sábado, 13 de fevereiro de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Raul de Ávila Pompeia:



Raul de Ávila Pompeia nasceu em Jacuecanga, Angra dos Reis, RJ, em 12 de abril de 1863, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de dezembro de 1895. É o patrono da cadeira n. 33, por escolha do fundador Domício da Gama.
Era filho de Antônio de Ávila Pompeia, homem de recursos e advogado, e de Rosa Teixeira Pompeia, que pertencia à de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Transferiu-se cedo, com a família, para a Corte e foi internado no Colégio Abílio, dirigido pelo educador Abílio César Borges, o Barão de Macaúbas – mesmo que, em Slavador, educara Castro Alves e Rui Barbosa - estabelecimento de ensino que adquirira grande nomeada. Passando do ambiente familiar austero e fechado para a vida no internato, recebeu Raul Pompeia um choque profundo no contato com estranhos. Logo se distingue como aluno aplicado, com o gosto dos estudos e leituras, bom desenhista e caricaturista, que redigia e ilustrava do próprio punho o jornalzinho O Archote. Em 1879, transferiu-se para o Colégio Pedro II, para fazer os preparatórios, e onde se projetou como orador e publicou o seu primeiro livro, Uma tragédia no Amazonas (1880).
Em 1881 começou o curso de Direito em São Paulo, entrando em contato com o ambiente literário e as ideias reformistas da época. Engajou-se nas campanhas abolicionista e republicana, tanto nas atividades acadêmicas como na imprensa. Tornou-se amigo de Luís Gama, o famoso abolicionista, tornando-se seu secretário. Escreveu em jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, frequentemente sob o pseudônimo Rapp, um dentre os muitos que depois adotaria. Ainda em São Paulo publicou, no Jornal do Comércio, as Canções sem metro, poemas em prosa, parte das quais foi reunida em volume, de edição póstuma. Também publicou, em folhetins da Gazeta de Notícias, a novela antimonárquica As joias da Coroa.
Reprovado no 3º ano, em 1883, seguiu com 93 acadêmicos para o Recife e ali concluiu o curso de Direito, mas não exerceu a advocacia. De volta ao Rio de Janeiro em 1885, dedicou-se ao jornalismo, escrevendo crônicas, folhetins, artigos, contos e participando da vida boêmia das rodas intelectuais. Nos momentos de folga, escreveu O Ateneu, “crônica de saudades”, romance de cunho autobiográfico, narrado em primeira pessoa, contando o drama de um menino que, arrancado ao lar, é colocado num internato da época. Publicou-o em 1888, primeiro em folhetins, na Gazeta de Notícias, e, logo a seguir, em livro, que o consagra definitivamente como escritor.
Decretada a Abolição, em que se empenhara, passou a dedicar-se à campanha favorável à implantação da República. Em 1889, colaborou em A Rua, de Pardal Mallet, e no Jornal do Comércio. Proclamada a República, foi nomeado professor de mitologia da Escola de Belas Artes e, logo a seguir, diretor da Biblioteca Nacional. No jornalismo, revelou-se um florianista exaltado, grande jacobino que era, em oposição a intelectuais do seu grupo, como Pardal Mallet e Olavo Bilac. Numa das discussões, surgiu um duelo entre Bilac e Pompeia. Combatia o cosmopolitismo, achando que o militarismo, encarnado por Floriano Peixoto, constituía a defesa da pátria em perigo. Referindo-se à luta entre portugueses e ingleses, desenhou uma de suas melhores charges: “O Brasil crucificado entre dois ladrões”. Com a morte de Floriano, em 1895, foi demitido da direção da Biblioteca Nacional, acusado de desacatar a pessoa do então Presidente da República, Prudente de Morais no explosivo discurso pronunciado em seu enterro. Rompido com amigos, caluniado em artigo de Luís Murat, sentindo-se desdenhado por toda parte, inclusive dentro do jornal A Notícia, que não publicara o segundo artigo de sua colaboração - aliás, tratava-se de um simples atraso - pôs fim à vida, com um tiro no coração, no dia de Natal de 1895.
A posição de Raul Pompeia, ficcionista de alturas geniais, na literatura brasileira é controvertida. A princípio a crítica o julgou pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas presentes em sua obra fazem-no aproximar-se do Simbolismo, ficando a sua arte como a expressão típica, na literatura brasileira, do estilo impressionista.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/raul-pompeia/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Zuenir Ventura:



