio Montalembert 2006, Prêmio Grinzane Cavour 2008.

fonte de origem:
Léonora Miano (Douala, 12 de março de 1973) é uma escritora francesa[1] . Nascida em Camarões, escreveu suas primeiras poesias aos 8 anos de idade. Em 1991, mudou-se para a França, estudando literatura americana em Valenciennes e Nanterre. Publicou em 2005 seu primeiro romance, L'intérieur de la nuit, que lhe valeu uma série de prêmios. O livro, sobre uma jovem africana que volta à terra natal (um país imaginário chamado Mboasu) depois de estudar na França, já traz os temas que marcariam o resto da sua obra: a consciência negra e a diáspora africana. Naturalizou-se francesa em 2008. Fundou em 2010 a ONG Mahogany, dedicada a projetos sobre a diáspora[2] . Em 2013, tornou-se a primeira autora de origem africana a vencer o Prêmio Femina, por seu romance La saison de l'ombre[3] . Obras 2013 - La saison de l'ombre (romance) - Grasset, 2013 - Prêmio Fémina 2013 e Grand Prix du Roman Métis 2013 2012 - Habiter la frontière (conferências) - L'Arche Editeur 2012 - Ecrits pour la parole (teatro) - L'Arche Editeur - Prêmio Seligmann contra o racismo 2012 2011 - Ces âmes chagrines (romance) - Plon 2010 - Blues pour Elise (romance) - Plon 2009 - Les aubes écarlates (romance) - Plon - Troféu das artes afro-caribenhas 2010 2009 - Soulfood équatoriale (contos) - Nil - Prêmio Eugénie Brazier 2009 2008 - Tels des astres éteints (romance) - Plon 2008 - Afropean soul (contos) - Flammarion 2006 - Contours du jour qui vient (romance) - Plon - Prêmio Goncourt 2006, Prix de l'Excellence camerounaise 2007 2005 - L'intérieur de la nuit (romance) - Plon - Prêmio Louis Guilloux 2006, Prêmio René Fallet 2006, Prêmio Montalembert 2006, Prêmio Grinzane Cavour 2008

Domingo Na Usina: Biografias: Carlos Nejar:



 (Luiz C. Verzoni N.), advogado, professor e poeta, nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de janeiro de 1939. Está  radicado no  seu  Paiol da Aurora,  em Guarapari (ES). Membro da Academia Brasileira de Letras, onde foi secretário-geral e presidente em exercício, este poeta e ficcionista é considerado um dos 37 escritores da América Latina e Hispânica mais importantes do século XX — ao lado de Octávio Paz, Jorge Luís Borges e César Vallejo. Conquistou prêmios como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte, com Silbion, melhor livro de poesia de 99. E o prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, com Riopampa, melhor romance de 2000, num júri composto por Carlos Heitor Cony, Autran Dourado e Ildásio Tavares.

Principais obras:
De Selésio a Danações (obras reunidas);
O poço do calabouço (poesia);
Árvore do mundo (poesia);
Obra poética I (poesia)
Os melhores poemas de Carlos Nejar (poesia);
Memórias do porão: memórias do esquecimento (poesia em versículos);
A genealogia da palavra: antologia pessoal (poesia);
Amar, a mais alta constelação: sonetos (poesia);
A chama é um fogo úmido (poesia);
Aquém da infância (poesia);
Arca da aliança (poesia);
O dia pelos dias (antologia);
Sonetos do paiol, ao sul da aurora (poesia);

Carta aos loucos (romance). 

