sexta-feira, 3 de março de 2023

Contos do Sábado na Usina: Artur Azevedo: A FILHA DO PATRÃO A Arthur de Mendonça I:

 


O comendador Ferreira esteve quase a agarrá-lo pelas orelhas e atirá-lo pela escada abaixo com um pontapé bem aplicado. Pois não! um biltre, um farroupilha, um pobre diabo sem eira nem beira, nem ramo de figueira, atrever-se a pedir-lhe a menina em casamento! Era o que faltava! que ele tivesse durante tantos anos a ajuntar dinheiro para encher os bolsos a um valdevinos daquela espécie, dando-lhe a filha ainda por cima, a filha, que era a rapariga mais bonita e mais bem educada de toda a rua de S. Clemente! Boas!

O comendador Ferreira limitou-se a dar-lhe uma resposta seca e decisiva, um “Não, meu caro senhor”, capaz de desanimar o namorado mais decidido ao emprego de todas as astúcias do coração.

O pobre rapaz saiu atordoado, como se realmente houvesse apanhado o puxão de orelhas e o pontapé, que felizmente não passaram de tímido projeto.

Na rua, sentindo-se ao ar livre, cobrou ânimo e disse aos seus botões: — Pois há de ser minha, custe o que custar! - Voltou-se, e viu numa janela Adosinda, a filha do comendador, que desesperadamente lhe fazia com a cabeça sinais interrogativos. Ele estalou nos dentes a unha do polegar, que muito claramente queria dizer :

  Babau! - e, como eram apenas onze horas, foi dali direitinho espairecer no Derby-Club. Era domingo e havia corridas.

O comendador Ferreira, mal o rapaz desceu a escada, foi para o quarto da filha, e surpreendeu-a a fazer os tais sinais interrogativos. Dizer que ela não apanhou o puxão de orelhas destinado ao moço, seria faltar à verdade que devo aos pacientes leitores, apanhou-a, coitadinha e naturalmente, a julgar pelo grito estrídulo que deu, exagerou a dor física produzida por aquela grosseira manifestação de cólera paterna.

Seguiu-se um diálogo terrível:

  Quem é aquele pelintra?

  Chama-se Borges.

  De onde o conhece você?

  Do Clube Guanabarense... daquela noite em que papai me levou...

  Ele em que se emprega? que faz ele?...

  Faz versos.

  E você não tem vergonha de gostar de um homem que faz versos?

  Não tenho culpa; culpado é o meu coração.

  Este vagabundo algum dia lhe escreveu?

  Escreveu-me uma carta.

  Quem lha trouxe?

  Ninguém. Ele mesmo atirou-a com uma pedra, por esta janela.

  Que lhe dizia ele nesta carta?

  Nada que me ofendesse; queria a minha autorização para pedir-me em casamento.

  Onde está ela?

  Ela quem?

  A carta.

Adosinda, sem dizer uma palavra, tirou a carta do seio. O comendador abriu-a, leu-a, e guardou-a no bolso. Depois continuou:

  Você respondeu a isso? A moça gaguejou.

  Não minta!

  Respondi, sim senhor.

  Em que termos?

  Respondi que sim, que me pedisse.

  Pois olhe: proíbo-lhe, percebe? pro-í-bo-lhe que de hoje em diante dê trela a esse peralvilho! Se me constar que ele anda a rondar-me a casa, ou que se corresponde com você, mando desancar-lhe os ossos pelo Benvindo (Benvindo era o cozinheiro do comendador Ferreira), e a você, minha sirigaita... a você... Não lhe diga nada!...

 


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Terça na Usina: Grupos de Literatura: ESCRITORES:

 


Este grupo tem como finalidade reunir ESCRITORES/Autores, amantes das Artes Literárias em geral. Fiquem a vontade para postar, e opinar sobre as…

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Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Os Rabiscos da Geadas :

 


S. Geadas

Contista e Poetisa.

Contos publicados no Google Books.

Antologias de Contos na Amazon em conjunto com a Sociedade de Autores Literários.

Antologia de Poesia em conjunto com as Mulheres & Poesias, publicadas em vários plataformas.

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terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Portal Literário Divulga Escritor:

 


Divulgue conosco: smccomunicacao@hotmail.com

Acesse nosso site e obtenha as informações que precisa sobre o projeto Divulga Escritor

http://www.divulgaescritor.com....