Sétimo ocupante da Cadeira n.º 32, Zuenir Ventura foi eleito no dia 30 de outubro de 2014, na sucessão do Acadêmico Ariano Suassuna, e recebido no dia 6 de março de 2015, pela Acadêmica Cleonice Berardinelli.
Bacharel e licenciado em Letras Neolatinas, Zuenir Ventura é jornalista, ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Colunista do jornal O Globo, ingressou no jornalismo como arquivista, em 1956. Nos anos 1960/61 conquistou bolsa de estudos para o Centro de Formação dos Jornalistas de Paris. De 1963 a 1969, exerceu vários cargos em diversos veículos: foi editor internacional do Correio da Manhã, diretor de Redação da revista Fatos & Fotos, chefe de Reportagem da revista O Cruzeiro, editor-chefe da sucursal-Rio da revista Visão-Rio.
No fim de 1969, realizou para a Editora Abril uma série de 12 reportagens sobre “Os anos 60 – a década que mudou tudo”, posteriormente publicada em livro. Em 1971, voltou para a revista Visão, permanecendo como chefe de Redação da sucursal-Rio até 1977, quando se transferiu para a revista Veja, exercendo o mesmo cargo. Em 1981, transferiu-se para a revista IstoÉ, como diretor da sucursal. Em 1985, foi convidado a reformular a revistaDomingo, do Jornal do Brasil, onde ocupou depois outras funções de chefia.
Em 1988, Zuenir Ventura lançou o livro 1968 - o ano que não terminou, cujas 48 edições já venderam mais de 400 mil exemplares. O livro serviu também de inspiração para a minissérie “Os anos rebeldes”, produzida pela TV Globo. O capítulo “Um herói solitário” inspirou o filme O homem que disse não, que o cineasta Olivier Horn realizou para a televisão francesa.
Em 1989, publicou no Jornal do Brasil a série de reportagens “O Acre de Chico Mendes”, que lhe valeu o Prêmio Esso de Jornalismo e o Prêmio Vladimir Herzog. Em 1994, lançou Cidade partida, um livro-reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, traduzido na Itália, com o qual ganhou o Prêmio Jabuti de Reportagem. Em fins de 1998, publicou O Rio de J. Carlos e Inveja – Mal Secreto, que foi lançado depois em Portugal e na Itália. Já vendeu cerca de 150 mil exemplares. Em 2003, lançou Chico Mendes – Crime e Castigo. Seus livros seguintes foram Crônicas de um fim de século e 70/80 Cultura em trânsito – da repressão à abertura, com Heloísa Buarque e Elio Gaspari. No cinema, codirigiu o documentário Um dia qualquer e foi roteirista de outro, Paulinho da Viola: meu tempo é hoje, de Izabel Jaguaribe. Suas obras mais recentes são Minhas histórias dos outros, 1968 – o que fizemos de nós eConversa sobre o tempo, com Luis Fernando Verissimo. Seu livro mais recente é o romance Sagrada Família.
Em 2008, Zuenir Ventura recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos”. Em 2010, foi eleito “O jornalista do ano” pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros.
Ao comentar sua série de reportagens sobre Chico Mendes e a Amazônia, The New York Review of Books classificou o autor como “um dos maiores jornalistas do Brasil”. A revista inglesa The Economist definiu-o como “um dos jornalistas que melhor observam o Brasil”.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Fsid%3D1046/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Genolino Amado:



Quinto ocupante da Cadeira 32 , eleito em 9 de agosto de 1973 na sucessão de Joracy Camargo e recebido em 14 de novembro de 1973 pelo Acadêmico Hermes Lima.
Iniciou sua educação na província natal e fez Humanidades no Colégio Carneiro, em Salvador. Aos 17 anos, ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, integrando a turma de calouros que iria dar ao país vários escritores e mestres do Direito, como os acadêmicos Luís Viana Filho Hermes Lima e Pedro Calmon, além de Nestor Duarte e Adalício Nogueira. Completou o curso jurídico no Rio de Janeiro em 1924.
Após a formatura foi para São Paulo, com o propósito de fazer carreira na advocacia. Contudo, sua autêntica vocação levou-o ao Correio Paulistano, onde figurou entre os principais redatores, tendo sido indicado por Menotti Del Picchia para substituí-lo na crônica diária daquele prestigioso matutino. Surgiram, assim, as primeiras páginas de um novo autor, que se assinava “Geno”, as quais mereceram um elogioso artigo de Agripino Grieco, o que causou surpresa pela índole do crítico.
A atividade na imprensa foi interrompida com a nomeação para Chefe da Censura Teatral e Cinematográfica de São Paulo, em começo de 1928. Genolino Amado não se afastou, porém, das rodas intelectuais da Pauliceia, convivendo com os modernistas de maior relevo, sobretudo Oswald de Andrade, e os futuros acadêmicos Menotti, Cassiano Ricardo e Cândido Mota Filho. Foi também nessa fase que se ligou intimamente a Galeão Coutinho, Brito Broca, e, logo depois, Orígenes Lessa. Perdido o cargo com a Revolução de 1930, retornou imediatamente ao jornalismo, com posição de destaque nos Diários Associados, dirigindo o “Suplemento Literário” do Diário de São Paulo e publicando cotidianamente crônicas no Diário da Noite. Ao mesmo tempo iniciou a colaboração na emissora Record, atendendo a convite de César Ladeira, seu jovem colega de redação, que se transformara repentinamente em locutor popularíssimo e que, depois, no Rio, contribuiu para o êxito de Genolino Amado como cronista radiofônico.
Voltando para o Rio em 1933, tornou-se redator-editorialista de O Jornal; foi nomeado professor de curso secundário da então Prefeitura do Distrito Federal, na grande reforma da instrução pública realizada por Anísio Teixeira. Escreveu para a Rádio Mayrink Veiga, na interpretação de César Ladeira, as “Crônicas da Cidade Maravilhosa”, cujo sucesso sugeriu a André Filho a composição da famosa marcha que se tornaria o hino da Guanabara. Na mesma emissora, apresentou por longo tempo a “Biblioteca no Ar”, que por duas vezes obteve prêmio como o melhor programa cultural da rádio brasileira. Posteriormente, obteve êxito na Rádio Nacional, com a “Crônica da Cidade”, com extraordinária audiência.
Absorvido pela imprensa e pela rádia, só em 1937 Genolino Amado publicou o seu primeiro livro, Vozes do mundo, em que estuda grandes figuras das letras estrangeiras. O êxito da estreia levou o autor a reunir outros ensaios, lançados em suplementos dominicais, no volume Um olhar sobre a vida, em 1939. Seguiram-se Os inocentes do Leblon (1946) e O pássaro ferido (1948), coletâneas de crônicas publicadas na imprensa. Ao mesmo tempo, traduziu romances e peças de teatro. Estreou ele próprio como dramaturgo, em 1946, com Avatar, comédia representada não só no Brasil como no estrangeiro e adotada na Academia Militar de West Point como livro de leitura para os cadetes americanos. A segunda peça, Dona do mundo, foi apresentada em 1948 e laureada com a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.
A carreira de magistério estendeu-se ao nível superior, como um dos professores que iniciaram o Curso de Jornalismo na Faculdade Nacional de Filosofia.
Afastou-se das atividades literárias quando passou a exercer, no último governo de Getúlio Vargas, em 1954, o cargo de Diretor da Agência Nacional. Nomeado a seguir Procurador do Estado da Guanabara, por longo tempo se concentrou nas letras jurídicas, exarando inúmeros pareceres, muitos dos quais publicados na Revista da Procuradoria Geral. Em todo esse período, só apareceu como um dos tradutores de A minha vida, de Charles Chaplin. Retornou à literatura em 1971, com O reino perdido, em que evoca a sua vivência como professor.
Após a publicação dessa obra, candidatou-se à Academia Brasileira de Letras. Em 1977, publicou Um menino sergipano, seu segundo livro de memórias, limitado aos anos transcorridos em Itaporanga, sua cidade natal, tão poeticamente evocada, também, em História da minha infância, por Gilberto Amado.

Atualizado em 10/07/2017.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/genolino-amado/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Joraci Camargo:



Quarto ocupante da Cadeira 32, eleito em 17 de agosto de 1967, na sucessão de Viriato Correia e recebido pelo Acadêmico Adonias Filho em 16 de outubro de 1967.
Joraci Camargo (Joraci Schafflor Camargo), jornalista, cronista, professor e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de outubro de 1898, e faleceu na mesma cidade em 11 de março de 1973.
Filho de João Drummond Camargo e de Julieta Schafflor Camargo, fez o curso primário na Escola Ramiz Galvão e o ginásio no Colégio Americano-Brasileiro e no Ginásio Federal. Graduou-se em ciências comerciais pelo Instituto Comercial do Rio de Janeiro. Iniciou a vida pública em 1916, como funcionário das Obras contra as Secas, com exercício no interior de Pernambuco. Regressou ao Rio no ano seguinte, exercendo outros cargos burocráticos, até 1930, quando passou a dedicar-se exclusivamente ao jornalismo. Ingressara em 1919 na redação de O Imparcial, do qual se afastou em 1920 para colaborar com João do Rio na fundação de A Pátria. Como redator desse jornal, passou a interessar-se pelas letras teatrais.
Escreveu a primeira peça de sucesso movido por dificuldades financeiras e atendendo a um pedido da Empresa Pinto & Neves, do Teatro Recreio Dramático. Em colaboração com Pacheco Filho, escreveu uma revista intitulada Me leva, meu bem, representada no Teatro Recreio, em 1925, pela Companhia Margarida Max, com grande êxito. A revista Calma no Brasil, surgida no ano seguinte, atingiu o mesmo sucesso. Em 1927 vieram as comédias De quem é a vez? e A menina dos olhos, com interpretação de Leopoldo Fróis, Dulcina de Morais, Plácido Ferreira e outros. Estava, assim, firmada a reputação de Joraci Camargo como autor teatral e como jornalista, tendo sido convidado por Mário Rodrigues para participar da redação de A Manhã.
Em 1931, escreveu a primeira comédia para o ator Procópio Ferreira, com o título O bobo do rei, considerada pela crítica como o início do teatro social no Brasil, e tal foi a sua repercussão que recebeu o prêmio de teatro da Academia Brasileira de Letras em 1932. Nesse ano escreveu a peça Deus lhe pague, representada pela primeira vez no Teatro Boa Vista, em São Paulo, no dia 30 de dezembro, pela Companhia Procópio Ferreira. Em 15 de junho de 1933 era representada no Teatro Cassino Beira-Mar, no Rio de Janeiro. O sucesso foi instantâneo, e todas as companhias brasileiras passaram a ter Deus lhe pague em seus repertórios. Vertida para o castelhano, por José Siciliano e Roberto Talice, foi representada em Buenos Aires, simultaneamente, em quatro teatros. Em 1936, foi incluída no repertório das companhias de todos os países latino-americanos. Na Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, a peça foi adotada como livro auxiliar para os estudantes de língua portuguesa, tendo sido então representada, pelos alunos, não só naquela instituição como na Academia Militar de West Point. Em 1935 Procópio Ferreira alcançou grande sucesso com as representações da peça em Lisboa; em 1947 foi representada em Madrid e em todo o interior da Espanha, em tradução do marquês Juán Inácio Luca de Tena. Essa peça foi vertida para muitos idiomas, inclusive o polonês, hebraico, iídiche e japonês, e constituiu, ainda, o maior sucesso de livraria da literatura teatral brasileira. Em vida do autor, alcançou, no Brasil, trinta edições, cinco em Portugal, três na Argentina, duas no Chile e nos Estados Unidos e uma em diversos outros países.
Em 1938 compôs uma série peças radiofônicas de tema histórico, irradiadas pela “Hora do Brasil” e editadas pelo Departamento de Difusão Cultural do Ministério da Justiça, em 1938.
Em 1941, organizou uma companhia de comédias, com a qual percorreu as principais cidades do país. Sempre lutou pela educação do povo. A imprensa e o teatro eram para ele os meios eficientes de comunicação, mas não ficou limitado a esses dois setores, para a efetivação de seus ideais. Prestou serviços de colaboração na Campanha de Educação de Adultos e realizou inquéritos para o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, do Ministério da Educação e Cultura, visitando, durante cinco anos consecutivos, todo o território nacional, proferindo conferências e palestras e realizando cursos intensivos de artes cênicas para amadores teatrais. Organizou o I Congresso Brasileiro de Teatro. Foi professor de Técnica Teatral no Curso de Especialização Teatral para Professores e de Estética no Conservatório Nacional de Teatro, do Ministério da Educação e Cultura, e professor de História do Teatro na Academia de Teatro da Fundação Brasileira de Teatro.
Como delegado do Brasil, participou dos congressos internacionais de autores e compositores, realizados em diversos países, de 1935 a 1966. Em 1967, participou da Conferência Diplomática de Estocolmo para a revisão da Convenção de Berna para a Propriedade Intelectual.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/joracy-camargo/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Ramiz Galvão:


Terceiro ocupante da Cadeira 32, eleito em 14 de julho de 1938, na sucessão de Ramiz Galvão e recebido pelo Acadêmico Múcio Leão em 29 de outubro de 1938. Recebeu nos Acadêmicos Josué Montello, Luís Edmundo e Raimundo Magalhães Júnior.
Viriato Correia (Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho), jornalista, contista, romancista, teatrólogo e autor de crônicas históricas e livros infanto-juvenis, nasceu em 23 de janeiro de 1884, em Pirapemas, MA, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de abril de 1967.
Filho de Manuel Viriato Correia Baima e de Raimunda Silva Baima, ainda criança deixou a cidade natal para fazer cursos primário e secundário em São Luís do Maranhão. Começou a escrever aos 16 anos os seus primeiros contos e poesias. Concluídos os preparatórios, mudou-se para Recife, cuja Faculdade de Direito frequentou por três anos. Seus planos incluíam, porém, a radicação no Rio de Janeiro, e sob o pretexto de terminar o curso jurídico na metrópole, veio juntar-se à geração boêmia que marcou a intelectualidade brasileira no começo do século. Em 1903 saiu no Maranhão o seu primeiro livro de contos, Minaretes, marcando o aparecimento de Viriato Correa como escritor. O livro não agradou a João Ribeiro, que descarregou contra ele toda a sua crítica. Considerou afetado o título, proveniente do árabe, porque uma mesquita não tem nada em comum com contos sertanejos, que foram o tema da obra.
Por interferência de Medeiros e Albuquerque, de quem se tornara amigo, Viriato Correia obteve colocação na Gazeta de Notícias, iniciando carreira jornalística que se estenderia por longos anos e no exercício da qual seria colunista do Correio da Manhã, do Jornal do Brasil e da Folha do Dia, além de fundador do Fafazinho e de A Rua. Colaborou também em Careta, Ilustração Brasileira, Cosmos, A Noite Ilustrada, Para Todos, O Malho, Tico-Tico. No ambiente das redações, em convívio com intelectuais expressivos como Alcindo Guanabara e João do Rio, encontraria incentivo para a expansão dos pendores literários já revelados. Muitas das suas obras de ficção consagradas em livro foram divulgadas pela primeira vez em páginas de periódicos. Assim ocorreu com os Contos do sertão, que, estampados primitivamente na Gazeta de Notícias, foram reunidos em volume e publicados em 1912, redimindo Viriato Correia do insucesso de Minaretes. Outros livros de ficção viriam depois confirmar o contista seguro, pelo justo equilíbrio entre o ritmo empolgante e a pausa tranquilizadora das descrições. Inspirava-se no cotidiano burguês ou campestre, em cenários exclusivamente brasileiros.
Obteve notoriedade no campo da narrativa histórica, ombreando-se com Paulo Setúbal, que também se dedicou ao gênero. Enquanto o escritor paulista deu preferência ao romance, Viriato Correia optou pelas historietas e crônicas, com o intuito visível de atingir o leitor comum. Escreveu no gênero mais de uma dezena de títulos, entre os quais se destacam Histórias da nossa História (1921), Brasil dos meus avós (1927) e Alcovas da História (1934). Com o objetivo de levar a História também ao público infantil, recorreu à figura do afável ancião que reunia a garotada em sua chácara para a fixação de ensinamentos escolares. As sugestivas “lições do vovô” encontram-se em livros como História do Brasil para crianças (1934) e As belas histórias da História do Brasil (1948). Deixou ainda muitas obras de ficção infantil, entre elas o romance Cazuza (1938), um dos clássicos da nossa literatura infantil, em que descreve cenas de sua meninice.
O meio teatral, que frequentou como crítico de jornal e mais tarde como professor de história do teatro, propiciou a Viriato Correia amplo domínio das técnicas dramáticas, transformando-o num dos mais festejados e fecundos autores teatrais em sua época. Escreveu perto de trinta peças, entre dramas e comédias, que focalizam ambientes sertanejos e urbanos, vinculando-o à tradição do teatro de costumes que vem de Martins Pena e França Júnior.
Foi deputado estadual no Maranhão, em 1911, e deputado federal pelo Estado do Maranhão em 1927 e 1930.

