domingo, 24 de novembro de 2019

Domingo Na Usina: Biografias:Augusto Jorge Cury:


 (Colina2 de outubro de 1958) é um médicopsiquiatrapsicoterapeuta, doutor em psicanálise (doutorado livre)1 , professor2 e escritor.
Seus livros já venderam mais de 20 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 60 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década.

Teoria da Inteligência Multifocal:

Pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, Cury desenvolveu a teoria da Inteligência Multifocal, sobre o funcionamento da mente humana no processo de construção do pensamento e na formação de pensadores.

Outros papéis:

Dr. Augusto Cury foi conferencista no 13° Congresso Internacional sobre Intolerância e Discriminação da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos[carece de fontes]
Além disso, ele é idealizador do Instituto Augusto Cury, do qual promove o treinamento de psicólogos, educadores e outros profissionais. Desenvolveu o projeto Escola da Inteligência que tem como principal objetivo a formação de pensadores através do ensino das funções intelectuais e emocionais mais importantes para crianças e adolescentes, tais como, o pensar antes de reagir, a proteção de sua emoção, o colocar-se no lugar dos outros, expor e não impor as suas ideias. Também elaborou o Programa Freemind, para contribuir em conjunto com as casas de acolhimento de usuário de drogas, clínicas, ambulatórios e escolas no desenvolvimento de uma emoção saudável para a prevenção e tratamento da dependência de drogas.
Foi considerado o autor mais lido da última década no Brasil, pela revista Isto é e pelo jornal Folha de São Paulo 5

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Inteligência Multifocal
  • Revolucione Sua Qualidade de Vida (em Portugal intitulado: Revolucione a Sua Qualidade de Vida) - Outubro 2002
  • Escola da Vida: Harry Potter no Mundo Real - 2002
  • Você é Insubstituível - Novembro 2002
  • Dez Leis para Ser Feliz - Fevereiro de 2003
  • Pais Brilhantes, Professores Fascinantes - Setembro de 2003
  • Seja Líder de Si Mesmo (em Portugal intitulado Seja Líder de Si Próprio) - Outubro de 2004
  • Nunca Desista de Seus Sonhos (em Portugal intitulado: Nunca Desista dos Seus Sonhos) - Dezembro de 2004
  • A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres (em Portugal intitulado: A Ditadura da Beleza) - Fevereiro de 2005
  • O Futuro da Humanidade (em Portugal intitulado: A Saga de um Pensador) - Março de 2005
  • Coleção Análise da Inteligência de Cristo - Março de 2006
    • O Mestre Inesquecível
    • O Mestre do Amor
    • O Mestre da Vida
    • O Mestre da Sensibilidade
    • O Mestre dos Mestres
  • Superando o Cárcere da Emoção - Dezembro de 2006
  • Doze Semanas para Mudar uma Vida - Janeiro de 2007
  • Os Segredos do Pai-Nosso - Fevereiro de 2007
  • Maria, a maior educadora da História - Maio de 2007
  • A Sabedoria Nossa de Cada Dia: Os Segredos do Pai-Nosso 2 - Maio de 2007
  • Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes - Setembro de 2007
  • Treinando a Emoção para Ser Feliz - Dezembro de 2007
  • O Código da Inteligência - Maio de 2008
  • O Vendedor de Sonhos: O Chamado - Dezembro de 2008
  • O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos - Janeiro de 2009
  • De Gênio e Louco Todo Mundo Tem um Pouco - Novembro de 2009
  • Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas - Julho de 2010
  • O Semeador de Ideias - Novembro de 2010
  • A fascinante construção do Eu - Novembro de 2010
  • Mulheres Inteligentes, Relações Saudáveis - 2011
  • O Colecionador de Lágrimas - Holocausto Nunca Mais - 2012
  • Manual para jovens estressados, mas muito inteligentes! - 2012
  • Armadilhas da mente - Setembro 2013
  • Em busca do sentido da vida - Outubro 2013
  • Ansiedade como enfrentar o mal do século - Dezembro de 2013
  • Pais Inteligentes formam sucessores, não herdeiros - Abril 2014
  • Felicidade roubada - 2014
  • As Regras de Ouro dos Casais Saudáveis - 2014
  • Petrus Logus - O Guardião do Tempo - Outubro de 2014
Fonte de origem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Cury

