domingo, 31 de março de 2019

Domingo Na Usina: Biografias: Léonora Miano:




(Douala, 12 de março de 1973) é uma escritora francesa[1] .

Nascida em Camarões, escreveu suas primeiras poesias aos 8 anos de idade. Em 1991, mudou-se para a França, estudando literatura americana em Valenciennes e Nanterre. Publicou em 2005 seu primeiro romance, L'intérieur de la nuit, que lhe valeu uma série de prêmios. O livro, sobre uma jovem africana que volta à terra natal (um país imaginário chamado Mboasu) depois de estudar na França, já traz os temas que marcariam o resto da sua obra: a consciência negra e a diáspora africana.

Naturalizou-se francesa em 2008. Fundou em 2010 a ONG Mahogany, dedicada a projetos sobre a diáspora[2] .

Em 2013, tornou-se a primeira autora de origem africana a vencer o Prêmio Femina, por seu romance La saison de l'ombre[3] .

Obras
2013 - La saison de l'ombre (romance) - Grasset, 2013 - Prêmio Fémina 2013 e Grand Prix du Roman Métis 2013
2012 - Habiter la frontière (conferências) - L'Arche Editeur
2012 - Ecrits pour la parole (teatro) - L'Arche Editeur - Prêmio Seligmann contra o racismo 2012
2011 - Ces âmes chagrines (romance) - Plon
2010 - Blues pour Elise (romance) - Plon
2009 - Les aubes écarlates (romance) - Plon - Troféu das artes afro-caribenhas 2010
2009 - Soulfood équatoriale (contos) - Nil - Prêmio Eugénie Brazier 2009
2008 - Tels des astres éteints (romance) - Plon
2008 - Afropean soul (contos) - Flammarion
2006 - Contours du jour qui vient (romance) - Plon - Prêmio Goncourt 2006, Prix de l'Excellence camerounaise 2007
2005 - L'intérieur de la nuit (romance) - Plon - Prêmio Louis Guilloux 2006, Prêmio René Fallet 2006, Prêmio Montalembert 2006, Prêmio Grinzane Cavour 2008.

fonte de origem:
Léonora Miano (Douala, 12 de março de 1973) é uma escritora francesa[1] . Nascida em Camarões, escreveu suas primeiras poesias aos 8 anos de idade. Em 1991, mudou-se para a França, estudando literatura americana em Valenciennes e Nanterre. Publicou em 2005 seu primeiro romance, L'intérieur de la nuit, que lhe valeu uma série de prêmios. O livro, sobre uma jovem africana que volta à terra natal (um país imaginário chamado Mboasu) depois de estudar na França, já traz os temas que marcariam o resto da sua obra: a consciência negra e a diáspora africana. Naturalizou-se francesa em 2008. Fundou em 2010 a ONG Mahogany, dedicada a projetos sobre a diáspora[2] . Em 2013, tornou-se a primeira autora de origem africana a vencer o Prêmio Femina, por seu romance La saison de l'ombre[3] . Obras 2013 - La saison de l'ombre (romance) - Grasset, 2013 - Prêmio Fémina 2013 e Grand Prix du Roman Métis 2013 2012 - Habiter la frontière (conferências) - L'Arche Editeur 2012 - Ecrits pour la parole (teatro) - L'Arche Editeur - Prêmio Seligmann contra o racismo 2012 2011 - Ces âmes chagrines (romance) - Plon 2010 - Blues pour Elise (romance) - Plon 2009 - Les aubes écarlates (romance) - Plon - Troféu das artes afro-caribenhas 2010 2009 - Soulfood équatoriale (contos) - Nil - Prêmio Eugénie Brazier 2009 2008 - Tels des astres éteints (romance) - Plon 2008 - Afropean soul (contos) - Flammarion 2006 - Contours du jour qui vient (romance) - Plon - Prêmio Goncourt 2006, Prix de l'Excellence camerounaise 2007 2005 - L'intérieur de la nuit (romance) - Plon - Prêmio Louis Guilloux 2006, Prêmio René Fallet 2006, Prêmio Montalembert 2006, Prêmio Grinzane Cavour 2008