Atualizado em 04/04/2016.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/viriato-correia/biografia



Domingo na Usina: Biografias: Ramiz Galvão:



Ramiz Galvão (Benjamin Franklin Ramiz Galvão, Barão de Ramiz), médico, professor, filólogo, biógrafo e orador, nasceu em Rio Pardo, RS, em 16 de junho de 1846, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de março de 1938.
Filho de João Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão, veio aos seis anos para o Rio de Janeiro. Após os estudos primários no Colégio Amante da Instrução, fez gratuitamente, com o apoio do Imperador, toda a instrução secundária no Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras, em 1861. Aos 19 anos escrevia o seu primeiro livro, O púlpito no Brasil, publicado em 1867. Formou-se em Medicina, em 1868. Trabalhou inicialmente como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação, abraçando depois o magistério.
Helenista emérito, foi professor de Grego no Colégio Pedro II e de Química orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Não foi somente um mestre que honrou aquelas cátedras, mas um educador cuja longa existência decorreu a serviço do ensino.
Gozou da amizade de D. Pedro II desde os anos escolares. De 1882 a 1889, foi preceptor dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel. Teve assim ocasião de conviver com o Imperador, que o chamou ao exercício de cargos honrosos. Realmente, Ramiz Galvão teve, tanto no Império como na República, ocasião de ocupar vários cargos importantes, graças à sua capacidade de trabalho, valor intelectual e profunda cultura. Por decreto do governo imperial de 18 de junho de 1888, recebeu o título de Barão de Ramiz (com grandeza).
Dirigiu a Biblioteca Nacional e, por duas vezes, foi diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Foi também o primeiro reitor da Universidade do Brasil. Nos doze anos em que dirigiu a Biblioteca Nacional, organizou a exposição camoniana de 1880 e a de História do Brasil, no ano seguinte, com os respectivos e preciosos catálogos. Também promoveu a publicação dos Anais daquela repartição. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor desde 1899 até 1931.
A presença de Ramiz Galvão na história da Filologia ficou marcada com o seu Vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega, publicado em 1909, suscitando polêmicas vivazes. A mais extremada delas foi com Cândido de Figueiredo, que produziu 22 páginas de críticas, formando quase um capítulo do seu livro Vícios da linguagem médica, também de 1909. Em resposta, Ramiz Galvão deu a lume os Reparos à crítica, em 1910, reunindo artigos então publicados no Jornal do Comércio.
Foi Ramiz Galvão que, em 1904, alvitrou o nome de Silogeu Brasileiro para o edifício construído na Praia da Lapa e onde o governo se propôs a reunir várias instituições culturais, inclusive o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras. Só entrou para a Academia em 1928, aos 82 anos. Já havia concorrido em 1912 à vaga do Barão do Rio Branco, quando perdeu para Lauro Müller, motivando isso o afastamento de José Veríssimo das atividades acadêmicas, inconformado com o resultado do pleito. Fez parte da Comissão do Dicionário (1928), da Comissão de Gramática (1929) e foi presidente (1934) da Academia.
Em 1919 traduziu A retirada da Laguna, Visconde de Taunay, da 3ª edição francesa.
Foi sócio grande benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi orador perpétuo; membro honorário da Academia Nacional de Medicina e de diversas associações científicas e literárias.
Segundo ocupante da cadeira 32, foi eleito em 12 de abril de 1928, na sucessão de Carlos de Laet, e recebido pelo acadêmico Fernando Magalhães em 23 de junho de 1928.

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https://www.academia.org.br/academicos/ramiz-galvao-barao-de-ramiz-galvao/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Carlos de Laet:

 