Domingo Na Usina:Biografias: Monteiro Lobato:

Monteiro Lobato
Escritor brasileiro
Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor brasileiro. "O Sitio do Picapau Amarelo" é uma de suas obras de maior destaque na literatura infantil. Foi um dos primeiros autores de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina. Tornou-se editor, criando a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". Metade de suas obras é formada de literatura infantil.
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo.
Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital, em 1904. Na festa de formatura fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se retiraram da sala. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Parnaíba, no ano de 1907.
Monteiro Lobato casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Com ela teve quatro filhos, Marta (1909), Edgar (1910), Guilherme (1912) e Rute (1916). Paralelamente ao cargo de Promotor, escrevia para vários jornais e revistas, fazia desenhos e caricaturas. Ficou em Areias até 1911, quando muda-se para Taubaté, para a fazenda Buquira, deixada como herança pelo seu avô.
No dia 12 de novembro de 1912, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma carta sua enviada à redação, intitulada "Velha Praga", onde destaca a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e que a miséria tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura na região. Sua carta foi publicada e causou grande polêmica. Mais tarde, publica novo artigo "Urupês", onde aparece pela primeira vez o personagem "Jeca Tatu".
Em 1917 vende a fazenda e vai morar em Caçapava, onde funda a revista "Paraíba". Nos 12 números publicados, teve como colaboradores Coelho Neto, Olavo Bilac, Cassiano Ricardo entre outras importantes figuras da literatura. Muda-se para São Paulo, onde colabora para a "Revista do Brasil". Em seguida compra a revista e a transforma em editora. Publica em 1917, seu primeiro livro "Urupês", que esgota sucessivas tiragens. Transforma a Revista em centro de cultura e a editora numa rede de distribuição com mais de mil representantes.
No dia 20 de dezembro de 1917, publica no jornal O Estado de São Paulo, um artigo intitulado "Paranoia ou Mistificação?", onde critica a exposição de Anita Malfatti, pintora paulista recém chegada da Europa. Estava criada uma polêmica, que acabou se transformando em estopim do movimento modernista.
Monteiro Lobato, em sociedade com Octalles Marcondes Ferreira, funda a "Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato". Com o racionamento de energia, a editora vai à falência. Vendem tudo e fundam a "Companhia Editora Nacional". Lobato muda-se para o Rio de Janeiro e começa a publicar livros para crianças. Em 1921 publica "Narizinho Arrebitado", livro de leitura para as escolas. A obra fez grande sucesso, o que levou o autor a prolongar as aventuras de seu personagem em outros livros girando todos ao redor do "Sítio do Picapau Amarelo". Em 1927 é nomeado, por Washington Luís, adido comercial nos Estados Unidos, onde permanece até 1931.
Como escritor literário, Lobato destacou-se no gênero "conto". O universo retratado, em geral são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Parnaíba, quando da crise do plantio do café. Em seu livro "Urupês", que foi sua estreia na literatura, Lobato criou a figura do "Jeca Tatu", símbolo do caipira brasileiro. As histórias do "Sítio do Picapau Amarelo", e seus habitantes, Emília, Dona Benta, Pedrinho, Tia Anastácia, Narizinho, Rabicó e tantos outros, misturam a realidade e a fantasia usando uma linguagem coloquial e acessível.
O livro "Caçadas de Pedrinho", publicado em 1933, que faz parte do Programa Nacional Biblioteca na Escola, do Ministério da Educação, está sendo questionado pelo movimento negro, por conter "elementos racistas". O livro relata a caçada a uma onça que está rondando o sítio. "É guerra e das boas, não vai escapar ninguém, nem tia Anastácia, que tem cara preta".
José Renato Monteiro Lobato morreu no dia 5 de julho de 1948, de problemas cardíacos.
Obras de Monteiro Lobato
Idéias de Jeca Tatu, conto, 1918
Urupês, conto, 1918
Cidades Mortas, conto, 1920
Negrinha, conto, 1920
O Saci, literatura infantil, 1921
Fábulas de Narizinho, literatura infantil, 1921
Narizinho Arrebitado, literatura infantil, 1921
O Marquês de Rabicó, literatura infantil, 1922
O Macaco que se fez Homem, romance, 1923
Mundo da Lua, romance, 1923
Caçadas de Hans Staden, literatura infantil, 1927
Peter Pan, literatura infantil, 1930
Reinações de Narizinho, literatura infantil, 1931
Viagem ao Céu, literatura infantil, 1931
Caçadas de Pedrinho, 1933
Emília no País da Gramática, literatura infantil, 1934
História das Invenções, literatura infantil, 1935
Memórias da Emília, literatura infantil, 1936
Histórias de Tia Nastácia, literatura infantil, 1937
Serões de Dona Benta, literatura infantil, 1937
O Picapau Amarelo, literatura infantil, 1939
Fábulas de Monteiro Lobato
O Cavalo e o Burro
A Coruja e a Águia
O Lobo e o Cordeiro
O Corvo e o Pavão
A Formiga Má
A Garça Velha
As Duas Cachorras
O Jaboti e a Peúva
O Macaco e o Coelho
O Rabo do Macaco
Os Dois Burrinhos
Os Dois Ladrões
A caçada da Onça
Jeca Tatu