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Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: A Vida em Flores e Poesia:


 

"A vida acontece, e entre tantas estações escolhi ser flor e poesia."

FranXimenes....

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Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Lua em Poemas:

 


248 mil seguidores

 

Página · Blog pessoal

 

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Terça Na Usina: Blogs De Literatura Da Rede:Cerejeiras em Flor: Fui convidada por Thalita Ferreira do blog: P...






Fui convidada por Thalita Ferreira do blog: P...
: Fui convidada por Thalita Ferreira do blog: PockyGoth, para respondes alguns questionamentos. O qual gostei muito e agradeço...

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Usina: Pensamentos & poesias de amigos:

 


Esta pagina será para postar pensamentos, textos e poesias de meus amigos, de grandes escritores e algumas coisinhas minhas também....

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Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Sentimentos do coração:

 


Sentimentos do coração/ poemas e poesias e historias....

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Terça na Usina: Grupos de literatura da Rede: Escritores Criativos:

 


Esta visa reunir pessoas interessadas em pesquisas sobre escritores que fizeram a diferença na literatura mundial com sua genialidade....

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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Domingo na Usina: Biografias: Onésimo Silveira:



Onésimo Silveira (Mindelo, 1935 - 29 de abril de 2021) foi um político, diplomata, escritor e tradutor de Cabo Verde. É considerado um dos mais proeminentes da elite literária de Cabo Verde.
Biografia
Nasceu em 1935 na ilha de São Vicente e estudou em Uppsala, na Suécia durante a década de 1960, depois de ter passado um período na China. Fez o doutoramento em Ciências Políticas, pela Universidade de Uppsala (Suécia), em 1976, ano em que começou a trabalhar na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Foi crucial para o início do trabalho de solidariedade com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Foi embaixador de Cabo Verde em Portugal, em 2002, e o primeiro presidente da Câmara Municipal do Mindelo, em 1992.
Em 2012 recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade do Mindelo, em Cabo Verde.[1][2][3][4][5][6][7][8][9][10]
Faleceu em 29 de abril de 2021, vítima de doença prolongada.[11]
Bibliografia

Toda a gente fala; sim, senhor. Sá da Bandeira: Publicações Imbondeiro, 1960.

Hora grande; poesia caboverdiana. Nova Lisboa: Publicações Bailunda, 1962.

Consciencializac̦ão na literatura caboverdiana. Lisboa: Edic̦ão da Casa dos Estudantes do Império, 1963.

Africa South of the Sahara: Party Systems and Ideologies of Socialism. Stockholm: Rabén och Sjögren, 1976.

A saga das as-secas e das graças de nossenhor. Portugal: Publicações Europa-América, 1991

A tortura em nome do partido único: o PAICV e a sua polícia política : [depoimentos]. [S. Vicente, Cabo Verde]: Edições Terra Nova e Ponto & Vírgula, 1992.

Contribuição para a construção da democracia em Cabo Verde, (Intervenções). Gráfica do Mindelo, 1994.

A democracia em Cabo Verde.[12][7] Extra-colecção. Lisboa: Edições Colibri, 2005.

Roque, Fátima, Joaquim Alberto Chissano, Onésimo Silveira, and António de Almeida Santos. África, a NEPAD e o futuro. Luanda, Angola: Texto Editores, 2007.

Poemas do tempo de trevas: Saga (poesia inédita e dispersa) Hora grande (reedição). Praia: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, 2008.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/On%C3%A9simo_Silveira

Domingo na Usina: Biografias: Ovídio Martins:



Ovídio Martins (São Vicente, 17 de Setembro de 1928) é um escritor e jornalista Caboverdiano.
Nasceu em São Vicente, Cabo Verde, em 17 de Setembro de 1928. Poeta caboverdiano, jornalista, co-fundador do Suplemento Cultural (1958, São Vicente). O seu envolvimento em atividades de promoção da independência valeram-lhe a pena a prisão e o exílio nos Países Baixos.
Dois poemas seus, Flagelados do vento leste e Comunhão, encontram-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama, de Afonso Dias.
Publicações

Caminhada, 1962 – Poemas

100 Poemas - Gritarei, Berrarei, Matarei - Não vou para pasárgada, 1973 - Poemas em Português e em crioulo de São Vicente

