sábado, 17 de dezembro de 2022

Domingo na Usina: Biografias: Gregório de Matos Guerra:


Gregório de Matos Guerra nasceu na então capital do Brasil, Salvador, BA, em 20 de dezembro de 1636, numa época de grande efervescência social, e faleceu no Recife, PE, pelas mais recentes pesquisas, em 1695, embora a data tradicionalmente aceita fosse a de 1696. É o patrono da cadeira n. 16, por escolha do fundador Araripe Júnior.
Foram seus pais Gregório de Matos, fidalgo da série dos Escudeiros, do Minho, Portugal, e Maria da Guerra, respeitável matrona. Estudou Humanidades no Colégio dos Jesuítas, transferindo-se depois para Coimbra, onde se formou em Direito. Sua tese de doutoramento, toda ela escrita em latim, encontra-se na Biblioteca Nacional. Exerceu em Portugal os cargos de curador de órfãos e de juiz criminal e lá escreveu o poema satírico “Marinícolas”. Desgostoso, não se adaptou à vida na metrópole, regressando ao Brasil aos 47 anos de idade. Na Bahia, recebeu do primeiro arcebispo, D. Gaspar Barata, os cargos de vigário-geral (só com ordens menores) e de tesoureiro-mor, mas foi deposto por não querer completar as ordens eclesiásticas. Apaixonou-se pela viúva Maria de Povos, com quem passou a viver, com prodigalidade, até ficar reduzido à miséria. Passou a viver existência boêmia, aborrecido do mundo e de todos, e a todos satirizando com mordacidade. O governador D. João de Alencastre, que primeiro queria protegê-lo, teve afinal de mandá-lo degredado para Angola, a fim de o afastar da vingança de um sobrinho de seu antecessor, Antônio Luís da Câmara Coutinho, por causa das sátiras que sofrera o tio. Chegou a partir para o desterro, e advogava em Luanda, mas pôde voltar ao Brasil para prestar algum serviço ao Governador. Estabelecendo-se em Pernambuco, ali conseguiu fazer-se mais querido do que na Bahia, até que faleceu, reconciliado como bom cristão, em 1695, aos 59 anos de idade.
Como poeta de inesgotável fonte satírica não poupava ao governo, à falsa nobreza da terra e nem mesmo ao clero. Não lhe escaparam os padres corruptos, os reinóis e degredados, os mulatos e emboabas, os “caramurus”, os arrivistas e novos-ricos, toda uma burguesia improvisada e inautêntica, exploradora da colônia. Perigoso e mordaz, apelidaram-no de “O Boca do Inferno”.
Foi o primeiro poeta a cantar o elemento brasileiro, o tipo local, produto do meio geográfico e social. Influenciado pelos mestres espanhóis da Época de Ouro, Góngora, Gracián, Calderón e sobretudo Quevedo, sua poesia é a maior expressão do Barroco literário brasileiro. Sua obra compreende: poesia lírica, sacra, satírica e erótica. Ao seu tempo a imprensa estava oficialmente proibida no Brasil, mas, mesmo que fosse publicada na Metrópole, como ocorreu com outros poetas do período colonial, grande parte de sua obra satírica e a totalidade da francamente pornográfica seriam, obviamente, expurgadas. Suas poesias corriam em manuscritos, de mão em mão, e o governador da Bahia D. João de Alencastre, que tanto admirava “as valentias desta musa”, coligia os versos de Gregório de Matos e os fazia transcrever em livros especiais. Sobreviveram também cópias feitas por admiradores, como Manuel Pereira Rabelo, biógrafo do poeta. Por isso é temerário afirmar que toda a obra a ele atribuída haja sido realmente de sua autoria. Entre os melhores códices e os mais completos, destacam-se o que se encontra na Biblioteca Nacional e o de Varnhagen, no Palácio Itamarati.
Dispersa por cerca de vinte e tantos códices, a obra poética de Gregório de Matos, o primeiro grande poeta brasileiro, espera até hoje uma edição crítica, consistindo no maior problema da Ecdótica em nossa literatura.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/gregorio-de-matos/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Marco Americo Lucchesi:


Sétimo ocupante da cadeira nº 15, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Pe. Fernando Bastos de Ávila, foi recebido em 20 de maio de 2011 pelo Acadêmico Tarcísio Padilha. Foi eleito Presidente da ABL para o exercício de 2018.
Marco Americo Lucchesi nasceu em 9 de dezembro de 1963, no Rio de Janeiro. Filho de Elena Dati e Egidio Lucchesi. A partir de oito anos de idade mora em Niterói, matriculando-se no colégio Salesianos de Santa Rosa. Estudou piano até os vinte anos com a professora Carmela Musmano e canto com o professor Domenico Silvestro.
Primeiro brasileiro de uma família italiana da Toscana, os versos da Divina Commedia e de Orlando Furioso fazem parte da memória de sua infância.
Precoce, suas primeiras publicações foram feitas na adolescência. Teve ainda muito jovem diálogos que foram decisivos para sua trajetória, como aqueles com e Antonio Carlos Villaça, Nise da Silveira, Carlos Drummond de Andrade.
Ao longo dos anos, outros encontros também lhe foram marcantes, com Nagib Mahfuz, no Egito, com Umberto Eco e Mario Luzi, ambos na Itália, e com Paolo Dall’Oglio na Síria.
Poeta, romancista, memorialista, ensaísta, tradutor e editor, em sua ampla produção, contemplada por diversos prêmios, destacam-se: Sphera, Meridiano Celeste e Bestiário e Clio (poesia); O Dom do Crime e O Bibliotecário do Imperador (romances); Saudades do Paraíso e Os Olhos do Deserto (memória); A Memória de Ulisses e O Carteiro Imaterial (ensaios).
Traduziu diversos autores, dentre os quais, publicados em livro, dois romances de Umberto Eco, a Ciência Nova, de Vico, os poemas do romance Doutor Jivago, obras de Guillevic, Primo Levi, Rumi, Hölderlin, Khliebnikov, Trakl, Juan de la Cruz, Francisco Quevedo, Angelus Silesius.
E graças ao amplo conhecimento de mais de vinte idiomas, criou inclusive uma língua artificial denominada “laputar”.
Professor titular de Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Formou-se em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e recebeu os títulos de Mestre e Doutor em Ciência da Literatura, pela UFRJ, e de Pós-Doutor em Filosofia da Renascença pela Universidade de Colônia, na Alemanha. É pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Foi professor-visitante da Fiocruz, das universidades de Roma II, Tor Vergata, de Craiova, na Romênia, de Concepción no Chile. Em 2016, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Tibiscus, de Timisoara, e, em 2020, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Aurel Vlaicu de Arad.
Seus livros foram traduzidos para o árabe, romeno, italiano, inglês, francês, alemão, espanhol, persa, russo, turco, polonês, hindi, sueco, húngaro, urdu, bangla e latim.
Deu palestras pelo Brasil e em diversas universidades no mundo: Sorbonne-Paris III, Orientale di Napoli, Universidade de Salamanca, La Sapienza (Roma), Universidade Jagelônica de Cracóvia, Universidade de Colônia, PUC de Santiago, Universidade da Malásia, Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Buenos Aires, Universidade de Los Andes (Mérida, Venezuela), Tuffs (Tóquio), Universidade Islâmica de Delhi, além de um sem-número de seminários, feiras de livro e encontros literários, na Bolívia, Paraguai, Sérvia, México, Peru, Colômbia, Itália, Suécia, Líbano, Arábia Saudita, Índia e Oman.