É no livro "Urupês", que Monteiro Lobato retrata a imagem do caipira brasileiro, onde destaca a pobreza e a ignorância do caboclo, que o tornava incapaz de auxiliar na agricultura. O Jeca Tatu é um flagrante do homem e da paisagem do interior. O personagem se tornou um símbolo nacionalista utilizado por Rui Barbosa em sua campanha presidencial de 1918. Na 4ª edição do livro, Lobato pede desculpas ao homem do interior.

Domingo Na Usina: Biografias:Aluísio Azevedo:

Aluísio Azevedo
Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu na cidade de São Luís, capital do Maranhão, em 14 de abril de 1857, filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães.

Fez os cursos preparatórios na sua cidade natal e trabalhou no comércio como caixeiro e guarda-livros.

Com vocação para o desenho e a pintura, em 1876, resolveu juntar-se ao  seu irmão Arthur Azevedo, no Rio de Janeiro, onde matriculou-se na Imperial Academia de Belas Artes, hoje Escola Nacional de Belas Artes.

Para conseguir se manter fazia caricaturas para diversos jornais como O Fígaro, O Mequetrefe, Semana Ilustrada e Zig-Zag.

Em 1878, por causa da morte repentina do pai, foi obrigado a regressar a São Luís para cuidar da família, passando a escrever para jornais locais.

Foi um dos fundadores e colaborador assíduo do jornal anticlerical e abolicionista O Pensador, periódico trimensal (publicado nos dias 10, 20 e 30 de cada mês), que se intitulava órgão dos interesses da sociedade moderna e era redigido por jovens sob pseudônimos. Colaborou também com o jornal Pacotilha, lançado por seus cunhados Libânio Vale e Vítor Lobato.

Iniciou a carreira de escritor com o romance Uma lágrima de mulher (1879), seguido de O mulato, um dos seus livros mais famosos, publicado em São Luís, na Tipografia de O País, em 1881. O livro escandalizou a sociedade maranhense pela linguagem crua e por tratar do preconceito racial, mas com ele o autor ganhou projeção nacional. No Rio de Janeiro, a obra foi muito bem recebida, sendo considerada como um exemplo do Naturalismo, escola literária que se baseava na fiel observação da realidade e na experiência.

Em setembro de 1881, Aluísio voltou ao Rio de Janeiro. Resolvido a ganhar e ganhar a vida como escritor, dedicou-se ao trabalho jornalístico e literário, passando a publicar seus romances nos folhetins dos jornais.

