sábado, 13 de abril de 2013

Poema: Aparências.




Enfileirados em burrice plena
Transparecem uma vaga aparência
De uma ilusão atrófega.

Um sentimento insólito
Um verdadeiro plágio da acepção do ser
Um circo em movimento
Onde o ser se mostra para a platéia
Contemplada pela inórbita burrice adquirida.

Supõe-se então um ser de felicidade plena
E de sofrimento findo
Funde-se em hipocrisias
De gostos e desejos enlatados
Servidos a pratos feitos

Como se a vida se limitasse
A uma aparência pálida incolor
E sem sabor, mal sabe ele que a alma em prantos 
floresce a Revelia dos seus desejos.

D'Araujo.