domingo, 26 de janeiro de 2020

Domingo Na Usina: Biografias: Adelino Fontoura Chaves:


Axixá, 30 de março de 1859 — Lisboa, 2 de maio de 1884) foi um jornalista, ator e poeta brasileiro do romantismo, patrono da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras.

Biografia
Nasceu Fontoura num pequeno povoado maranhense, filho de Antônio Fontoura Chaves e de Francisca Dias Fontoura. É tio-avô do padre, poeta e escritor Fontoura Chaves.

Ainda muito pequeno começa a trabalhar e trava contato com Artur de Azevedo – amizade que perduraria.

Mudando-se para o Recife, onde alista-se no Exército, colaborando numa publicação chamada “Os Xênios”, de teor satírico. Inicia, também a carreira de ator, voltando ao Maranhão natal para uma apresentação – cujo papel rendeu-lhe a prisão. Após este fato, decide mudar-se para o Rio de Janeiro, para onde se mudara o amigo Artur de Azevedo, anos antes.

Pretendia seguir carreira teatral e no jornalismo, falhando na primeira. Colaborou nos periódicos “Folha Nova” e “O Combate”, de Lopes Trovão e em “A Gazetinha”, onde Azevedo escrevia (1880). Participara junto a outros jovens talentos do jornal “A Gazeta da Tarde” – que seria aziago, no dizer de Múcio Leão, pois, em menos de três anos de sua fundação, os seus criadores haviam todos morrido.

Tendo sido o “Gazeta da Tarde” comprado por José do Patrocínio, e estando Adelino doente, vai à Europa como correspondente em Paris e pensando tratar-se mas, com o rigor do inverno, piora. Vai a Lisboa onde, apesar das instâncias de Patrocínio para que volte ao Brasil, tem seu estado agravado e vindo prematuramente a falecer. Tinha apenas vinte e cinco anos, e nenhuma obra publicada.

É patrono da cadeira 38 da Academia Maranhense de Letras.

Poesia
Ao tomar posse na Academia em 29 de agosto de 2003, Ana Maria Machado retratou o desconhecimento que cerca a obra deste poeta, mesmo entre os eruditos:

“Mas como? Não foi Machado de Assis seu primeiro ocupante? Então ele era o patrono? Não. O patrono, escolhido por Murat, foi Adelino Fontoura. Quem? Pois é... Não encontrei quem, ao ouvir essa correção, identificasse o nome. De minha parte, confesso que também mal havia ouvido falar nele, vaga lembrança de algum poema numa antologia. Pois descobri coisas interessantes na magnífica biblioteca desta nossa Academia, aliás aberta ao público para ser utilizada e fruída.”
Sua obra, esparsa, constitui-se em cerca de 40 poesias, reunidas pela primeira vez na Revista da Academia (números 93 e 117). Foi depois reunida em 1943 e em 1955, por Múcio Leão. Fontoura não figura na quase totalidade das antologias e históricos da Poesia brasileira - nem a obra "Apresentação da Poesia Brasileira", de outro Acadêmico, Manuel Bandeira, faz-lhe referência. Seu soneto mais conhecido é "Celeste":

CELESTE
(domínio público)
É tão divina a angélica aparência
e a graça que ilumina o rosto dela,
que eu concebera o tipo de inocência
nessa criança imaculada e bela.
Peregrina do céu, pálida estrela,
exilada na etérea transparência,
sua origem não pode ser aquela
da nossa triste e mísera existência.
Tem a celeste e ingênua formosura
e a luminosa auréola sacrossanta
de uma visão do céu, cândida e pura.
E quando os olhos para o céu levanta,
inundados de mística doçura,
nem parece mulher - parece santa.
Academia Brasileira de Letras
Sobre a escolha de Fontoura para o patronato no silogeu por Murat, registrou Afrânio Peixoto:

"Novidade de nossa academia foi, em falta de antecedentes, criarem-nos, espiritualmente, nos patronos. Machado de Assis, o primeiro da companhia, por vários títulos, quis dar a José de Alencar a primazia que tem, e deve ter, na literatura nacional. A justiça não guiou a vários dos seus companheiros. Luís Murat, por sentimento exclusivamente, entendeu honrar um amigo morto, infeliz poeta, menos poeta que infeliz, Adelino Fontoura."