Domingo Na Usina: Biografias: Carlos Nejar:



 (Luiz C. Verzoni N.), advogado, professor e poeta, nasceu em Porto Alegre, RS, em 11 de janeiro de 1939. Está  radicado no  seu  Paiol da Aurora,  em Guarapari (ES). Membro da Academia Brasileira de Letras, onde foi secretário-geral e presidente em exercício, este poeta e ficcionista é considerado um dos 37 escritores da América Latina e Hispânica mais importantes do século XX — ao lado de Octávio Paz, Jorge Luís Borges e César Vallejo. Conquistou prêmios como o da Associação Paulista dos Críticos de Arte, com Silbion, melhor livro de poesia de 99. E o prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, com Riopampa, melhor romance de 2000, num júri composto por Carlos Heitor Cony, Autran Dourado e Ildásio Tavares.

Principais obras:
De Selésio a Danações (obras reunidas);
O poço do calabouço (poesia);
Árvore do mundo (poesia);
Obra poética I (poesia)
Os melhores poemas de Carlos Nejar (poesia);
Memórias do porão: memórias do esquecimento (poesia em versículos);
A genealogia da palavra: antologia pessoal (poesia);
Amar, a mais alta constelação: sonetos (poesia);
A chama é um fogo úmido (poesia);
Aquém da infância (poesia);
Arca da aliança (poesia);
O dia pelos dias (antologia);
Sonetos do paiol, ao sul da aurora (poesia);

Carta aos loucos (romance). 

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Domingo Na Usina: Biografias:Carolina Maria de Jesus:



Nasceu a 14 de Março de 1914 em Sacramento -MG, cidade onde viveu sua infância e adolescência. Seus pais, provavelmente, migraram do Desemboque para Sacramento quando houve mudança da economia da extração de ouro para as atividades agropecuárias.
Quanto a sua escolaridade em Sacramento, estudou em um colégio espírita, que tinha um trabalho voltado às crianças pobres da cidade, através da ajuda de pessoas influentes. Carolina estudou pouco mais de dois anos. Toda sua educação formal na leitura e escrita é com base neste pouco tempo de estudos.
Mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento, por ser negra e pobre, Carolina revelou através de sua escritura a importância do testemunho, como meio de denúncia, da desigualdade social e do preconceito racial.
Sua obra mais conhecida, com tiragem inicial de dez mil exemplares esgotados na primeira semana, e traduzida em 13 idiomas nos últimos 35 anos é "Quarto de Despejo -Diário de uma favelada". Essa obra resgata e denuncía a realidade da favela do Canindé, em São Paulo, no início da "modernização" da cidade e do surgimento constante das periferias. Realidade cruel e perversa, até então pouco conhecida. Essa literatura documentária, pela narrativa feminina, em contestação, tal como foi conhecida e nomeada pelo jornalismo de denúncia dos anos 50-60, é considerada uma obra atual, pois a temática da conta de problemas existentes até hoje nas grandes cidades.

"Quarto de Despejo" inspirou diversas expressões artísticas como a letra do samba "Quarto de Despejo" de B. Lobo; como o texto em debate no livro "Eu te arrespondo Carolina" de Herculano Neves; como a adaptação teatral de Edy Lima; como o filme realizada pela Televisão Alemã, utilizando a própria Carolina de Jesus como protagonista do filme "Despertar de um sonho" (ainda inédito no Brasil); e, finalmente, a adaptação para a série "Caso Verdade" da Rede Globo de Televisão em 1983.
Carolina sempre foi muito combativa, por isso era mal vista pelos políticos de esquerda e direita quando começou a participar de eventos em função do sucesso de seu livro. Por não agradar a elite financeira e política da época com seu discurso, acabou caindo no ostracismo e viveu de forma bem humilde até os momentos finais de sua vida.
Carolina foi mãe de três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus Lima. Faleceu em 13 de Fevereiro de 1977, com 62 anos.
A obra de Carolina Maria de Jesus é um referencial importante para os estudos culturais e literários, tanto no Brasil como no exterior e representa a nossa literatura periférica/marginal e afro-brasileira. Um exemplo de resistência, inteligência e capacidade que fica pra sempre na história da nossa cultura.