No período de 1882 a 1895, publicou sem interrupção romances, contos, crônica e peças de teatro, essas últimas em parceria com seu irmão Arthur e Emílio Rouède. Com esse último, desenvolveu uma grande amizade e cooperação intelectual, escrevendo em conjunto cinco comédias: Venenos que curam, O caboclo, Um caso de adultério, Lições para maridos e Em flagrante delito.

Membro da Academia Brasileira de Letras e fundador da cadeira nº 4, Aluisio de Azevedo gostava de abordar na sua obra os problemas sociais urbanos, com suas contradições econômicas, raciais e éticas.

Entre as suas principais obras podem ser destacadas: Uma Lágrima de Mulher (1879); Os doidos (comédia em colaboração com Arthur Azevedo, 1879); O Mulato (1881); Memórias de um condenado (1882); Flor-de-lis (opereta) e Casa de Orates (comédias, ambas em mparceria com Arthur Azevedo, 1882); Mistérios da Tijuca (1883); Casa de Pensão (1884); Filomena Borges (1884); Venenos que curam (1886); O Caboclo (1886); O homem (1887); Fritzmark (1988); O Coruja (1889);  O cortiço (1890); A República (1890); Um caso de adultério (1891); Em flagrante (1891); A mortalha de Alzira (1893); Demônios (contos, 1893); Livro de uma sogra (1895); Pegados (1897). Deixou inédito, um livro com impressões sobre o Japão, intitulado Agonia de uma raça. Em 1938, foram reunidas algumas de suas crônicas e correspondências, e publicadas pela F. Briguiet (Rio de Janeiro), o livro O touro negro.

Sem conseguir sobreviver só como escritor, em 1895, fez concurso para cônsul e ingressou na carreira diplomática. Serviu em Vigo, na Espanha, Nápoles, na Itália, Tóquio, Assunção, no Paraguai e Buenos Aires, onde passou a viver na companhia da argentina Pastora Luquez e de seus dois filhos, Pastor e Zulema, que foram por ele adotados.

Morreu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913, onde foi sepultado.

Seis anos depois, em 1919, seus restos mortais foram levados, em urna funerária para São Luís, por iniciativa do seu conterrâneo o escritor Coelho Neto (Henrique Maximiano).


Recife, 30 julho de 2010.


FONTES CONSULTADAS:

ALUÍSIO de Azevedo (foto). Desponível em: < http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/biografia-aluizio-azevedo/imagens/aluisio-de-azevedo-3.jpg >. Acesso em: 11 ago.2010.

BIOGRAFIA fundador. Disponível em: . Acesso em: 28 jul.2010.

BIOGRAFIAS: Aluísio de Azevedo (1857-1913). Disponível em:. Acesso em: 29 jul. 2010.

MIGUEL-PEREIRA, Lucia. História de literatura brasileira. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1957.  (Documentos brasileiros, 63)

MONTELLO, Josué. Aluísio Azevedo e a polêmica d'O Mulato. Rio de Janeiro: J. Olympio; Brasília, DF: INL, 1975. (Documentos brasileiros, 167).

VERISSIMO, José. História da literatura Brasileira: de Bento Teixeira (1601) a Machado de Assis (1908). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1916.

COMO CITAR ESTE TEXTO:

Fonte: GASPAR, Lúcia. Aluísio de Azevedo. Pesquisa Escolar On-Line, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: .

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Aluísio Azevedo (A. Tancredo Gonçalves de A.), caricaturista, jornalista, romancista e diplomata, nasceu em São Luís, MA, em 14 de abril de 1857, e faleceu em Buenos Aires, Argentina, em 21 de janeiro de 1913. É o fundador da Cadeira n. 4 da Academia Brasileira de Letras.

Era filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e de d. Emília Amália Pinto de Magalhães e irmão mais moço do comediógrafo Artur Azevedo. Sua mãe havia casado, aos 17 anos, com um rico e ríspido comerciante português. O temperamento brutal do marido determinou o fim do casamento. Emília refugiou-se em casa de amigos, até conhecer o vice-cônsul de Portugal, o jovem viúvo David. Os dois passaram a viver juntos, sem contraírem segundas núpcias, o que à época foi considerado um escândalo na sociedade maranhense.

