quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Alexsandre Soares de Lima : VONTADE DE FAZER SEMPRE MAIS PELO AMOR:

 


Esse teu sorriso me chama

E eu vejo o amor brilhar

A minha vida começa a despertar

Sou a natureza sorridente

Sou vida alegre como a natureza

Todos os dias eu te conquisto

Ganhei você

Ganhei a vontade!...

Que eu não desanimo!

Ganhei esta paz

Esta vontade de fazer sempre mais pelo amor

Sempre mais por nós dois

Cada passo que eu dou

Tudo o que eu faço

É pensando em nosso amor

Eu ganhei a luz

Verdade

Determinação

O amor é isso,

É sempre brilhar

Nunca se acomodar

Eu estou vivo para o amor

E viva o amor!

Ganhei o meu dia

Quando ganhei o seu olhar

Seu olhar por mim

Nosso olhar de luz

Pela vida de amar.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima )

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jorge Manuel Ramos:


 

Não desisto de mim,

Solto os meus medos e receios

deixando tudo o que me faz mal para trás,

Caminho atordoado pelo fel amargo dos dias

ouvindo o som do meu coração

escorrendo palavras pela seiva da vida

entre os silêncios das melodias da alma

e o som resplandecente

das marés e das brisas da serra,

O mundo em constante mutação

oscila entre os meus quereres

minhas negações e minhas ausências,

entre o que fui e o que sou

entre todas as falsidades e aparências

entre as minhas sanidades e demências,

Sorvo a vida como uma seiva perdida

e bebo do seu néctar espesso e natural

e danço na sua corda bamba sem fim,

Mas… nunca desisto de mim…

____________________________

Jorge Manuel Ramos - Autor

Escorrendo Palavras Pela

Seiva da Vida - Poesias

Set/20

Sexta na Usina: Poetas da Rede: João Vale Lopes: AS ÁRVORES TOCAM AS SUAS SOMBRAS COM PAIXÃO:

 


As tuas mãos tocam esplendorosamente a noite.

Abrem as janelas azuis do meu corpo

E acordam-me com um coágulo de luz fulminante

E o corpo dança nos palcos da lua

E ardem violentos de paixão os nossos beijos.

O corpo roda sobre a auréola quente do leito,

Vela a constância sublime da febre que nos abrasa, 

Dobra a pronúncia de prazer num instante absoluto,

Num inseparável percurso de águas primaveris,

A renda íntima de sombras num labirinto de alegria.

E verde pulsar do germe de sol

Para intensificar a fragrância impetuosa deste assombro

Na inefável eternidade deste amor,

Onde os sons melodiam luminosos debaixo da pele,

Numa sincrónica intrusão de suavidade.

As árvores tocam as suas sombras com paixão,

Permanecem no reduto dormente da terra

Unidas na errância do tempo pelo amplexo da folhagem

E num tronco imanente de seiva e existência.

                              João Vale Lopes

                                 15-09-2020

                          Arte de Edward J. Reed

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Belle silva: Somos apenas momentos...:

 


Tudo é vão e passageiro de mensagens de amor mensageiros ...

Amar sempre dói , queremos ser senhores comandantes do tempo mas somos apreciadores e manipulados por ele ...

O tempo é medida real , sentir é medida relativa , busco na poesia entendimento sobre ser ou não ser...

Mas para que somos apenas momentos ,Não conseguimos segurar a água nas mãos como nem o tempo no chão...

Os olhos levantam não para julgar so observar tanta gente má simplesmente a passar como vácuo sem nada acrescentar ...

Corações vazios que devastam pessoas , criam cicatrizes ...

Mas tudo passa sempre passará so o real verdadeiro ficará...

(Belle silva)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Carlos Alberto Soares:

 


Se  tu  permitires...

Tu serás só inspiração!

Serei  Arquiteto

do teu corpo em construção!

Engenheiro responsável

de tuas  estruturas emocionais,

base perfeita, para lidar comigo e os demais!

Ah! Se tu me permitires...

Serei um artista surrealista

com uma  única finalidade:

Deixar todos com interrogações

Na tela de  tuas imagens!

Não  havendo quem possa  te decifrar!

Por mais que te queiram entender.

Tu serás  um símbolo feminino

com liberdade e sem domínio!

Serei também um compositor clássico

para criar  com tua voz...

Uma única  obra!

 E, ninguém poderá se lembrar

 de  Chopin, Tchaikovski, Beethoven  ou Amadeus!

Muito menos  eu!

Tu serás a melhor Sinfonia!

E, como poeta  escreverei em tua pele

a mais linda poesia!

Se  tu me permitires...

Terei em minhas  mãos barro para  modelar!

Usarei teu corpo para me inspirar!