Tchutchinha, 1962 – Novela

Poemas

Poemas em crioulo de São Vicente:
Liberdade, Nôs morte, Hora nô ta bá junte, Cantá nha pove, Cretcheu, Um spada na mon, Comparaçon, Consciénça, Um r’bêra pa mar, Dstine, Ma de canal, Pescador, Cantáme
Poemas em português:
Mindelo, Terra dos meus amores, Caboverdianamente, Minha dor, Seca, Flagelados do vento-leste, Para Além do Desespero.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ov%C3%ADdio_Martins

Domingo na Usina: Biografias: Sérgio Frusoni:



Sérgio Frusoni[1] (Mindelo, 10 de Agosto de 1901 — Lisboa, 29 de Maio de 1975) foi um poeta italo-cabo-verdiano, filho de pais italianos.
Biografia
Filho de Giuseppe Frusoni, um comerciante de corais de Livorno, e de Ermínia Bonucci, irmã de Pedro Bonucci, o qual foi um ilustre cidadão da ilha. Sérgio nasce desse casamento em 1901. Faz a 4ª classe em Cabo Verde e, atingida a idade do serviço militar, é enviado à Itália. Na terra de seus pais, igualmente, pouco estuda, podendo dizer-se que atinge simplesmente o nível do 2º grau de instrução primária. Ainda na Itália, casa-se com Mary Carlini (posteriormente Maria Frusoni), em 26 de Junho de 1924.
Em 1925, aos 24 anos de idade, regressa a São Vicente, passando a trabalhar na Western Telegraph Company, tendo mais tarde mudado para a Italcable, concorrente da referida companhia inglesa, que, entretanto, havia se instalado na ilha. Em 1931, como empregado da Italcable, consegue a transferência para a cidade italiana de Anzio, onde se manteve durante um ano, até ser transferido, novamente, para a sede em Roma, onde lá estabelece residência entre os anos de 1933 à 1943. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, alista-se no exército italiano, exercendo o serviço na função de amanuense. Vencida a Itália, na Primavera de 1945, é preso e internado pelos americanos no Campo de Concentração de Coltano. Com os quatro filhos, incluindo o mais velho, Franco, que igualmente se encontrava no mesmo campo de concentração, é libertado e, em 1947, regressa com toda a família a S.Vicente. Sem qualquer espécie de salário, trabalha para seu tio, Pedro Bonucci, que somente o alojava e o sustentava com sua família.
Também em 1947, passa a gerir o "Café Sport" no Mindelo, onde apresentava poemas e pequenos contos em crioulo. Lá trabalha até que a Italcable, recomposta da II Grande Guerra, reabre suas atividades em S.Vicente, readmitindo-o. Neste posto de trabalho mantém-se até 1964, ano em que se reforma e parte, de novo, para a Itália, onde permanece até 1970. Neste ano regressa novamente à sua terra natal, S.Vicente, e, em 1974, muda-se para Lisboa onde vem a falecer em 29 de Maio de 1975, em casa de seu filho primogénito Franco.
Trabalho Artístico
Na década de 1960 liderou o grupo de teatro "Teatro do Castilho" no Mindelo. Durante anos, foi locutor na Rádio Barlavento, onde dirigia e apresentava o programa "Mosaico Mindelense", em crioulo.
Frusoni escreveu muitos contos e poemas em crioulo de São Vicente (Criol d' Soncente). É muito conhecido no arquipélago de Cabo Verde, mas é praticamente desconhecido no estrangeiro. No final da sua vida, Sérgio Frusoni foi também pintor.
Para Corsino Fortes (Paralelo14: quinta-feira, 07 julho 2005), Sergio Frusoni "colocou a mulher no centro da sua poesia, apresentando-a como a fiel depositária da perpetuação da espécie e dona do condão de resolver todos os problemas, mas sempre com dignidade".
Principais poemas
Poemas em crioulo de São Vicente
Contrabónde, Um vêz Sanvcênt era sábe (morna), Pracinha, Era um vêz um coquêr, Presentaçôm,[2] Pa diante ê qu’ê camin, Flôr de Béla Sómbra, Fonte de nha Sôdade, Lembróme, Mnine d' Sanvicente, Programa para meninos, Marí Matchim, Diante de mar de Sanvicente, Sanvcênte já cabá na nada, Sê Brinque, Carta d'Angola, Nha Chica, Temp d' Canequinha
Soneto em crioulo dedicado ao Dr. Francisco Regala
Poemas em português
In Mortis, À Sogra, Na Hora X, A Marmita, Ansias, A joia do artífice
Publicações
Poemas "Fonte de nha Sôdade[ligação inativa]" e "Tempe Félix" em crioulo de São Vicente in Claridade - Revista de Arte e Letras; n.º 9; 1966