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Domingo Na Usina: Biografias:Carolina Maria de Jesus:



Nasceu a 14 de Março de 1914 em Sacramento -MG, cidade onde viveu sua infância e adolescência. Seus pais, provavelmente, migraram do Desemboque para Sacramento quando houve mudança da economia da extração de ouro para as atividades agropecuárias.
Quanto a sua escolaridade em Sacramento, estudou em um colégio espírita, que tinha um trabalho voltado às crianças pobres da cidade, através da ajuda de pessoas influentes. Carolina estudou pouco mais de dois anos. Toda sua educação formal na leitura e escrita é com base neste pouco tempo de estudos.
Mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento, por ser negra e pobre, Carolina revelou através de sua escritura a importância do testemunho, como meio de denúncia, da desigualdade social e do preconceito racial.
Sua obra mais conhecida, com tiragem inicial de dez mil exemplares esgotados na primeira semana, e traduzida em 13 idiomas nos últimos 35 anos é "Quarto de Despejo -Diário de uma favelada". Essa obra resgata e denuncía a realidade da favela do Canindé, em São Paulo, no início da "modernização" da cidade e do surgimento constante das periferias. Realidade cruel e perversa, até então pouco conhecida. Essa literatura documentária, pela narrativa feminina, em contestação, tal como foi conhecida e nomeada pelo jornalismo de denúncia dos anos 50-60, é considerada uma obra atual, pois a temática da conta de problemas existentes até hoje nas grandes cidades.

"Quarto de Despejo" inspirou diversas expressões artísticas como a letra do samba "Quarto de Despejo" de B. Lobo; como o texto em debate no livro "Eu te arrespondo Carolina" de Herculano Neves; como a adaptação teatral de Edy Lima; como o filme realizada pela Televisão Alemã, utilizando a própria Carolina de Jesus como protagonista do filme "Despertar de um sonho" (ainda inédito no Brasil); e, finalmente, a adaptação para a série "Caso Verdade" da Rede Globo de Televisão em 1983.
Carolina sempre foi muito combativa, por isso era mal vista pelos políticos de esquerda e direita quando começou a participar de eventos em função do sucesso de seu livro. Por não agradar a elite financeira e política da época com seu discurso, acabou caindo no ostracismo e viveu de forma bem humilde até os momentos finais de sua vida.
Carolina foi mãe de três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima. Faleceu em 13 de Fevereiro de 1977, com 62 anos.
A obra de Carolina Maria de Jesus é um referencial importante para os estudos culturais e literários, tanto no Brasil como no exterior e representa a nossa literatura periférica/marginal e afro-brasileira. Um exemplo de resistência, inteligência e capacidade que fica pra sempre na história da nossa cultura.



Bibliografia :

Quarto de Despejo 1960

Casa de Alvenaria 1961

Pedaços de Fome 1963

Provérbios 1963


Diário de Bitita 1982 (Póstumo).

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Domingo Na Usina: Biografias: Vianna Moog:



Terceiro ocupante da Cadeira 4, eleito em 20 de setembro de 1945, na sucessão de Alcides Maya e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em 17 de novembro de 1945.

Vianna Moog (Clodomir V. M.), advogado, jornalista, romancista e ensaísta, nasceu em São Leopoldo, RS, em 28 de outubro de 1906, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de janeiro de 1988.

Filho de Marcos Moog, funcionário federal, e de Maria da Glória Vianna Moog, professora pública, foi aluno da escola dirigida por sua mãe na cidade natal e, depois, do Colégio Elementar Visconde de São Leopoldo.

Após a morte da mãe, freqüentou como aluno interno, durante dois anos, o Instituto São José, de Canoas, dirigido pelos Irmãos Lassalistas. Cursou também em 1917 o Colégio São Jacó, de Hamburgo Velho, dos Irmãos Maristas. Em 1918 ingressou no ginásio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, onde concluiu os preparatórios. Queria seguir a carreira militar e, para isso, veio ao Rio prestar exame na Escola Militar do Realengo. Como, porém, nesse ano, não se abrissem as provas vestibulares, voltou logo para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio, e, em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito. Foi nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão do Contrabando na Fronteira e designado para a Delegacia Fiscal daquela cidade.

Em 1926 prestou concurso para agente fiscal de imposto de consumo. Classificou-se em segundo lugar e serviu dois anos na cidade de Santa Cruz e um na cidade do Rio Grande. Colou grau como bacharel em Direito a 9 de janeiro de 1930. E foi orador da turma.

Participou da campanha política da Aliança Liberal e dos entusiasmos da Revolução de Outubro de 1930. As suas atividades jornalísticas só começaram depois da vitória da Revolução. Foi removido para a capital do Estado como agente fiscal e combateu o tenentismo pelas colunas do Jornal da Noite.