Bibliografia :

Quarto de Despejo 1960

Casa de Alvenaria 1961

Pedaços de Fome 1963

Provérbios 1963


Diário de Bitita 1982 (Póstumo).

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Domingo Na Usina: Biografias: Vianna Moog:



Terceiro ocupante da Cadeira 4, eleito em 20 de setembro de 1945, na sucessão de Alcides Maya e recebido pelo Acadêmico Alceu Amoroso Lima em 17 de novembro de 1945.

Vianna Moog (Clodomir V. M.), advogado, jornalista, romancista e ensaísta, nasceu em São Leopoldo, RS, em 28 de outubro de 1906, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de janeiro de 1988.

Filho de Marcos Moog, funcionário federal, e de Maria da Glória Vianna Moog, professora pública, foi aluno da escola dirigida por sua mãe na cidade natal e, depois, do Colégio Elementar Visconde de São Leopoldo.

Após a morte da mãe, freqüentou como aluno interno, durante dois anos, o Instituto São José, de Canoas, dirigido pelos Irmãos Lassalistas. Cursou também em 1917 o Colégio São Jacó, de Hamburgo Velho, dos Irmãos Maristas. Em 1918 ingressou no ginásio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, onde concluiu os preparatórios. Queria seguir a carreira militar e, para isso, veio ao Rio prestar exame na Escola Militar do Realengo. Como, porém, nesse ano, não se abrissem as provas vestibulares, voltou logo para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio, e, em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito. Foi nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão do Contrabando na Fronteira e designado para a Delegacia Fiscal daquela cidade.

Em 1926 prestou concurso para agente fiscal de imposto de consumo. Classificou-se em segundo lugar e serviu dois anos na cidade de Santa Cruz e um na cidade do Rio Grande. Colou grau como bacharel em Direito a 9 de janeiro de 1930. E foi orador da turma.

Participou da campanha política da Aliança Liberal e dos entusiasmos da Revolução de Outubro de 1930. As suas atividades jornalísticas só começaram depois da vitória da Revolução. Foi removido para a capital do Estado como agente fiscal e combateu o tenentismo pelas colunas do Jornal da Noite.

Em 1932, como participante da Revolução Constitucionalista, foi preso e transferido da capital do Rio Grande do Sul para a capital do Amazonas. Pouco depois foi para Teresina. E do Piauí retornou a Manaus. Desta vez serviu no interior até que a anistia, concedida pelo Congresso em 1934, o restituísse ao Sul. Foi no período de exílio que começou propriamente a sua atividade literária. No Amazonas escreveu dois livros: Heróis da decadência Reflexões sobre o humor, com estudos sobre Petrônio, Cervantes e Machado e O ciclo do ouro negro, ensaio de interpretação da realidade amazônica. Voltando a Porto Alegre, dirigiu o vespertino Folha da Tarde. Dessa fase breve, resultou Novas cartas persas, sátira em torno da situação político-social.

Consagrou-se mais intensamente à literatura com o golpe de 1937. Publicou, em 1938, o ensaio Eça de Queirós e o século XIX e o romance Um rio imita o Reno, ao qual conferiu-se, em 1939, o Prêmio Graça Aranha. Colaborou em La Prensa. E, como representante do Rio Grande, fez conferências na Exposição do Livro Brasileiro em Montevidéu e falou na inauguração do auditório da Gazeta, de São Paulo, em que colaborava.

Em 1942 foi nomeado membro do 2º Conselho de Contribuintes, em Porto Alegre. E foi promovido para o quadro dos agentes fiscais do Distrito Federal. Nesse mesmo ano, fez no Itamarati a convite da Casa do Estudante do Brasil a conferência Uma interpretação da literatura brasileira, publicada em opúsculo e traduzida para vários idiomas, na qual ele procurou interpretar a literatura brasileira através do que chamou “ilhas de cultura mais ou menos autônomas e diferenciadas”, caracterizada cada uma pelo seu genius loci particular.