Foi editor das revistas Poesia Sempre, Tempo Brasileiro (de 2007 a 2015 – vol. 171 a 203) e Mosaico Italiano (de 2005 a 2008 – ed. 21 a 52). Entre 2012 e 2017 foi diretor da fase VIII da Revista Brasileira da ABL, tendo coordenado a publicação dos números 70 a 93. É membro do conselho da Editora da UFRJ (2016-2020), assim como de várias revistas científicas e literárias no Brasil, na América Latina e na Europa. Tem sido consultor e preparou originais para as editoras, Record, Nova Fronteira, Nova Aguilar, José Olympio, Civilização Brasileira e Bem-Te-Vi.
Notabilizou-se também dentro do setor de Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração da Biblioteca Nacional, responsável pela edição de catálogos e fac-símiles no período entre 2006 e 2011. Foi membro do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (2015-2017). Editor das coleções “Espelho do Mundo” e “Memórias do Futuro”, pela editora Rocco.
Para além de sua atividade artística, sobretudo na poesia e na ficção, sua pesquisa se baseia numa atitude multidisciplinar, que abrange a filosofia, a literatura, a música, a filosofia da matemática, a teologia, a astronomia e as artes em geral.
É colunista do Jornal de Letras de Lisboa, das revistas Filosofia, Ciência e Vida e Off The Record e do jornal Comunità italiana. Foi também colunista mensal em O Globo de 2010 a 2018, e de outros periódicos no Brasil e no exterior; foi dramaturgista em montagens teatrais cariocas; organizou seminários para o Centro Cultural Banco do Brasil e a Funiarte, além ter feito a curadoria de exposições da Biblioteca Nacional, como as que celebraram os cem anos da morte de dois escritores brasileiros: "Machado de Assis, cem anos de uma cartografia inacabada" (2008), e “Uma poética do espaço brasileiro”, sobre Euclides da Cunha (2009). Em 2010, foi o responsável pela grande exposição do bicentenário daquela Casa: “Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito”, curador da exposição: “Rio de Janeiro 450 anos, uma História do Futuro” (2015) e sobre o gênio de Leonardo da Vinci, com a mostra: Alma do Mundo: Leonardo 500 anos (2019). Desde 2014 é responsável pelo programa Música de Câmara na Academia Brasileira de Letras. 
Notória a sua atuação em defesa dos direitos humanos, como sua constante presença em comunidades e prisões cariocas, mediante projetos literários e educativos. Por conta das atividades que desenvolve, em 2017 foi homenageado com o nome de duas bibliotecas: a biblioteca da Escola Estadual Profa. Sonia Maria e a biblioteca da Escola Estadual Angenor de Oliveira Cartola, ambas no Complexo Penitenciário de Bangu 4, Rio de Janeiro. Em 2018 recebeu também em reconhecimento o nome da biblioteca do Colégio Salesiano Santa Rosa, em Niterói, Rio de Janeiro, onde foi aluno no Ensino Médio.
Pertence a diversas instituições, dentre as quais se destacam a Academia das Ciências de Lisboa (sócio correspondente); Insituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Accademia Lucchese di Scienze, Lettere e Arti (sócio correspondente); Academia Paraguaya de la Lengua Española (sócio correspondente); Sociedade Brasileira de Geografia; Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente; Movimento Humanos Direitos; Pen Clube do Brasil; Academia Fluminense de Letras; Academia Norte-Riograndense de Letras (sócio correspondente); Academia Espírito-santense de Letras; Academia Alagoana de Letras (sócio benemérito); Academia de Letras de Aracaju (sócio correspondente); Academia Niteroiense de Letras; Instituto Histórico e Geográfico de Niterói; Cenáculo de História e Letras de Niterói.
Além de exercer a presidência da ABL na gestão 2018, é também Presidente licenciado da Sociedade de Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente.
Prêmios e Distinções