Em 1932, como participante da Revolução Constitucionalista, foi preso e transferido da capital do Rio Grande do Sul para a capital do Amazonas. Pouco depois foi para Teresina. E do Piauí retornou a Manaus. Desta vez serviu no interior até que a anistia, concedida pelo Congresso em 1934, o restituísse ao Sul. Foi no período de exílio que começou propriamente a sua atividade literária. No Amazonas escreveu dois livros: Heróis da decadência Reflexões sobre o humor, com estudos sobre Petrônio, Cervantes e Machado e O ciclo do ouro negro, ensaio de interpretação da realidade amazônica. Voltando a Porto Alegre, dirigiu o vespertino Folha da Tarde. Dessa fase breve, resultou Novas cartas persas, sátira em torno da situação político-social.

Consagrou-se mais intensamente à literatura com o golpe de 1937. Publicou, em 1938, o ensaio Eça de Queirós e o século XIX e o romance Um rio imita o Reno, ao qual conferiu-se, em 1939, o Prêmio Graça Aranha. Colaborou em La Prensa. E, como representante do Rio Grande, fez conferências na Exposição do Livro Brasileiro em Montevidéu e falou na inauguração do auditório da Gazeta, de São Paulo, em que colaborava.

Em 1942 foi nomeado membro do 2º Conselho de Contribuintes, em Porto Alegre. E foi promovido para o quadro dos agentes fiscais do Distrito Federal. Nesse mesmo ano, fez no Itamarati a convite da Casa do Estudante do Brasil a conferência Uma interpretação da literatura brasileira, publicada em opúsculo e traduzida para vários idiomas, na qual ele procurou interpretar a literatura brasileira através do que chamou “ilhas de cultura mais ou menos autônomas e diferenciadas”, caracterizada cada uma pelo seu genius loci particular.

Ainda em 1942, a convite da Fundação Guggenheim, embarcou para os Estados Unidos, onde se demorou oito meses e escreveu artigos para o New York Herald e algumas revistas americanas. De 1946 a 1950, serviu na Delegacia do Tesouro em Nova York, quando começou a escrever uma biografia de Lincoln. Em 1950 foi nomeado representante do Brasil junto à Comissão de Assuntos Sociais das Nações Unidas e, nesse caráter, participou em Nova York e Genebra de todas as reuniões da Comissão. Em 1952, indicado pelo Brasil, foi eleito pelo Conselho Internacional Cultural para representar o Brasil na Comissão de Ação Cultural da OEA, com sede no México. Vianna Moog ali residiu por mais de dez anos, como presidente da Comissão.

Participou em 1956, como presidente da Comissão, da 2ª Reunião do Conselho Interamericano Cultural. Em 1959 representou o Brasil na 3ª Reunião do CIC, em Porto Alegre.


Nomeado de novo para a Comissão Social das Nações Unidas em 1961, foi eleito seu presidente para a XIII Sessão. Em 1963 elegeu-o a Comissão para integrar o Conselho Superior do Instituto Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento Social, com sede em Genebra. Em 6 de setembro de 1969 renunciou ao mandato na Comissão da OEA, aposentando-se a seguir no cargo de fiscal do imposto de consumo. Foi membro do Conselho Federal de Cultura.

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Domingo Na Usina: Biografias: Luís da Câmara Cascudo:



"Queria saber a história de todas as cousas do campo e da cidade. Convivência dos humildes, sábios, analfabetos, sabedores dos segredos do Mar das Estrelas, dos morros silenciosos. Assombrações. Mistérios. Jamais abandonei o caminho que leva ao encantamento do passado. Pesquisas. Indagações. Confidências que hoje não têm preço."

Em entrevista ao jornal "A Província", Luís da Câmara Cascudo recriou a atmosfera da sua meninice, revelando os interesses que desde então o levariam a se tomar dos mais respeitáveis pesquisadores do folclore e da etnografia de nosso país.