Lista de autores de língua espanhola, ordenados alfabeticamente:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Domingo Na Usina: Biografias:Godofredo de Oliveira Neto:



(Blumenau22 de maio de 1951) é um escritor e professor universitário brasileiro, formado em Letras e Altos Estudos Internacionais pelaSorbonne. Atua, como docente, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 19801 .
É autor de romances, como "O Bruxo do Contestado" (1996), revelação do ano pela Folha de S.Paulo2 e revista Veja3 , e "Amores Exilados" (2011), aclamado pela crítica como importante livro sobre os exilados políticos durante o regime militar no Brasil4 5 . Seu livro infantil "Ana e a Margem do Rio" (2002) recebeu o selo de altamente recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil6 . Outros livros importantes do escritor são "Oleg e os Clones" (1999), "Menino Oculto" (2005), segundo lugar no 48º Prêmio Jabuti7 , e "Marcelino" (2008)8 . Em 2013 foi lançado seu mais recente romance, "A Ficcionista"9 .
Godofredo de Oliveira Neto é Membro Titular da cadeira "Barão do Rio Branco" da Academia Carioca de Letras10 , Membro do Pen Clube do Brasil, da Academia Europeia de Ciências, Letras e Artes (Embaixador para a América Latina) e do Conselho de Cultura do Estado do Rio de Janeiro11 .
Entre outras condecorações, recebeu a Medalha Euclides da Cunha da Academia Brasileira de Letras e a Medalha Cruz e Sousa do Estado de Santa Catarina1 .
O escritor dirigiu o departamento de Ensino Superior do Ministério da Educação do Brasil (MEC) entre 2002 e 200512 e foi pró-reitor da UFRJ entre 1990 e 1994.

Fonte de origem:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Godofredo_de_Oliveira_Neto

Domingo Na Usina: Biografias: Adriana Brunstein:



 É doutora em Física, dramaturga e escritora. Na área de quadrinhos, ganhou o Troféu HQ Mix em 2009 como melhor roteirista pelo álbum Prontuário 666: Os Anos de Cárcere de Zé do Caixão, feito em parceria com Samuel Casal. A história serve como prelúdio do filme Encarnação do Demônio, de Zé do Caixão.

5 poemas de Adriana Brunstein:



e um medo estranho

de envelhecer

na hora de usar

o caixa eletrônico

#

tenho o nome de outro cara
tatuado no cóccix
caso você queira saber
antes de tirar a minha roupa
que as coisas pra mim
mesmo as que não se apagam
não duram muito tempo

#

em teus lábios
quando você diz
coisas cheias de vogais
como iowa
- é no que ando pensando -

#

aí o cara desapareceu
aí tu ficou puta
aí tu esperou mais uma pá de dias
aí tu ficou mais puta ainda
aí o cara liga
aí o filho da puta do cara liga pra te desejar um feliz dia internacional da mulher
aí tu vai até o armário da cozinha
aí tu pega aquela faca de açougueiro
aí tu manda afiar a faca de açougueiro
aí tu sente que o afiador tá com medo de você
aí tu paga pra aliviar e diz que ficou bom
aí o afiador sai fora rapidinho
aí tu quer rir mas tu tá puta
aí tu vai fazer tocaia na porta do cara
aí o cara sai
aí tu chega perto com a faca de açougueiro
aí tu não fala nada
aí tu fica vendo o reflexo da faca na cara dele
aí ele tenta falar alguma coisa
aí tu não ouve
aí ele grita
aí ele não fala mais nada
aí tu volta pra casa
aí tu deita na cama
aí tu tá em paz
aí vem nego falar de tpm
aí tu pensa que pode ser
mas tu nem liga

#

a gente envelhece
dormindo às dez
acordando às seis
ameaçando pernilongos em voz alta
antes de errar o tapa
a gente envelhece
medindo a circunferência do braço
evitando usar regatas
se cadastrando em sites de receitas
e consultando horóscopos
a gente envelhece
dormindo de meias
falando pra manicure
no pé só um rosinha básico
a gente envelhece
cantarolando a música
de ao mestre com carinho
descobrindo na wikipedia
que o sidney poitier ainda tá vivo
a gente envelhece
recusando convites
lembrando que piquenique
era chamado de convescote
nos clássicos que ainda não lemos
a gente envelhece
gerundiando
esperando uma oferta incrível
da garota do telemarketing


mais da autora 



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Domingo Na Usina: Biografias:José Geraldo Manuel Germano Correia Vieira Machado Drummond da Costa:


Mais conhecido como José Geraldo Vieira (Açores, 1897 — São Paulo, 1977), foi um escritor, tradutor e crítico literário brasileiro. Notabilizou-se com o romance urbano, no qual se adunavam conflitos de matizes essencialmente nacionais, preteridos por muitos de seus contemporâneos da ficção.1 livro 1 Considerado pela crítica um dos mais destacados ficcionistas contemporâneos, cultivou, em mais de 40 anos de carreira, os mais diversos gêneros literários, como poesia, conto, romance, ensaio e biografia.2
De origem açoriana, chegou ao Brasil com pouco menos de um ano de idade. Além da carreira literária, José Geraldo Vieira exerceu a Medicina e foi professor na Faculdade Cásper Líbero durante 15 anos. Integrante da Academia Paulista de Letras, onde ocupou a cadeira de número 39 (antes de Monteiro Lobato), também atuou como crítico de artes plásticas no jornal Folha de S. Paulo e na revista Habitat.1 3 livro 1
Como tradutor, verteu para o português obras de renomados romancistas franceses e italianos.3 Nos anos 50, assumiu o cargo de membro titular da Bienal de São Paulo. Faleceu em 1977, aos 80 anos – mais de 40 deles dedicados à literatura.3
Obra:
O poema em prosa "O Triste Epigrama", publicado em 1920, marcou definitivamente sua estreia na literatura. A obra, de coloração épica, apresenta como pano-de-fundo elementos pictóricos da Antiga Grécia e seus deuses cultuados.3 Na trama, um homem solitário e que perdeu a memória perambula pelas ruas da cidade, adernando entre o desvario e a razão.3 O personagem tem seu destino manipulado ao bel-prazer dos deuses, característica assinalada em citações como esta:
Cquote1.svg      Quem foi feliz atire às ondas o seu anel,
para que o olhar dos deuses continue desviado para longe...    Cquote2.svg
— José Geraldo Vieira, in "O Triste Epigrama"
Todavia, a crítica costuma apontar o "livro-reportagem" A Quadragésima Porta, de 1943, como sua obra de maior expressão.2 Nele, o escritor retrata o cotidiano de uma agência de notícias internacional, remetendo, em algumas passagens, à história do primeiro escritório de tradução de despachos estrangeiros fundado em 1832 pelo francês Charles-Louis Havas – e que, mais tarde, viria a se transformar na Agência Havas.2
Já em Mansarda Acesa (1975), reunião de 14 poemas alegóricos sobre os desvãos e a fugacidade da vida, o autor imprime ao texto uma estética classicizante, com profusão de construções metalinguísticas e metaliterárias, aparentada à tensão crítica e problematizadora do neo-realismo reminiscente da década de 1930.2 3

Características de estilo:
Em sua maioria, as personagens de José Geraldo Vieira compõem um quadro de ambientação cosmopolita, onde se veem às voltas com questões intemporais arrostadas pela humanidade desde sempre. Como resultado, quase toda aventura ficcional é povoada com representações clássicas de uma burguesia culta e abastada (inspirada na belle époque parisiense) e sua busca incessante por valores.1 2

A linguagem, por sua vez, é erudita e expressa a riqueza de intenções simbólicas dos cenários e da trama, contando com arranjos vocabulares soberbamente vergastados.2

Livros publicados[editar | editar código-fonte]
O Triste Epigrama (1919)
A Mulher que Fugiu de Sodoma (1931)
A Ronda do Deslumbramento (1932)
Em torno do Instinto Sexual (1936)
Território Humano (1936)
A Quadragésima Porta (1944)
A Túnica e os Dados (1947)
Carta à Minha Filha em Prantos (1946)
A Ladeira da Memória (1949)
O Albatroz (1951)
Terreno Baldio (1961)
Paralelo 16: Brasília (1967)
A Mais que Branca (1973)

Mansarda Acesa (1975)

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