Doutor Honoris Causa, Universidade Aurel Vlaicu de Arad (Arad, Romênia), 2020.
Prêmio Internacional da Latinidade, Academia Romena e Museu Nacional de Literatura Romena, 2019.
Comendador da Ordem da Estrela da Itália, 2019.
Comenda Ib Gato Falcão, 2019.
Medalha do Mérito Cívico Afro-brasileiro, Faculdade Zumbi dos Palmares, 2019.
Medalha Prof. Kosciuszko Barbosa Leão, 2019.
Prêmio Mérito Cultural VI Feira Literária Capixaba, Universidade Federal do Espírito Santo, 2019.
Prêmio Faz a diferença, categoria livro, jornal O Globo, 2019.
Prêmio George Bacovia – Festival Internacional de Poesia. Bucareste, 2018.
Prêmio IFEC – Instituto Interamericano de Fomento à Educação, Cultura e Ciência, 2018.
Medalha Tamandaré, 2018.
Prêmio A Sociedade Aplaude, Grupo Fluminense Multimídia, 2018.
Medalha Amigo da Marinha, 2018.
Distinctie de Onoare, Institutul Cultural Român, 2018.
Prêmio Intelectual do ano, Associações Fluminenses de Cultura, 2018
Prêmio Sou de Niterói, Categoria Cultura, 2018.
Ambasador al Poeziei, Festival Internacional de Poesia em Iasi (Romênia), 2017.
Doutor Honoris Causa, Universitatea Tibiscus (Timisoara, Romênia), 2016.
Segundo lugar Prêmio Jabuti de Poesia, Câmara Nacional do Livro, 2014.
Prêmio Machado de Assis, União Brasileira de Escritores, 2012.
Diploma do Consulado da Romênia do RJ, 2012.
Prêmio Brasília de Literatura, Bienal Brasil do Livro e da Leitura (Brasília). 2012.
Prêmio Pantera d’Oro, Prefeitura de Lucca (Itália), 2011.
Prêmio Orígenes Lessa, da União Brasileira de Escritores, 2010.
Medalha Simões Lopes Neto, Governo do Estado do RS, 2010.
Prêmio Ars Latina de ensaio, Sociedade Ars Latina de Craiova (Romênia), 2009.
Prêmio Alceu Amoroso Lima: Poesia e Liberdade, pelo conjunto da obra poética, 2008.
Medalha da Academia Maranhense de Letras, 2008.
Prêmio Mário Barata de ensaio, União Brasileira de Escritores, 2008.
Prêmio João Fagundes de Meneses de ensaios, União Brasileira de Escritores, 2007.
Prêmio Alphonsus de Guimarães de poesia, da Fundação Biblioteca Nacional, 2006.
Prêmio Marin Sorescu, Prefeitura de Craiova (Romênia), 2006.
Título de Cavaliere della Stella della Solidarietà della Repubblica Italiana (Itália), 2005.
Prêmio Costa e Silva de Poesia, União Brasileira de Escritores, 2004.
Segundo lugar Prêmio Jabuti de Poesia, Câmara Nacional do Livro, 2003.
Premio Nazionale per la Traduzione, do Ministero dei Beni Culturali da Italia, 2003.
Prêmio da Câmera de Comércio de Lucca, (Itália), 2002.
Terceiro lugar Prêmio Jabuti de Tradução, Câmara Nacional do Livro, 2001.
Premio San Paolo Città di Torino de poesia (Itália), 2001.
Prêmio União Latina, 2000.
Premio Speciale del Presidente della Repubblica Carlo Ciampi: Prometeo d’Argento (Itália), 2000.
Prêmio Eduardo Frieiro - da Academia Mineira de Letras, 2000.
Premio Speciale Marcello Binacchin, Società Marcello Binacchin (Itália), 2000.
Premio Internazionale di Poesia Cilento, Associazione Cilento di Poesia (Itália), 1999.
Comenda Espatário da Trebizonda, 1999.
Prêmio Paulo Rónai de Tradução, Biblioteca Nacional, 1996.
Mérito da União Brasileira de Escritores, 1995.
Medalha Tiradentes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, 1994.
Medalha da Associazione Lucchesi nel Mondo, da Camera di Commercio di Lucca (Itália), 1991.
Medalha José Cândido de Carvalho, Prefeitura de Niterói; 1990.
Medalha José Geraldo Bezerra de Meneses, Prefeitura de Niterói, 1988.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/marco-lucchesi/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Araripe Júnior:

Araripe Júnior (Tristão de Alencar Araripe Júnior) crítico literário, nasceu em Fortaleza, CE, em 27 de junho de 1848, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de outubro de 1911. Compareceu às sessões preparatórias da instalação da Academia Brasileira de Letras e fundou a cadeira 16, que tem como patrono Gregório de Matos.

Era filho do conselheiro Tristão de Alencar Araripe e de Argentina de Alencar Lima. Acompanhando o pai, que exercia o cargo de chefe de polícia, residiu sucessivamente em Bragança, no Pará, em Vitória do Espírito Santo e em Pernambuco, onde foi matriculado no curso de humanidades do Colégio Bom Conselho, dirigido pelo Dr. Barbosa Lima. A seguir, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife. Teve como colegas de turma, entre outros, Tobias Barreto e Luís Guimarães Júnior.

Concluído o curso, foi nomeado secretário do governo de Santa Catarina, cargo que deixou em 1871. Transferiu-se então para Maranguape, no Ceará, onde foi juiz de 1872 a 1875. Em dois biênios, foi deputado provincial no Ceará. Mudando-se para o Rio, em 1880, exerceu a advocacia até 1886. A partir de 1882, teve, ao lado de José do Patrocínio, destacada atuação em favor da campanha abolicionista. Nomeado oficial de secretaria do Ministério dos Negócios do Império; proclamada a República e extinto aquele Ministério, passou para o da Justiça e Negócios Interiores. Em 1895, foi diretor geral da Instrução Pública. Em 1903, foi promovido ao cargo de Consultor Geral da República, que ele exerceu até o fim da vida, tenso proferido pareceres importantes.

Estava no 4º. ano de Direito, em 1868, quando publicou o seu livro de estreia, Contos brasileiros, com o pseudônimo de Oscar Jagoanhara. Na passagem pelo Ceará, tomou parte do movimento literário que ali se processava. A primeira e profunda influência que sentiu e durou muitos anos foi a dos livros de José de Alencar. A preocupação do nacionalismo formou o seu estilo e orientou suas aspirações literárias. Até 1878, foi o romance o seu gênero preferido. Mas o convívio com Capistrano de Abreu, Rocha Lima e outros críticos cearenses, dirigiu-lhe a atenção para o estudo da filosofia e da crítica, nos autores que constituíam a ciência nova. Buckle, Taine e Spencer eram os teóricos daquele grupo. Em 1909, voltou para a ficção, publicando Miss Kate, curioso romance psicológico, assinando-se Cosme Velho, com prefácio de Afrânio Peixoto.

Não é o ficcionista, mas o crítico literário que constitui a importância de Araripe Júnior na literatura brasileira. Dotado de grande sensibilidade para o fato estético e de grande acuidade para a análise; dono de vasta cultura geral e literária, aplicou-se a estudar a literatura brasileira na obra de seus autores representativos: José de Alencar, Gregório de Matos, Tomás Antônio Gonzaga, Raul Pompeia, Aluísio Azevedo, e outros. Assim, deixou vasta obra crítica, formando com Sílvio Romero e José Veríssimo a trindade crítica da época positivista e naturalista. Sua obra crítica, dispersa pelos periódicos, desde os tempos do Ceará, só em parte foi publicada em livro, durante sua vida. No último livro, Ibsen e o espírito da tragédia (1911), sem abandonar a preocupação nacionalista, alçou-se a um plano de universalidade, buscando a razão de ser da tragédia humana, através da obra dos grandes trágicos, da Grécia ao século XIX. Como crítico, era um conselheiro amável e cheio de compreensão, sobretudo pelos estreantes.

Araripe Júnior era sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Histórico do Ceará.