"Textos Crioulos Cabo-Verdianos" in Miscelânea Luso-Africana, coord. Marius F. Valkhoff, 1975

"Contrabónde", conto in in Miscelânea Luso-Africana, coord. Marius F. Valkhoff, 1975

Vangêle Contód d'nôs Móda, tradução da versão latina do Novo Testamento de Bartolomeo Rossetti para crioulo de São Vicente, 1979

A Poética de Sérgio Frusoni: Uma Leitura Antropológica, colecção de poemas em crioulo de São Vicente com tradução para português, coord. Mesquitela Lima, 1992

Teatro

Cuscujada - de Sérgio Frusoni.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Frusoni

Domingo na Usina: Biografias: Silvino Lopes Évora:



Silvino Lopes Évora é um jornalista, professor universitário, escritor e poeta cabo-verdiano. Silvino Lopes Évora é Presidente da Assembleia Municipal do Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo Verde.
Nasceu na localidade de Chão Bom, em Tarrafal, onde fez todo o seu ensino primário e o ciclo preparatório. O ensino secundário, fê-lo no Liceu de Santa Catarina em Assomada. Depois, seguiu para a Cidade da Praia para fazer o Ano Zero, equivalente a 12º Ano de Escolaridade. Concluído os estudos liceais, Silvino Lopes Évora regressa para Tarrafal, tendo ido leccionar a disciplina de Língua Portuguesa na Escola Secundária do Tarrafal. Fê-lo por dois anos consecutivos. Depois, assumiu o destino de "caminho longe", que marca a existência cabo-verdiana, banhou o espírito no mar de Tarrafal, disse adeus e seguir para a diáspora. Primeiro Coimbra, depois Lisboa, seguidamente Braga, depois Lisboa, Santiago de Compostela, Lisboa, Braga para defender a sua tese de doutoramento.
Percurso académico

1999 - 2004: Licenciatura em Jornalismo - Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra.

2003 - 2004: Pós-graduação em Jornalismo Judiciário, Faculdade de Direito, Universidade Católica Portuguesa;

2004 - 2006: Mestrado em Ciências da Comunicação - Especialização em Informação e Jornalismo, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho;

2006 - 2010: Doutoramento em Ciências da Comunicação - Especialização em Sociologia da Informação e da Comunicação, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho;

Doutoramento Europeu, com estadia de um semestre de investigação na Universidade de Santiago de Compostela.
É professor e coordenador do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde[1]
Percurso literário
Em 2009 lançou a sua primeira obra poética, intitulada Rimas no Deserto - Poemas Inéditos.[2] Posteriormente, publicou na III Antologia de Poetas Lusófonos. Em 2010, saiu o segundo livro de poesia com o título de O Passaporte da Diáspora.[3] Porém, não é só de poesia se fazem os escritos de Silvino Lopes Évora. No campo científico lança, em 2011, com a prestiagada MinervaCoibra, Concentração dos Media e Liberdade de Imprensa.
2009: "Rimas no Deserto - Poemas Inéditos", Chiado Editora, Lisboa.[4]

2010: "O Passaporte da Diáspora", WAF Editora, Porto.

2011: "Concentração do Media e Liberdade de Imprensa", MinervaCoimbra, Coimbra.

2012: "Políticas de Comunicação e Liberdade de Imprensa", Editura, Cidade da Praia.

2013: [Organização conjunta com Alfredo Pereira] As Ciências de Comunicação em Cabo Verde, INTERCOM, São Paulo.

2014: [Organização] "Antologia dos Poetas de Tarrafal de Santiago", Editorial Sotavento, Cidade da Praia.

2015: "Tratado Poético da Cabo-verdianidade", Editorial Sotavento, Cidade da Praia.

2018: "Comunicação Social e Cidadania", ISE Editorial, Cidade da Praia.