Artesão do teu destino

com a imaginação de um menino!

Serei  o ferreiro divino...Hefesto

Para deixar  no teu  coração...

a brasa, o desejo e o tesão!

Mas...como tudo não posso ser,

e nem tão pouco  te transformar!

Sigo com meus  escritos...

na  arte de... te imaginar!

Carlos Alberto Soares-cal55

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Geraldo Bernardo: BOM DIA:





Sobre sexualidade:

pudor, tabu e preconceito

com isto educa o sujeito

em nossa sociedade.

Amigos na tenra idade

quando a libido subia,

era na zoofilia

que dava a iniciação

de toda uma geração,

dos coroas no bom dia.

Na Rua da Palha,  perto

da “Manga de Maximino”,

um magote de menino,

cada qual do mais esperto,

sem querer ser descoberto

pelo velho Zacaria.

Na fila, um a um se “alivia”

em Princesa, a jumentinha

que o velho ranzinza tinha,

a devassa do bom dia.

Texto e imagem: Geraldo Bernardo.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Augusto Molarinho de Andrade: FALANDO AO VENTO!:

 






Diz-me com sinceridade

Sem receio de seres ouvido

Nem pudor de me ferir

Não me escondas a verdade

Nem me deixes iludido

Pois quero-me prevenir

Tu que o mundo percorres

Numa constante viagem

Conta-me tudo o que viste

Fala alto, não sussurres

Descreve-me a dura imagem

Dos tormentos que assististe

Sei que há vidas em perigo

Temendo o vírus malvado

Que teima em não abalar

Só posso contar contigo

Que entras por todo o lado

Pra me poderes informar

Diz-me se a esperança ‘inda mora

Na alma de outros povos

Ou se o temem ‘inda mais

Se o sabes conta-me agora

Se existem remédios novos

Ou se ‘inda é cedo demais

O vento nada me conta

Passa por mim, indiferente

Como se não me escutasse

Não tomei como uma afronta

Pois vai tocar tanta gente

E temeu que o infectasse

Se por ora o medo impera

É com esperança que se aguarda

A resposta da ciência

Este mal não é quimera

E como o remédio tarda

Há que aguardar com paciência

Pra lá das minhas questões

Queria pedir ao vento

Que espalhasse esta mensagem

Mas perdi as ilusões

Não me ouviu um só momento

E seguiu sua viagem!

‘’Alentejano e Poeta’’

Augusto Molarinho de Andrade

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13 de Setembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Flares Venerio Junior: AONDE QUERES QUE EU LEIA?:

 


Seja do outro lado do planeta ou bem na frente dos meus olhos, não importa quantas outras pessoas existam no mundo todo.

Nem quantos quilômetros nos separam, nem mesmo que o vocabulário ou o idioma enfraqueça a força da mensagem que quero te transmitir.

Poderia até mudar cada letra do alfabeto,  como se fosse em russo, aínda assim a minha conexão com você seria muito maior porque quando no profundo do seu olhar eu te olhar.

Não! Não se preocupe, você não disse nada, eu escrevo. Não se encabule.

Sou eu que ouço o meu coração pulsar diferente e de sentimento, ele entende.

Por conta própria vou descrevendo, cada vez mais longe me envolvendo.

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. Não lhe descrevo por fora e nem eu próprio, não quero falar de superfície, mas por dentro, não que por fora não importa, e nisso você já é fascinante.

Mas o que quero lhe dizer, não preciso de livro de inglês, italiano ou português.

Importa que teus olhos são meus livros. Que livro há aí melhor exite para que eu leia?

Qual página que fala melhor de sentimentos?  - Me fale - Para que eu as leia.

Flores me são teus lábios. Onde há mais bela flor? Já vi em seus vídeos, nas suas fotos e nem aquelas que no campo que te rodeiam poderiam ter a doçura e o singelo toque que em teus lábios se encontra e com a textura de uma pétala flor. Com a cor que a imaginação pinta. Exalando o cheiro da pele.

Ah Bella Donna, nada  me é mais necessário para que eu leia, nada mais é necessário que eu Escreva.

(Uma homenagem)

Flares Venerio Junior

14/09/2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fernando Leal: O Sentido:

 


O sentimento que me habita,

Cala mais alto em ferro, fogo e paixão.

... Teu nome ele grita,



E neste silêncio, estrondos surgirão...

... Tudo arde em febre e dinamita,

Os olhos do próprio coração.

Não é fátuo, é fato que suscita...

E, amor também é compaixão...

Tu te calas. Oh, reescrita...

Despontando o que então,

... Na desventura que outrora foi maldita,

Retirando-me a visão...

Quando menos merecemos, regurgita...

O amor em amplidão!...

Fernando Leal