quinta-feira, 14 de maio de 2020

Poesia De Quinta Na Usina: Paulo Leminski:


Compra a briga das coisas Gigante em vão

Contra a parede branca Prega a palma da mão


Poesia De quinta Na Usina: D'Araújo: Sombras das incertezas:




Em suas ruas vazias alguns transeuntes
Atordoados com as profundas tristezas
Que os cercam, eles aglomeram em suas faces
Pálidas e incompreendidas, o desejo do ontem
Que se foi, o suor que já lhe é inevitável diante
o escaldante Sol que lhe encharcam suas roupas
como um manto das desgraças vividas.
Suas sombras vagueiam junto aos seus corpos
Debilitados e quase sem vidas, mas eles segue
Mesmo que de uma forma quase abstrata,
Em seus corações latejam as suas ansiedades
Próprias pro momento, sem se quer ver um horizonte
a frente, pois as suas esperanças se perderam nas esquinas vazias,
E suas almas estão cheias de magoas das coisas que foram ficando para trás, e neste momento, só lhes restam esperar nas filas do amanhã que nunca vem.

Poesia De Quinta: D'Araújo. Sentimentos diluídos:



No conforto do sofá da sala
A quantidade assombrosa de cadáveres
Diluídos junto com os sentimentos alheios
Ao longo dos nossos perversos dias de hoje
Já nos parecem aceitáveis, pois as tenebrosas
dores das suas perdas vão sendo diluídas juntas
a cada alma que sangra em seus reclusos corpos.