Prémios e distinções

Grande Prémio Cidade Velha, 2010, Ministério da Cultura de Cabo Verde, Cidade da Praia, Cabo Verde;[5]
Prémio Orlando Pantera - Talento Jovem, 2010, Ministério da Cultura de Cabo Verde, Cidade da Praia, Cabo Verde;[5]

Prémio Ministério da Poesia 2009, WAF Editora, Porto, Portugal;

Concurso a Incentivos para Apoios de Obras em Comunicação Social; Gabinete para os Meios de Comunicação Social, Governo de Portugal.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Silvino_Lopes_%C3%89vora

Domingo na Usina: Biografias: Viriato de Barros:



Viriato de Barros nasceu em Vila Nova Sintra, na ilha Brava, Cabo Verde. É autor dos livros "Identidade" (2001) e "Para Lá de Alcatraz" (2005). Depois de ter trabalhado como professor do ensino secundário em Portugal, S.Tomé e Príncipe,Cabo Verde e Moçambique (Quelimane) regressou a Cabo Verde em 1975 tendo entre 1975 e 1985 exercido sucessivamente os cargos de Director do Ensino Secundário e responsável pelos Assuntos Culturais e de Cooperação do Ministério da Educação, Conselheiro de Embaixada e Chefe do Departamente de África, Ásia e Oceania do Ministério dos Negócios Estrangeiros,e como membro do Quadro Diplomático foi Encarregado de Negócios de Cabo Verde em Washington (1978-1980),e Embaixador de Cabo Verde no Senegal e mais tarde Embaixador na Santa Sé, não residente (1984-1985), cargo que exerceu acumulativamente com o de Conselheiro do Presidente da República. Em 1985 deixou Cabo Verde, após ter sido seleccionado mediante concurso, para o lugar de jornalista da Voz da America, tendo trabalhado como jornalista daquele órgão de comunicação social em Washington de 1986 a 1988, ano em que regressou a Portugal, tendo-se então reintegrado na Função Publica portuguesa, novamente como professor do ensino secundário. Actualmente é membro do Conselho Científico e investigador do Centro de Estudos Multiculturais, associado à Universidade Internacional de Lisboa.
fonte de origem:

Domingo na Usina: Biografias: Bernhard Nanga:


 

Bernhard Nanga (nascido em 1934 , falecido em 1985 ) foi um escritor, poeta e professor camaronês . Ele publicou vários livros. Les Chauves-souris (1981) ganhou o Grand Prix Littéraire d'Afrique Noire , enquanto recebia o Prêmio Noma por La Trahison de Marianne em 1985. Poèmes sans frontières foi publicado em 1987.

fonte de origem:

https://no.wikipedia.org/wiki/Bernard_Nanga

Domingo na Usina: Biografias: Calixthe Beyala:


 



Calixthe Beyala , nascido em26 de outubro de 1961em Douala nos Camarões 1 , é um romancista franco - camaronês 2 .
Calix the Beyala vem de uma família de Camarões de doze filhos, dos quais ela é a sexta. Seus pais se separaram logo após seu nascimento, e seu pai o abandona, não o revendo brevemente pela primeira vez na idade de seus 16 anos 3 . As duas irmãs resultantes desta união são assumidas pela avó materna, que as educará da forma tradicional, com pouquíssimos meios financeiros [ ref. desejado] . Sua irmã mais velha sacrifica seus estudos em benefício de Calixte, trabalhando com sua avó vendendo mandioca para sustentar a família [ ref. desejado] . As irmãs passam a infância nos Camarõesem New-bell, uma favela em Douala 3 .
Aos 17 anos, ela trocou os Camarões pelo Ocidente 4 . Quando ela emigrou para a França , Calix, a Beyala, se casou e obteve o bacharelado G2 [ ref. desejado] . Ela continuou seus estudos em literatura francesa moderna na Universidade de Paris 13 Nord [ ref. desejado] , e publica seu primeiro romance. Gosta da vida no subúrbio, que considera "a sua fonte de inspiração" e não hesita em aí isolar-se 4 .
Carreira
Literatura e imprensa
Esta seção está vazia, insuficientemente detalhada ou incompleta. Sua ajuda é bem vinda! Como fazer ?
Calix the Beyala publicou seu primeiro trabalho em 1987, É o sol que me queimou .
Em 2005, The Plantation , ela conta desapropriações no Zimbábue e condena o sistema de Mugabe por meio da história do personagem principal, Blues Cornu, a garota de um grande fazendeiro branco de origem francesa 5
De 2005 a 2012 [ ref. desejado] , é colunista da revista mensal Afrique 6 .
Acusações de plágio e condenação
a 7 de maio de 1996, o tribunal de grande instance de Paris decidiu que o romance de Calixthe Beyala, Le Petit Prince de Belleville , publicado em 1992 por Albin Michel , é uma " falsificação parcial" de um romance do americano Howard Buten . Quando eu tinha cinco anos, matei eu mesmo , publicado em francês pela Editions du Seuil em 1981 7 . Howard Buten havia estabelecido que cerca de quarenta passagens do romance ofensivo tinham mais do que semelhanças com seu próprio livro. Segundo a sentença, Calix the Beyala e seu editor foram condenados a pagar a Howard Buten 30.000 francos por danos imateriais .e 40.000 francos às edições da Seuil por danos materiais, ordenando, ainda, o tribunal a retirada de todas as passagens incriminadas 7 . Calix the Beyala não recorre da sentença, dizendo: "Devemos deixar os mortos enterrarem os mortos 7 . “ A Academia Francesa não considerou a condenação irritante, julgando que “ se tratava de uma obra antiga ” e que “ todos plagiaram ” , de Corneille a Stendhal 7 . O jornal satírico Le Canard enchaîné também notou em O Pequeno Príncipe de Bellevilleuma dúzia de outros "empréstimos", desta vez feitos quase palavra por palavra, de um grande clássico da literatura policial , Fantasia chez les ploucs , de Charles Williams 7 , 8 .
Uma breve controvérsia em 1996 o colocou contra o escritor nigeriano Ben Okri após as semelhanças denunciadas por Pierre Assouline entre Les Honneurs perdus e La Route de la Hunger 9 . No ano seguinte, na revista Lire , Pierre Assouline relata que o escritor plagiou dois outros romances em Le Petit Prince de Belleville e saqueou outros dois em Asséze l'Africaine

