A fome vem dos homens
Não da moral, nem da ética,
Nem da cibernética,
Tão pouco dos deuses;
A fome vem dos homens
Sem dignidade
Mascarados, brutais,
Infames...
A fome não tem nome
Não tem cara, nem cor,
Nem sobrenome,
Não tem forma, nem endereço,
Quando chega
Sem pedir licença
Instala-se de mansinho
Faz seu ninho
No peito, na barriga, no sexo,
Na alma do sujeito
Tira seu proveito e vai embora
Deixando em seu lugar
Um buraco negro: O MEDO,
Infinito, insaciável,
Voraz.
* O poema: "A fome vem dos
Homens", faz parte do blog Mil Poemas pela Democracia-2019/2020.
Ilustração: Internet.
**Todo respeito aos direitos
autorais dos meus poemas.
Maceió, 26 de Junho de 2020.
(poema escrito em 23/06/2015).