Filho de um coronel e de uma dona de casa, de família abastada, Luís da Câmara Cascudo estudou no Externato Coração de Jesus, um colégio feminino dirigido por religiosas. Teve professores particulares e depois, por vontade do pai, transferiu-se para o Colégio Santo Antonio.

Durante a adolescência, teve fama de namorador, mas acabou apaixonando-se por uma moça de dezesseis anos, Dália, com quem se casou em 1929. Tiveram dois filhos, Fernando Luís e Ana Maria Cascudo.

Câmara Cascudo exerceu várias funções públicas, entre as quais professor, diretor de escola, secretário do Tribunal de Justiça e consultor jurídico do Estado. Como jornalista, assinou uma crônica diária no jornal "A República" e colaborou para vários outros órgãos de imprensa do Recife e de outras capitais.

Na política, foi divulgador da ideologia integralista (uma adaptação brasileira do fascismo), exercendo militância na imprensa. Em 1951 tornou-se professor de direito internacional público na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Três anos mais tarde, lançou a sua obra mais importante como folclorista, o "Dicionário do Folclore Brasileiro", obra de referência no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários livros importantes como "Rede de Dormir", em 1959, "História da Alimentação no Brasil", em 1967, e "Nomes da Terra", em 1968. Publicou depois, entre outros, "Geografia dos Mitos Brasileiros", com o qual recebeu o prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras.


Em 1965, Câmara Cascudo escreveu uma obra definitiva, "História do Rio Grande do Norte", coligindo pesquisa sobre sua terra natal, da qual jamais se desligou. Sua obra completa, densa e vastíssima, engloba mais de 150 volumes. O pesquisador trabalhou até seus últimos anos e foi agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos.

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quinta-feira, 28 de março de 2019

Poesia De Quinta Na Usina: Luis de Camões: soneto:013:



Alegres campos, verdes arvoredos, claras e frescas águas de cristal, que em vós os debuxais ao natural, discorrendo da altura dos rochedos;

Silvestres montes, ásperos penedos, compostos em concerto desigual, sabei que, sem licença de meu mal, já não podeis fazer meus olhos ledos.

E, pois me já não vedes como vistes, não me alegrem verduras deleitosas, nem águas que correndo alegres vêm.


Semearei em vós lembranças tristes, regando-vos com lágrimas saudosas, e nascerão saudades de meu bem.

Poesia De Quinta Na Usina:Florbela Espanca:O MEU ALENTEJO:















Meio-dia. O sol a prumo cai ardente, Dourando tudo...ondeiam nos trigais 
D´ouro fulvo, de leve...docemente... As papoulas sangrentas, sensuais... Andam asas no ar; e raparigas, Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram por entre o ouro das espigas Os perfis delicados e trigueiros...
Tudo é tranqüilo, e casto, e sonhador... Olhando esta paisagem que é uma tela De Deus, eu penso então: onde há pintor, Onde há artista de saber profundo,
Que possa imaginar coisa mais bela, Mais delicada e linda neste mundo?!

Poesia De Quinta Na Usina: Augusto dos Anjos: O MORCEGO:



Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede,

Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

“Vou mandar levantar outra parede...”

-- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?!


A Consciência Humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!

Poesia De quinta Na Usina: Augusto dos Anjos:AGONIA DE UM FILÓSOFO:



Consulto o Phtah-Hotep. Leio o obsoleto Rig-Veda. E, ante obras tais, me não consolo...
O Inconsciente me assombra e eu nele rolo Com a eólica fúria do harmatã inquieto!

Assisto agora à morte de um inseto!...

Ah! todos os fenômenos do solo Parecem realizar de pólo a pólo O ideal do Anaximandro de Mileto!

No hierático areópago heterogêneo Das idéias, percorro como um gênio
Desde a alma de Haeckel à alma cenobial!...


Rasgo dos mundos o velário espesso; E em tudo igual a Goethe, reconheço O império da substância universal!

D'Araújo:"Palavras Soltas Pensamentos vivos"Editora Usina Literária"



“A vida é muito curta para quem alcançou a felicidade, mas pode se transformar em uma eternidade de tortura para aqueles que vivem mergulhados no fosso de suas próprias amarguras.”