fonte de origem:

https://fr.wikipedia.org/wiki/Calixthe_Beyala

Domingo na Usina: Biografias: Engelbert Mveng:


 
Engelbert Mveng , nascido em9 de maio de 1930em Enam-Ngal , uma vila na comuna de Zoétélé na região sul , e morreu em22 de abril de 1995em Yaoundé , é um padre jesuíta camaronês , autor nas áreas de arte, história , antropologia e teologia .
Nascido em uma família presbiteriana, mas batizado na Igreja Católica , E. Mveng recebeu uma educação cristã de seus pais. Foi notado pelo Padre Herbard que o enviou ao pré-seminário de Efok ( Camarões ) de 1943 a 1944. A etapa seguinte o conduziu ao seminário menor de Akono de 1944 a 1949.
Após um ano de estudos no Grande Seminário de Yaoundé , é admitido como estagiário; ele ensinou latim e grego lá. Ansioso por se envolver na vida religiosa , E. Mveng queria primeiro se tornar um trapista . Mas não são impedidas por M gr Graffin, que o informa da presença dos jesuítas no Congo Belga . Ele, portanto, foi em 1951 para o noviciado jesuíta em Djuma. Na Bélgica , E. Mveng continuou, em Wépion na Bélgica entre 1954 e 1958, depois em Paris , os seus estudos filosóficos começaram em Djuma.
Após os seus estudos de filosofia , foi enviado como estagiário para o Libermann College (1958-1960) em Douala (Camarões). Esta estadia no seu país de origem permite-lhe descobrir a arte e a história do seu país. Ele viaja para os países de Bamileke e Bamun para descobrir a arte dessas regiões.
No final deste estágio, E. Mveng foi para a França para os estudos teológicos , para o filósofo de Chantilly e para o teologado de Fourvière (em Lyon), no final do qual foi ordenado sacerdote em 7 de setembro de 1963 . Aquele que se tornou o primeiro jesuíta dos Camarões em 1964 apóia uma tese de 3 e ciclo em teologia intitulada Paganismo e Cristianismo Cristianização da civilização pagã da África Romana a partir da correspondência de Santo Agostinho 1 . Mais tarde, em 1972, E. Mveng defendeu uma tese de estado na história, As fontes gregas da história negra africana desde Homeropara Strabo 2 . Ele ensina história na Universidade de Yaoundé.
E. Mveng participa ativamente do Festival de Artes em Dakar em 1966. Suas raízes culturais está a serviço da Igreja. Assim publicou a Via Sacra em 1962. É também cofundador de uma congregação religiosa de inspiração africana: As Bem-aventuranças .
E. Mveng está envolvida na operação de várias associações intelectuais. Ele é, portanto, vice-presidente do Sindicato dos Escritores do Mundo Negro . Ele também ocupa o cargo de secretário-geral do Movimento dos Intelectuais Cristãos Africanos (MICA). Ele trabalha no agrupamento de teólogos africanos dentro da Associação Ecumênica de Teólogos Africanos (AOTA), da qual foi secretário-geral.
E. Mveng foi encontrado assassinado em 23 de abril de 1995 em sua casa em Yaoundé. O crime ainda não foi esclarecido.
Mveng, o teólogo
A problemática teológica do padre Mveng gira em torno da relevância do dado revelado em um contexto africano marcado por uma longa tradição de servidão e desprezo. Como dizer "Deus" em tal contexto? Não deveríamos ver na teologia uma disciplina sistemática e científica com vistas a construir um discurso sobre a revelação em um contexto africano? A teologia deve colaborar com as ciências humanas para alcançar o africano em seu contexto e em sua cultura. Para o padre Mveng, essa interdisciplinaridade associa história, arte, antropologia e teologia.