Ainda em 1942, a convite da Fundação Guggenheim, embarcou para os Estados Unidos, onde se demorou oito meses e escreveu artigos para o New York Herald e algumas revistas americanas. De 1946 a 1950, serviu na Delegacia do Tesouro em Nova York, quando começou a escrever uma biografia de Lincoln. Em 1950 foi nomeado representante do Brasil junto à Comissão de Assuntos Sociais das Nações Unidas e, nesse caráter, participou em Nova York e Genebra de todas as reuniões da Comissão. Em 1952, indicado pelo Brasil, foi eleito pelo Conselho Internacional Cultural para representar o Brasil na Comissão de Ação Cultural da OEA, com sede no México. Vianna Moog ali residiu por mais de dez anos, como presidente da Comissão.

Participou em 1956, como presidente da Comissão, da 2ª Reunião do Conselho Interamericano Cultural. Em 1959 representou o Brasil na 3ª Reunião do CIC, em Porto Alegre.


Nomeado de novo para a Comissão Social das Nações Unidas em 1961, foi eleito seu presidente para a XIII Sessão. Em 1963 elegeu-o a Comissão para integrar o Conselho Superior do Instituto Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento Social, com sede em Genebra. Em 6 de setembro de 1969 renunciou ao mandato na Comissão da OEA, aposentando-se a seguir no cargo de fiscal do imposto de consumo. Foi membro do Conselho Federal de Cultura.

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Domingo Na Usina: Biografias: Luís da Câmara Cascudo:



"Queria saber a história de todas as cousas do campo e da cidade. Convivência dos humildes, sábios, analfabetos, sabedores dos segredos do Mar das Estrelas, dos morros silenciosos. Assombrações. Mistérios. Jamais abandonei o caminho que leva ao encantamento do passado. Pesquisas. Indagações. Confidências que hoje não têm preço."

Em entrevista ao jornal "A Província", Luís da Câmara Cascudo recriou a atmosfera da sua meninice, revelando os interesses que desde então o levariam a se tomar dos mais respeitáveis pesquisadores do folclore e da etnografia de nosso país.

Filho de um coronel e de uma dona de casa, de família abastada, Luís da Câmara Cascudo estudou no Externato Coração de Jesus, um colégio feminino dirigido por religiosas. Teve professores particulares e depois, por vontade do pai, transferiu-se para o Colégio Santo Antonio.

Durante a adolescência, teve fama de namorador, mas acabou apaixonando-se por uma moça de dezesseis anos, Dália, com quem se casou em 1929. Tiveram dois filhos, Fernando Luís e Ana Maria Cascudo.

Câmara Cascudo exerceu várias funções públicas, entre as quais professor, diretor de escola, secretário do Tribunal de Justiça e consultor jurídico do Estado. Como jornalista, assinou uma crônica diária no jornal "A República" e colaborou para vários outros órgãos de imprensa do Recife e de outras capitais.

Na política, foi divulgador da ideologia integralista (uma adaptação brasileira do fascismo), exercendo militância na imprensa. Em 1951 tornou-se professor de direito internacional público na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Três anos mais tarde, lançou a sua obra mais importante como folclorista, o "Dicionário do Folclore Brasileiro", obra de referência no mundo inteiro. No campo da etnografia, publicou vários livros importantes como "Rede de Dormir", em 1959, "História da Alimentação no Brasil", em 1967, e "Nomes da Terra", em 1968. Publicou depois, entre outros, "Geografia dos Mitos Brasileiros", com o qual recebeu o prêmio João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras.


Em 1965, Câmara Cascudo escreveu uma obra definitiva, "História do Rio Grande do Norte", coligindo pesquisa sobre sua terra natal, da qual jamais se desligou. Sua obra completa, densa e vastíssima, engloba mais de 150 volumes. O pesquisador trabalhou até seus últimos anos e foi agraciado com dezenas de honrarias e prêmios. Morreu aos 87 anos.

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