Poesia de Quinta Na Usina:D'Araújo:Doce relva:




O orvalho do amanhecer desliza sobre as perenes folhas em um ziguezague quase sinfônico.
 O belo bosque ao longe deixa sombrear a luz do sol que permeia a relva,
 contornando toda saliência daquele chão irregular.

Assim como, os meus doces sentimentos estremecem com o cheiro, 
e o sabor de fruta fresca da pele da mulher amada, 
que incendeia o ar límpido e frio da manhã.


O calor que resplandece do seu sorriso singular, 
ricocheteia em meu coração como uma bela canção, 
aquecendo o meu ser e acalentando o meu espírito tão inquieto.

Conteúdo do Livro:

Poesia De Quinta Na Usina:D'Araújo:Sempre mais:



Deleitando-se do enredo de uma vida
de ambiguidades.
Deitamos os nossos ensejos na sala
ao lado, onde exala o pesado cheiro do pecado.
Ficamos sitiados no convés dos desejos e vamos jogando os nossos sonhos a sorte do acaso, no profundo raso, abismo do medo de querer sempre mais...

Conteúdo do livro:

quarta-feira, 27 de março de 2019

Quarta na usina: Poetisas Da Rede:Silvana Ribeiro :Encontro anônimo:


Quando nossos anônimos olhos se encontraram
Logo se aproximaram

E depois se distanciaram

Nossos pensamentos os reencontraram

E na universalidade cósmica

Nossos olhos e pensamentos se desabrocharam
Como uma estrela brilhante que desaponta no céu
Materializando nosso encontro carnal e espiritual
Fazendo nascer um sentimento universal



(Poesia atemporal)



Por: Silvana Ribeiro 

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Sophia Grimm:


Se minha felicidade te incomoda...

Faça um verso...

Diga adeus

E vá-se embora...

Não vou deixar de ser feliz...
Não deixarei de viver...
Por que as flores não falam...
Elas exalam o mais puro perfume...
Quem não valoriza, perde...
O tempo passa... 
Tic tac, tic tac...
A vida passa... 
Tic tac tic tac...
Ameaças não mais me detem...
O medo... 
O que é o medo...
Senti tanto... 
Já não o termo...
O enfrento...
O encaro...
O que tiver que ser...
Não deixará de acontecer por causa do meu medo...
Então... 
Viverei...
E pra você...
Quer está atrelado a mim...
Cure tua vida...
Tua mente...
Tua careencia...
Tua necessidade de afirmação...
Quando esquecemos, deixamos em paz...
Não lembramos...
Não ameaçamos...
Apagamos da memória...
Não fazemos história...
Da minha parte...
Adeus...
Que a felicidade te acompanhe...

Sophia Grimm

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Nathalia Leão Garcia:JANEIRO:


Compus as peças e as expus a visitação.
A minha escolha reafirmo 
transformo o amor em rima.

Prosa e verso.

Verso e reverso.

Do lado avesso me despeço.

Trafego as águas cálidas 

Dessa tarde escaldante.

Deslizo pelos rios

Clandestina errante.

Nathalia Leão Garcia 

domingo, 24 de março de 2019

Domingo Na Usina: Biografias: Jacob Grimm:



Nascidos em Hanau,  em 1785 e Wilhelm Grimm em 1786, os irmãos Grimm estudaram Direito junto ao seu pai, mas começaram a se dedicar integralmente à literatura e acabaram deixando a advocacia de lado. No ano de 1830, ambos ingressam em uma universidade alemã como professores. Estudiosos incessantes do idioma alemão, atuaram em campos como História e Filologia. Porém, a grande marca dos Grimm era sua excelência narrativa.
Um ano marcante para os irmãos Grimm foi 1837, quando demonstraram ideias contestadoras em relação ao rei da Alemanha e foram expulsos da Universidade de Göttingen junto a cinco professores. Quatro anos mais tarde, a Universidade de Berlim convida-os para assumirem cargos de professores novamente. Os dois viveram nesta cidade até seus últimos dias, sendo que Wilhelm veio a falecer em 1859 e Jacob em 1863.
Reconhecidos no mundo inteiro pela qualidade dos contos que produziram desde o começo do século XIX, os irmãos Grimm afirmavam que estavam apenas escrevendo, durante à noite, as histórias que escutavam de camponeses, amigos e parentes durante o dia. Uma das primeiras perguntas feitas quando se estuda o trabalho dos Grimm é a seguinte: por qual motivo eles compilavam tantos contos?
Estudiosos, os irmãos Grimm sabiam que os primeiros povos transmitiram oralmente suas histórias, passando a tradição de pai para filho, de geração para geração. Assim, quando surgiu a escrita, muitos destes contos foram registrados nos monastérios, onde eram redigidos por religiosos. Desta forma, os irmãos começam a pesquisar antigos documentos e iniciar um processo de recolhimento de histórias da Alemanha para a preservação da memória e das tradições populares.
Apenas Dortchen Wild, que era a mulher de Wilhelm, contribuiu com 12 histórias, das quais pode ser citada Rumpelstiltskin, que tem como principal personagem um anão que faz palha se transformar em ouro. Uma das histórias mais famosas da humanidade, Branca de Neve, imortalizada pelo desenho criado nos estúdios Disney, foi passada para os irmãos Grimm por 2 amigas de sua família. A maior parte dos contos, aproximadamente 200, foram ditados por uma camponesa idosa chamada Dorotea Viehmman.
Publicados no ano de 1812, os primeiros contos dos Grimm levavam o nome de "Histórias das Crianças e do Lar", totalizando 51 histórias. Aos poucos, os contos desta obra foram se popularizando ao redor do mundo, sendo reinventados em várias versões e conquistando povos de culturas e idiomas diferentes.
Porém, a maior importância dos irmãos Grimm para a literatura foi a coleta dos contos, que acabou impulsionando outros estudiosos a realizarem o mesmo processo em seus países. Na maioria dos textos dos irmãos, sempre são encontrados personagens como dragões, lobos, monstros, bruxas, entre outras criações folclóricas da população. Provavelmente, histórias trágicas que foram passadas pelo povo aos Grimm, acabaram sendo alteradas para ganharem finais felizes e se tornarem mais leves para a leitura de crianças e adolescentes. Outro aspecto encontrado em várias histórias é a presença das mulheres como agentes que modificam o enredo para o bem ou para o mal.
Os contos dos irmãos Grimm são enquadrados no gênero fantástico por apresentarem personagens e cenários imaginários. Um bom exemplo é o conto da Gata Borralheira, no qual elementos sobrenaturais e mágicos aparecem em integração com a realidade. Este conto apresenta mais de 300 interpretações no mundo todo.

Arquivado em: Biografias.
fonte de origem:

Domingo Na Usina: Biografias: Alice Malsenior Walker:



 (Condado de Putnam Geórgia, 9 de fevereiro de 1944) é uma escritora estado-unidense e ativista feminista.

Filha de agricultores, ela perdeu a visão de um dos olhos aos 8 anos de idade, num acidente. Graças à sua dedicação, Alice Walker conseguiu sucessivas bolsas de estudos]], graduando-se em artes pelo Sarah Lawrence College, em 1965. Walker iniciou sua carreira de escritora com Once, um volume de poesias, e alcançou fama mundial com A Cor Púrpura.

O romance A Cor Púrpura foi premiado com o Prémio Pulitzer, e deu origem a um filme dirigido por Steven Spielberg, com a atriz Whoopi Goldberg no papel principal. Na obra, a personagem escreve cartas a Deus e à irmã desaparecida. Walker mostra representações de uma mulher negra sulista quase analfabeta, que vive em uma realidade dura de pobreza, opressão e desamor.

A autora escreveu também o livro De amor de desespero, uma obra composta pelas vozes de várias mulheres negras do sul dos Estados Unidos. O livro é uma coletânea de vários contos, nos quais conhecemos mulheres diferentes com seus temores, desafios e sonhos. No Brasil, o livro foi lançado pela editora Rocco.