fonte de origem:

https://fr.wikipedia.org/wiki/Engelbert_Mveng

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Poesia de Quinta na Usina: Machado de Assis:

 




UN VIEUX PAYSv

...juntamente choro e rio.
Camões, soneto
Il est un vieux pays, plein d’ombre et de lumière,
On l’on rêve le jour, où l’on pleure le soir;
Un pays de blasphème, autant que de prière,
Nè pour le doute e pour l’espoir.
On n’y voit point de fleurs sans un ver qui les ronge
Point de mer sans tempête, ou de soleil sans nuit;
Le bonheur y parait quelquefois dans un songe
Entre le bras du sombre ennui.
L’amour y va souvent, mais c’est tout un délire,
Un désespoir sans fin, une énigme sans mot;
Parfois il rit gaîment, mais de cet affreux rire
Qui n’est peut-être qu’un sanglot.
On va dans ce pays de misère et d’ivresse,
Mais on le voit à peine, on en sort, on a peur;
Je l’habite pourtant, j’y passe ma jeunesse...
Hélas! ce pays, c’est mon coeur.

Poesia de Quinta na Usina: Paulo Leminsk:


 


uma carta uma brasa através por dentro do texto
nuvem cheia da minha chuva cruza o deserto por mim
a montanha caminha o mar entre os dois uma sílaba 
um soluço um sim um não um ai
sinais dizendo nós quando não estamos mais

Poesia de Quinta na Usina: Paulo Leminsk:




quatro dias sem te ver e não mudaste nada
falta açúcar na limonada
me perdi da minha namorada nadei nadei e não dei em nada 
sempre o mesmo poeta de bosta perdendo tempo com a humanidade

Poesia de Quinta na Usina: Paulo Leminsk:


 



minha amiga
indecisa lida com coisas
semifusas quando confusas 
mesmo as exatas medusas
se transmudam em musas

Poesia de Quinta na Usina: Machado de Assis:


 


IV

A uma mulher
(Tchê-Tsi)
Cantigas modulei ao som da flauta,
Da minha flauta d’ébano;
Nelas minha alma segredava à tua
Fundas, sentidas mágoas.
Cerraste-me os ouvidos. Namorados
Versos compus de júbilo,
Por celebrar teu nome, as graças tuas,
Levar teu nome aos séculos.
Olhaste ,e meneando a airosa frente*,
Com tuas mãos puríssimas,
Folhas em que escrevi meus pobres versos
Lançaste às ondas trêmulas.
Busquei então por encantar tua alma
Uma safira esplêndida,
Fui depô-la a teus pés...tu descerraste
Da tua boca as pérolas.

Poesia de Quinta na Usina: Machado de Assis:


 



VI

O leque
(De-Tan-Jo-Lu)
Na perfumada alcova a esposa estava,
Noiva ainda na véspera. Fazia
Calor intenso; a pobre moça ardia
Com fino leque as faces refrescava.
Ora, no leque em boa letra feito
Havia este conceito:
“Quando, imóvel o vento e o ar pesado,
Arder o intenso estio,
Serei por mão amiga ambicionado;
Mas volte o tempo frio,
Ver-me-eis a um canto abandonado”.
Lê a esposa este aviso, e o pensamento
Volve ao jovem marido.
“Arde-lhe o coração neste momento (Diz-ela) 
e vem buscar enternecido Brandas auras de amor. 
Quando mais tarde Tornar-se em cinza fria
O fogo que hoje lhe arde,
Talvez me esqueça e me desdenhe um dia.”