Da infância à adolescência, Aluísio estudou em São Luís e trabalhou como caixeiro e guarda-livros. Desde cedo revelou grande interesse pelo desenho e pela pintura, o que certamente o auxiliou na aquisição da técnica que empregará mais tarde ao caracterizar os personagens de seus romances. Em 1876, embarcou para o Rio de Janeiro, onde já se encontrava o irmão mais velho, Artur. Matriculou-se na Imperial Academia de Belas Artes, hoje Escola Nacional de Belas Artes. Para manter-se, fazia caricaturas para os jornais da época, como O Figaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada. A partir desses "bonecos" que conservava sobre a mesa de trabalho, escrevia cenas de romances.

A morte do pai, em 1878, obrigou-o a voltar a São Luís, para tomar conta da família. Ali começou a carreira de escritor, com a publicação, em 1879, do romance Uma lágrima de mulher, típico dramalhão romântico. Ajuda a lançar e colabora com o jornal anticlerical O Pensador, que defendia a abolição da escravatura, enquanto os padres mostravam-se contrários a ela. Em 1881, Aluísio lança O mulato, romance que causou escândalo entre a sociedade maranhense, não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo assunto de que tratava: o preconceito racial. O romance teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte como exemplo de Naturalismo, e Aluísio pôde fazer o caminho de volta para o Rio de Janeiro, embarcando em 7 de setembro de 1881, decidido a ganhar a vida como escritor.

Quase todos os jornais da época tinham folhetins, e foi num deles que Aluísio passou a publicar seus romances. A princípio, eram obras menores, escritas apenas para garantir a sobrevivência. Depois, surgiu nova preocupação no universo de Aluísio: a observação e análise dos agrupamentos humanos, a degradação das casas de pensão e sua exploração pelo imigrante, principalmente o português. Dessa preocupação resultariam duas de suas melhores obras: Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890). De 1882 a 1895 escreveu sem interrupção romances, contos e crônicas, além de peças de teatro em colaboração com Artur de Azevedo e Emílio Rouède.
Em 1895 encerrou a carreira de romancista e ingressou na diplomacia. O primeiro posto foi em Vigo, na Espanha. Depois serviu no Japão, na Argentina, na Inglaterra e na Itália. Passara a viver em companhia de D. Pastora Luquez, de nacionalidade argentina, junto com os dois filhos, Pastor e Zulema, que Aluísio adotou. Em 1910, foi nomeado cônsul de 1a classe, sendo removido para Assunção. Depois foi para Buenos Aires, seu último posto. Ali faleceu, aos 56 anos. Foi enterrado naquela cidade. Seis anos depois, por uma iniciativa de Coelho Neto, a urna funerária de Aluísio Azevedo chegou a São Luís, onde o escritor foi sepultado definitivamente.

Obras
Uma lágrima de mulher, romance de estréia (1880); O mulato, romance (1881); Mistério da Tijuca, romance (1882; reeditado: Girândola de amores); Memórias de um condenado (1882; reeditado: A condessa Vésper); Casa de pensão, romance (1884); Filomena Borges, romance (publicado em folhetins na Gazeta de Notícias, 1884); O homem, romance (1887); O coruja, romance (1890); O cortiço, romance (1890); Demônios, contos (1895); A mortalha de Alzira, romance (1894); Livro de uma sogra, romance (1895).

Fonte: O Nordeste.