Carlos de Laet (Carlos Maximiliano Pimenta de Laet), jornalista, professor e poeta, nasceu em 3 de outubro de 1847, no Rio de Janeiro, RJ, e faleceu também no Rio de Janeiro em 7 de dezembro de 1927. Convidado para a última sessão preparatória da instalação da Academia, em 28 de janeiro de 1897, foi o fundador da cadeira n. 32, que tem como patrono Araújo Porto-Alegre.
Era filho de Joaquim Ferreira Pimenta de Laet e de Emília Ferreira de Laet. Aos 14 anos matriculou-se no 1º ano do Colégio Pedro II. Laureado bacharel em Letras, matriculou-se na Escola Central, depois Politécnica. Formado em Engenharia, não seguiu a carreira preferindo voltar-se para o magistério e o jornalismo. Em 1873, fez concurso no Colégio Pedro II para a cadeira de Português, Geografia e Aritmética, disciplinas que formavam o primeiro ano do curso. Em 1915, com a reforma do ensino, desapareceu aquilo que Ramiz Galvão chamara “anomalia”, a reunião de três disciplinas tão díspares numa mesma cadeira e Laet foi então nomeado professor de Português.
Por um momento, deixou-se seduzir pela política. Em 1889 seus amigos monarquistas insistiram com ele para aceitar uma cadeira de deputado. Foi eleito, mas o advento da República privou-o da cadeira. Manteve-se monarquista e fiel ao culto de D. Pedro II. Proclamada a República, deliberou o Governo Provisório substituir o nome do Colégio Pedro II pelo de Instituto Nacional de Instrução Secundária. Na sessão da congregação da casa de 2 de maio de 1890, Laet requereu fosse feito um apelo ao governo republicano para conservar-se o nome antigo do estabelecimento. No dia seguinte, o Diário Oficial trazia a demissão de Carlos de Laet. Pouco depois, Benjamin Constant, o primeiro ministro da Instituição do Governo provisório, conseguiu transformar o ato de demissão em aposentadoria. No governo de Venceslau Brás foi ele reconduzido ao posto no magistério.
Carlos de Laet exerceu, desde então, até aposentar-se, em 1925, o cargo de professor, e foi também, durante longos anos, diretor do Internato Pedro II. Foi professor do Externato de São Bento e do Seminário de São José, entre outros estabelecimentos de ensino particular.
No jornalismo, estreou no Diário do Rio em 1876, passando em 1878 para o Jornal do Comércio, onde durante dez anos escreveu os textos do seu "Microcosmo". Trabalhou também, como colaborador e como redator na Tribuna Liberal, no Jornal do Brasil, do Comércio de São Paulo e do Jornal, nos quais deixou uma vasta produção de páginas sobre arte, história, literatura, crítica de poesia e crítica de costumes.
Por suas convicções monarquistas sofreu perseguição também em 1893, por ocasião da revolta da Armada. O jornalista refugiou-se então em São João del Rei, onde dedicou-se a escrever o livro Em Minas. Católico fervoroso, serviu à Igreja no Brasil, como presidente do Círculo Católico da Mocidade, sendo-lhe conferido pelo Vaticano o título de Conde.
Dir-se-á que foi reacionário porque combateu o Modernismo, tendo-lhe escapado o sentido renovador do movimento. Graça Aranha foi alvo de suas críticas e zombarias, tendo-lhe fornecido assunto para três sonetos galhofeiros. É preciso não esquecer, porém, que Carlos de Laet nascera em 1847, sendo, portanto, compreensível que, já beirando os 80 anos, não tenha compreendido a nova corrente de ideias suscitada pelos iconoclastas de 1922.
Na Academia Brasileira, Laet recebeu sempre provas de apreço e consideração de seus companheiros. Eleito presidente em 1919, na vaga de Rui Barbosa, exerceu três mandatos até 1922, quando renunciou. Foi presidente da primeira comissão do Dicionário da Academia.
Tendo produzido um acervo jornalístico que, reunido em livros, chegaria a dezenas de volumes, Carlos de Laet deixou poucas obras publicadas.
A Academia Brasileira de Letras publicou uma seleção de suas crônicas prefaciada por Homero Sena.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/carlos-de-laet/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Manuel de Araújo Porto Alegre:



Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879) foi um escritor do Romantismo, jornalista, político, pintor, caricaturista, arquiteto e diplomata brasileiro. Recebeu do Imperador D. Pedro II, o título de Barão de Santo Ângelo.
Manuel de Araújo (1806-1879) nasceu em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, no dia 29 de novembro de 1806. Ainda na infância mudou-se para Porto Alegre. Com 16 anos trabalha como aprendiz de relojoeiro. Inicia seus estudos de pintura e desenho com o pintor francês François Thér e com os coreógrafos Manuel José Gentil e João de Deus. Nessa época adota “Porto Alegre” como seu sobrenome;
Em janeiro de 1827, muda-se para o Rio de Janeiro, matricula-se na Academia Imperial de Belas Artes onde tem aulas com o pintor Jean Baptiste Debret e o arquiteto Grandjean de Montigny. Participa das exposições da Academia, em 1829 e 1830. Em 1831 acompanha Debret em seu retorno à Europa. Em Paris, estuda na École National Superiéure des Beaux-Art. Em Roma estuda com o arquiteto Antonio Nibby.
Em 1935 Manuel de Araújo Porto Alegre viaja para a Inglaterra a Bélgica com o poeta Gonçalves de Magalhães que estava na Europa para estudar. Em 1836, em Paris, fundam a revista “Nitheroy – Revista Brasiliense”, que critica a literatura brasileira, tentando libertá-la das influencias estrangeiras. Em 1837, de volta ao Brasil, assume a cadeira de pintura da Academia Imperial.
Em 1840, Manuel de Araújo é nomeado pintor da Câmara Municipal. Realiza os trabalhos de decoração para a coroação do Imperador Dom Pedro II e para seu casamento com Teresa Cristina. É o responsável por diversos projetos arquitetônicos no Rio de Janeiro, entre eles, o Paço Imperial, o Banco do Brasil, a Escola de Medicina e a Alfândega.
Em 1841, seu artigo “Memórias Sobre a Antiga Escola de Pintura Fluminense” é publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Funda os periódicos “Minerva Brasiliense”, em 1843, “Lanterna Mágica”, em 1844, a primeira revista ilustrada com caricaturas. Em 1844 termina a tela “Coroação de Dom Pedro II”. Nesse mesmo ano lança a revista “Lanterna Mágica”, primeiro periódico do país ilustrado com caricaturas. Lança o periódico “Guanabara”, em 1849, com Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias.
Em 1850, Manuel de Araújo Porto Alegre ingressa na política. Em 1852 torna-se suplente na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, onde permanece por quatro anos. Em 1854 é nomeado diretor da Academia Imperial. Promove ampliações e apresenta reforma do ensino criando várias cadeiras, entre elas a de Desenho Industrial. Em 1857, após desentendimento com Taunay, deixa a Academia.
Em 1860, é nomeado cônsul em Berlim. Em 1862 é transferido para Dresden, onde permanece até 1866. Nesse mesmo ano publica o poema épico “Colombo”, com mais de 20 mil versos. É enviado para Portugal no cargo de Cônsul-geral em Lisboa. Em 1874, recebe do Imperador Dom Pedro II, o título de “Barão de Santo Ângelo”.
Manuel de Araújo Porto Alegre faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 29 de dezembro de 1879.

Domingo na Usina: Biografias: Merval Pereira Filho:


 
Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito em 2 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro de 2011, foi recebido em 23 de setembro de 2011, pelo Acadêmico Eduardo Portella.
Merval Pereira Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 1949. É comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo, onde entrou em 1968, como repórter estagiário, tendo sido, entre outras funções, editor nacional, editor-chefe, diretor da sucursal de Brasília, diretor de redação e diretor executivo do Infoglobo. Foi Diretor de Jornalismo de Mídia impressa e rádio das Organizações Globo.
Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome, editado pela Brasiliense, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore.
Foi finalista do Prêmio Esso em 2000, com uma reportagem sobre o envolvimento do cineasta João Moreira Salles com o traficante Marcinho VP.
De 1983 a 1985, trabalhou na revista Veja, onde foi chefe das sucursais de Brasília e Rio e editor nacional em São Paulo. No período ganhou três Prêmios Abril. Também foi editor-executivo do Jornal do Brasil.
De 1991 a 1992, fez um curso de especialização em política internacional na Universidade Stanford, na Califórnia, como único bolsista da América Latina da John S. Knight Fellowship. Tem curso de gestão de empresas no Insead, na França.
Faz parte do Conselho Editorial das Organizações Globo e fez parte do primeiro Conselho Editorial do jornal Valor Econômico; Conselheiro do Centro de Estudos da América da Universidade Cândido Mendes. É media leader do World Economic Forum,onde já foi mediador de debates sobre a situação do Brasil e da América Latina. É membro titular da Academia Brasileira de Filosofia e membro do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford.
Em 2008, passou um período na Universidade de Columbia, em Nova York, como visiting scholar da Centro de Estudos Latino-Americanos.
Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.
Eleito para a Academia de Ciências de Lisboa em 2016.
Prêmios e distinções
− Prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia, de excelência jornalística;
− Medalha Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras;
− Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro, no setor de Comunicação;
− Destaque Bovespa 2006 - Prêmio Especial de Jornalismo;
− Medalha Hipólito da Costa da Academia Brasileira de Filosofia;
− Medalha Presidente Juscelino Kubitscheck do Governo de Minas Gerais.
− Medalha de Direitos Humanos Austregésilo de Athayde da B'nai B'rith Herut.
Última atualização em 14/04/2016.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/merval-pereira/biografia