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:


 


Galope

Este é meu velho caminho de incertezas
Com as luzes que me guia deixo a agonia dos dias vindos, 
em um passado distante.
Sem qualquer ausência e sempre firme na minha crença.
Que este amor que lateja em meu peito raso.....

Poema na integra no livro:




Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:


 

Paixão: Inicio, meio, e fim

Um inicio provocador, avassalador, profundo, inevitável.

Um meio; Intenso, radiante, acalentador, gratificante, o êxtase do prazer a dois....

Poema na integra no livro:




Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:


 

Subtrair

Que nenhum outro acariciar,
subtraia as marcas das minhas caricias,
quando deslizo há sede do meu desejo,
em teu sublime corpo.
Por entre o teu belo caminhar,
e as belas curvas...

Poema na integra no livro:



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Maria luisa felipe:


 

Ciúmes de quê?

Ciúmes de quê? Se viajou por você todas as noites, me imaginando em um paraíso entre seus brasos

Ciúmes de quê? Se minha alma te pertence em total plenitude onde meus pensamentos são todos tulhos

Ciúmes de quê? Se eu contar o tempo, as horas, que minha alma em pena viaja pela galáxia para te encontrar nos meus sonhos

Nos meus dias e noite eu sonho-te, navego pelo teu corpo como fugitiva e perpetuo o teu cheiro na minha pele

Ciúmes de quê? Você não precisa ter selos de você!

Maria luisa felipe

Cidade HAVANA Cuba

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Ivani Santos:


 

Amor incondicional

É aquele que transforma a alma em felicidade

É aquele que te deixa em êxtase

Que te faz sentir a leveza da vida

Que te lança seu carinho e seu olhar...

Que escreve seu nome nas linhas do tempo...

Amor incondicional é aquele que demostra que a felicidade é você

É amigo e companheiro

É aquele que te tem no coração

Que te afaga...

Que te beija no doce sentir da vida

Que te faz sonhar...

Que se entrega sem medos

Que se espera a verdade

Que mora no coração

E que te ama de verdade...

Ivani Santos

19/02/2023

Direitos autorais reservados à autora

Quarta na Usina: poetisas da Rede: Miriam Bilhó:



 Em verso tecido

Um dia talvez tudo escrito

Do  amor tão doce e bonito

Quem sabe o registro fique

Em versos  tecido tão doce

Amor eternizado em poesia

Brotando dentro do coração

Vivências de muita  alegria

Tranbordando em emoção

Recordando minha paixao

E te entreguei meu coração.

Carente estava o meu ser

Tu chegou  tão carinhoso

Com seu sorriso gostoso

E de mansinho se alojou

Miriam Bilhó

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Milka Minkova:


 

O PERSONAGEM APAIXONADO

Na costa você senta sozinho

marque pensamentos que você alinha,

nas almas que se reuniram,

paz de espírito que eles não te deram.

A pessoa que você ama segue você,

tagovina não é você para roubar

é ainda mais difícil para ti,

Em Damari ele está escondido.

A despedida chegou até você com força,

ainda mais difícil,

o que não veio depois dela,\n

Deixe-a ir livremente.

Você não pode passar sem ela

sem aquele amor sedento,

Estás triste por a teres deixado ir,

Deixado com uma alma miserável.

Você está sentado na costa

Na solidão com o silêncio

ah, dor na alma,

com um grito alto de um lobo.

Vês o tipo que te enviou,

mas você sabe que ela não vai voltar,

dor e tristeza sua alma morre,

um coração com luto.

Queres aquele tipo ao teu lado\n\n

para trazê-lo para si mesmo,

para acariciá-lo suavemente,

o amor que você acende novamente.

Milka Minkova

Quarta na Usina: Poetisa da Rede: Meire Perola Santos:



 O Sonho aconteceu

Hoje realizada e amada

Amando vou seguindo

Estou em pleno paraíso

Sinto uma imensa paz

O sonho mais lindo aconteceu

Você e eu meu doce amor

Tudo logo se encaixou

Numa sintonia de Amor

Não imaginava acontecer

Você nasceu e vive aqui

Em meu coração

Doce amor e paixão

O sonho se realizou

Tudo em meu ser mudou

Hoje vivo uma história de amor

Um sonho realizado de amor

Vem e não vá embora

Pois meu corpo implora

Teu amor é meu alimento

Te quero aqui neste momento

Meire Perola Santos©