Domingo Na Usina: Biografias: Cândido Motta Filho:


Quarto ocupante da Cadeira 5, eleito em 7 de abril de 1960, na sucessão de Aloísio de Castro e recebido pelo Acadêmico Josué Montello em 20 de julho de 1960. Recebeu o Acadêmico Mário Palmério.
Cândido Motta Filho, advogado, professor, jornalista, ensaísta e político, nasceu em São Paulo, SP, em 16 de setembro de 1897, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de fevereiro de 1977.
Era filho de Cândido Nanzianzeno Nogueira da Mota e de Clara do Amaral Mota. Seu pai foi advogado e professor de Direito Penal na Faculdade de Direito de São Paulo, deputado, senador e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura do Estado de São Paulo. Fez seus estudos primários na Escola-Modelo Caetano de Campos e no Grupo Escolar do Arouche e o secundário, no Colégio Santo Inácio, no Rio, e Ginásio Nogueira da Gama, em São Paulo. Ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo onde, em 1919, após um curso brilhante, colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, dedicando-se à advocacia, ao jornalismo, à política e ao magistério.
Iniciou sua vida jornalística no Correio Paulistano, como encarregado da coluna judiciária e da página literária. Colaborou no Comércio de São Paulo e, com o pseudônimo de Paulo Queiroga, figurou nas crônicas diárias do São Paulo Jornal, do qual foi diretor de 1929 a 1930, quando o jornal foi empastelado com o movimento revolucionário que depôs o presidente Washington Luís. Foi ainda redator-chefe da Folha da Manhã e, afinal, crítico literário dos Diários Associados. Dirigiu, com outros escritores, as revistas Klaxon e Política. Com Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia, René Thiollier e Oswald de Andrade, tomou parte na Semana de Arte Moderna, fazendo pelos jornais o estudo crítico do Modernismo. Depois, com Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia, promoveu o Movimento Verde-Amarelo, que procurava imprimir novos rumos à literatura brasileira. Tendo por alguns anos feito crítica impressionista (as Notas de um constante leitor foram publicadas originalmente no Diário de São Paulo e no Correio Paulistano), reagiu sempre contra o excesso de naturalismo no romance e o formalismo parnasiano na poesia. Seu estudo crítico do Modernismo constitui páginas válidas até o presente momento.
Na política, logo após a formatura em Direito, Cândido Mota Filho foi eleito juiz de paz no bairro paulistano de Santa Cecília e fez parte de diretórios do Partido Republicano. Depois de 1930, fundou, com Alcântara Machado, Abelardo César e Alarico Caiuby, a Ação Nacional do P.R.P., com programa inspirado no pensamento de Alberto Torres. Foi oficial de gabinete do Secretário da Agricultura no Governo Altino Arantes, em São Paulo e, em 1933, do Prefeito da Capital paulista. Foi também deputado estadual pelo Partido Constitucionalista, fazendo parte da Constituinte paulista.
Participou da Revolução Constitucionalista, no gabinete do Governador Pedro de Toledo, juntamente com Cassiano Ricardo e Menotti del Picchia. Em 1934, com Antônio de Alcântara Machado, integrou o Escritório Técnico da bancada paulista, destinado a coordenar os dados para a elaboração da Constituição Federal. Durante o Estado Novo, sucedeu a Cassiano Ricardo no Departamento de Imprensa e Propaganda e, após o período de adaptação constitucional, foi chefe de gabinete do Ministro Honório Monteiro e, a seguir, Ministro do Trabalho do Governo Gaspar Dutra. Depois da morte de Getúlio Vargas, com o Governo Café Filho, ocupou o cargo de Ministro da Educação e Cultura. Foi presidente nacional do Partido Republicano, sucedendo a Artur Bernardes.
Como advogado e professor, Cândido Mota Filho exerceu numerosos cargos: advogado do Patronato Agrícola do Estado; advogado da Prefeitura Municipal de São Paulo; professor no Ginásio Artur Mota e no Ginásio Ipiranga; professor de História, no Curso Pré-Jurídico da Faculdade de Direito de São Paulo; de Antropologia Filosófica, no curso promovido pela universidade fundada por Antônio Picarolo, livre-docente de Direito Penal e professor catedrático de Direito Constitucional, na Faculdade de Direito de São Paulo; Doutor Honoris Causa da Universidade de Porto Alegre e, finalmente, ministro do Supremo Tribunal Federal, do qual foi vice-presidente. Foi, também, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, Cândido Mota Filho foi diretor do Serviço de Proteção a Menores de São Paulo; presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia (1936); diretor da Sociedade Paulista de Psicanálise (1928); vice-presidente da Sociedade Brasileira de Filosofia; presidente de honra do Instituto Cultural Brasil-Alemanha; membro da Academia de Belas Artes e da Academia Paulista de Letras, e presidente da Associação Nacional de Escritores.
Foi membro da Academia Brasiliense de Letras; do Instituto dos Advogados do Brasil; do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; da União Brasileira de Escritores; do Conselho Técnico de Economia, Sociologia, Política e Finanças da Federação do Comércio de São Paulo, do Pen Clube do Brasil e de São Paulo; Professor Honoris Causa da Universidade de Porto Alegre e Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Casado com d. Elza Lichtenfels Mota, Cândido Mota Filho deixou cinco filhos: Nelson Cândido, Paulo, Cândido Geraldo, Flávio e Maria Teresa.