Walker sempre foi uma ativista pelos direitos dos negros e das mulheres, destacando-se na luta contra o apartheid e contra a mutilação genital feminina em países africanos.

Em 1984, fundou sua própria editora, a Wild Trees Press.

Na década de 1990, manteve um relacionamento amoroso com Tracy Chapman[1] .

Obras
Romances e contos
The Third Life of Grange Copeland (1970)
Everyday Use (1973)
In Love and Trouble: Stories of Black Women (1973)
Meridian (1976)
The Color Purple (1982)
You Can't Keep a Good Woman Down: Stories (1982)
Beauty: When the Other Dancer Is the Self (1983)
To Hell With Dying (1988)
The Temple of My Familiar (1989)
Finding the Green Stone (1991)
Possessing the Secret of Joy (1992)
The Complete Stories (1994)
By The Light of My Father's Smile (1998)
The Way Forward Is with a Broken Heart (2000)
Now Is The Time to Open Your Heart (2005)
Poesia
Once (1968)
Revolutionary Petunias & Other Poems (1973)
Good Night, Willie Lee, I'll See You in the Morning (1979)
Horses Make a Landscape Look More Beautiful (1985)
Her Blue Body Everything We Know: Earthling Poems (1991)
Absolute Trust in the Goodness of the Earth (2003)
A Poem Traveled Down My Arm: Poems And Drawings (2003)
Collected Poems (2005)
Não-ficção
In Search of Our Mothers' Gardens: Womanist Prose (1983)
Living by the Word (1988)
Warrior Marks (1993)
The Same River Twice: Honoring the Difficult (1996)
Anything We Love Can Be Saved: A Writer's Activism (1997)
Go Girl!: The Black Woman's Book of Travel and Adventure (1997)
Pema Chodron and Alice Walker in Conversation (1999)
Sent By Earth: A Message from the Grandmother Spirit After the Bombing of the World Trade Center and Pentagon (2001)
Women
We Are the Ones We Have Been Waiting For (2006)

Mississippi Winter IV.

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Domingo Na Usina: Biografias: Margaret Atwood:


Nasceu em 18/11/1939, em Ottawa, Canadá. Professora, poeta, ensaísta, crítica literária e romancista das mais destacadas na literatura canadense. Começou a escrever aos 16 anos e a escrita nasceu como “extensão natural” do seu amor pelos livros. Passou a infância rodeada deles, já que o pai, entomologista, transportava a família de floresta em floresta, pelo país fora. As letras faziam assim as vezes dos brinquedos. Os estudos foram feitos na Universidade de Toronto. Cursou artes, inglês, filosofia e francês. A par com a carreira universitária e com a docência, teve desde sempre uma prolífica atividade literária. Desde a poesia, com The circle game(1964), que lhe rendeu o prêmio Governor General's à ficção científica, passando pelos contos, pela literatura infanto-juvenil e, claro, pelo romance, onde é mais reconhecida. O ativismo ecológico e feminista, a colaboração ativa com a Anistia Internacional e com os movimentos sociais é uma marca de sua personalidade. Olho de gato(1988), foi o romance que lhe trouxe aclamação mundial. O tema da silenciosa crueldade que as crianças praticam entre si, era quase inédito na literatura. Com este livro chegou a ser incluída na lista dos possíveis vencedores do Booker Prize, mas teve de esperar até 2000 para conseguir o galardão, com O assassino cego. As premiações em sua carreira têm sido uma constante e a cada ano que passa seu nome é lembrado para receber o Nobel da Literatura. Em 2002 escreveu Negociando com os mortos, uma coletânea de conferências, onde disseca o ato de escrever, apresentando seu estilo e técnicas literárias. Tem mais de 25 livros publicados, alguns traduzidos em mais de 30 países. Principais obras: A mulher comestível (1969); O conto da aia (1985), Alias Grace (1996), Oryx e Crake (2003),The penelopiad (2005), entre outros. Seu livro mais recente é uma coletânea de ensaios: Buscas curiosas (Rocco, 2009). Vive atualmente em Toronto com seu marido, o romancista Graeme Gibson.

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