fonte de origem:

Domingo Na Usina: Biografias: Helio Jaguaribe de Mattos:


Nono ocupante da Cadeira nº 11, eleito em 3 de março de 2005 na sucessão de Celso Furtado e recebido em 22 de julho de 2005 pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida.

Helio Jaguaribe de Mattos, academicamente conhecido como Helio Jaguaribe, nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1923, diplomando-se em Direito em 1946 pela Pontifícia Universidade Católica dessa cidade. Filho do eminente geógrafo e cartógrafo da Comissão Rondon, Gen. Francisco Jaguaribe de Mattos, e de Francelina Santos Jaguaribe de Mattos, nascida em Vila Nova de Gaia, Portugal, filha de um grande exportador de vinho do Porto.

Formação e títulos

Em 1952 iniciou, com um grupo de jovens cientistas sociais, um projeto de estudos para a reformulação do entendimento da sociedade brasileira, fundando o Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política – IBESP, de que foi Secretário Geral e Diretor da revista do Instituto, Cadernos de Nosso Tempo, de relevante influência no Brasil e na América Latina.

Em 1956 teve a iniciativa de promover a constituição do Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB, uma instituição de altos estudos, do Ministério da Educação e Cultura, no campo das Ciências Sociais, do qual foi designado Chefe do Departamento de Ciência Política. Exonerando-se de ambas as funções em 1959, por discordância com mudanças na orientação do Instituto, passou alguns anos colaborando, sem vínculos permanentes, com diversas instituições acadêmicas, no Brasil e no exterior. Em 1964, depois de pública condenação do golpe militar, afastou-se do país e foi lecionar nos Estados Unidos: de 1964 a 1966 na Universidade de Harvard; de 1966 a 1967 na Universidade de Stanford; e de 1968 a 1969, no MIT – Massachusets Institute of Tecnology.

Retornando ao Brasil em 1969, ingressou no Conjunto Universitário Cândido Mendes onde, por alguns anos, foi Diretor de Assuntos Internacionais. Com a fundação do Instituto de Estudos Políticos e Sociais, em 1979, foi designado Decano do novo Instituto, função que exerceu até 2003. Nessa data, completando 80 anos, propôs sua substituição por um scholar mais jovem, o Prof. Francisco Weffort, ex-Ministro da Cultura do Governo Cardoso, que foi escolhido para o cargo. A Helio Jaguaribe foi conferido o título de Decano Emérito e, nessa qualidade, continua ativamente suas pesquisas no Instituto.

De abril a setembro de 1992 foi Secretário de Governo (atualmente Ministério) de Ciência e Tecnologia.

Em 1994 iniciou a execução de um amplo projeto de pesquisa, “A Critical Study of History”, concluído em agosto de 1999. A versão em português desse estudo, sob o título Um Estudo Crítico da História, foi publicada em maio de 2001, em dois volumes, pela Editora Paz e Terra, de São Paulo. Versão em espanhol foi publicada, também em dois volumes, pela Editora Fondo de Cultura Económica, do México.

Esse estudo visa a analisar, ademais da Pré-história, dezesseis principais civilizações, a partir da Sumero-Akkadiana até a Ocidental, com o fito de determinar as mais relevantes condições que influíram na emergência, no desenvolvimento e, eventualmente, na decadência dessas civilizações. O estudo procura, em seguida, observar em que medida fatores semelhantes produziram efeitos equivalentes em distintas civilizações e épocas ou, contrariamente, se cada civilização está inserida num contexto único e irrepetível, tendo sido comprovada a ocorrência da primeira hipótese. Intentou-se, finalmente, verificar em que medida as constatações e conclusões desse estudo permitem um melhor entendimento de nosso próprio tempo e de nossa posição relativa no fluxo da história universal. A pesquisa foi empreendida sob os auspícios e financiamento da UNESCO e contou com o apoio consultivo de uma equipe de eminentes historiadores internacionais.

A partir de 2004 Helio Jaguaribe deu início a outro amplo estudo, “O Posto do Homem no Cosmos”. Trata-se de um intento de retomar, à luz dos conhecimentos contemporâneos, a temática de Max Scheler, sob o mesmo título, nos anos 20. Prevê-se que esse estudo seja ultimado em 2006.

Por sua contribuição às Ciências Sociais, aos estudos latino-americanos e à análise das Relações Internacionais, recebeu o grau de Doutor Honoris Causa da Universidade de Johannes Gutenberg, de Mainz, RFA (em 1983); da Universidade Federal da Paraíba (em 1992); da Universidade de Buenos Aires (em 2001).

Em 1996 foi agraciado, por sua contribuição às Ciências Sociais, com a
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Em 1999 o Ministério da Cultura conferiu-lhe, por sua contribuição ao desenvolvimento cultural do país, a Ordem do Mérito Cultural.

fonte de origem:
http://www.academia.org.br/academicos/helio-jaguaribe/biografia

Domingo Na Usina: Biografias:Eduardo Spohr:



(Rio de Janeiro, 5 de junho de 1976) é um jornalista, escritor, professor, blogueiro e podcaster brasileiro. É o autor de A Batalha do Apocalipse, livro entre os mais vendidos no segundo semestre de 2010 no Brasil2 3 , da trilogia Filhos do Éden, e participante do podcast Nerdcast, do blog Jovem Nerd3 .

Biografia:Spohr é filho de um piloto de aviões e de uma comissária de bordo, tendo, por conta disso, a chance de viajar para vários países ainda na infância4 , quando já produzia escritos literários1 . Embora não tenha religião, seu contato com diversas culturas e a iminência de conflitos na Guerra Fria, durante sua juventude, o motivaram a escrever sobre o fim do mundo e religião em seu livro A Batalha do Apocalipse, situando a trama em várias civilizações1 . Antes de trabalhar nessa obra, estudou Comunicação Social, a princípio, dedicando-se à Publicidade, porém voltando mais tarde a sua preferência para a profissão de jornalista. Trabalhou os primeiros anos da década de 2000 como repórter, analista de conteúdo do portal iBest e editor do portal Click21.4

Já como colaborador do blog Jovem Nerd3 ao participar do podcast Nerdcast, publicou seu livro na Nerdstore, loja virtual da página, pelo selo NerdBooks, por meio da qual vendeu mais de quatro mil exemplares, ainda sem amparo de editoras.1 Em junho de 2010, o Grupo Editorial Record publicou A Batalha do Apocalipse pelo selo Verus5 , vendendo, até dezembro do mesmo ano, 50 mil cópias.3 Logo em seguida, em 2011, lançou o primeiro livro da série Filhos do Éden intitulado Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida e depois, em 2013, publicou o segundo, chamado Filhos do Éden: Anjos da Morte.

Influências:
A lista de obras de ficção que influenciaram Eduardo vai de Highlander para The Matrix, através de desenhos animados japoneses como Saint Seiya. Quanto aos escritores a lista engloba Robert E. Howard, J.R.R. Tolkien, Neil Gaiman, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, Stephen King e H.P. Lovecraft.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.