Recebeu o acadêmico Afrânio Peixoto.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/araripe-junior/biografia#:~:text=Biografia&text=Araripe%20J%C3%BAnior%20(Trist%C3%A3o%20de%20Alencar,29%20de%20outubro%20de%201911.&text=Em%20dois%20bi%C3%AAnios%2C%20foi%20deputado,exerceu%20a%20advocacia%20at%C3%A9%201886.

Domingo na Usina: Biografias: Félix Pacheco:

Félix Pacheco (José FélixAlves Pacheco), jornalista, político, poeta e tradutor, nasceu em Teresina, PI, em 2 de agosto de 1879, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de dezembro de 1935.

Era filho do magistrado Gabriel Luiz Ferreira e de D. Maria Benedita Cândida da Conceição Pacheco. Fez os estudos primários no Colégio Karnec na sua cidade natal. Em 1890 trouxe-o para o Rio seu tio e protetor, o senador Teodoro Alves Pacheco, cujo nome adotou em reconhecimento pelo tratamento que sempre lhe dispensou. Aos doze anos matriculou-se no Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde fez humanidades, e depois cursou a Faculdade de Direito. Em 1897, ingressou no jornalismo, como repórter de O Debate. Dois anos depois, pela extinção daquele periódico, fez carreira no Jornal do Comércio, do qual se tornou diretor-proprietário. Em 1908, casou-se com Sra. Dora Rodrigues, a exemplar companheira de uma vida de lutas e de trabalho.

Foi o fundador e primeiro diretor do Gabinete de Identificação e Estatística da Polícia do Distrito Federal, hoje Instituto Félix Pacheco. Foi o introdutor, no Brasil, do sistema datiloscópico. Representou, por muitos anos, o Estado do Piauí, primeiro na Câmara e depois no Senado da República. No governo de Artur Bernardes, foi ministro das Relações Exteriores.

Ainda que o jornalismo tenha sido a escola em que se disciplinou na experiência e que o projetou no cenário nacional, Félix Pacheco distinguiu-se também nas letras, como poeta ligado à segunda geração dos poetas simbolistas brasileiros. Com Saturnino de Meireles, Gonçalo Jácome, Maurício Jubim e Castro Meneses, muito trabalhou pelo movimento, colaborando ativamente na revista Rosa-Cruz, de Saturnino de Meireles.

Os primeiros versos que publicou saíram com o título de Chicotadas e o subtítulo de “poesias revolucionárias”. Proclamava neles guerra à Espanha e convidava os povos latinos a baterem-se contra os Estados Unidos. Ao enumerar, porém, mais tarde, a sua produção poética, Félix Pacheco nunca mais fez referência a essas composições da mocidade. Por isso pode-se considerar Via Crucis, de 1900, a sua verdadeira estreia poética.

Traduziu a obra de Baudelaire, e comentou e estudou o poeta francês do ponto de vista biobibliográfico, crítico e literário. Essa atividade literária foi coroada com o discurso que o tradutor pronunciou em 24 de novembro de 1932, intitulado “Baudelaire e os milagres do poder da imaginação”, publicado no ano seguinte, quando também publicou os volumes O mar através de Baudelaire e ValéryPaul Valéry e o monumento a Baudelaire em Paris e Baudelaire e os gatos.

Segundo ocupante da Cadeira 16, foi eleito em 11 de maio de 1912, na sucessão de Araripe Júnior, e recebido pelo acadêmico Sousa Bandeira em 14 de agosto de 1913. Recebeu o acadêmico Constâncio Alves.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/felix-pacheco/biografia#:~:text=Biografia&text=F%C3%A9lix%20Pacheco%20(Jos%C3%A9%20F%C3%A9lixAlves%20Pacheco,6%20de%20dezembro%20de%201935.&text=Em%201897%2C%20ingressou%20no%20jornalismo%2C%20como%20rep%C3%B3rter%20de%20O%20Debate.

Domingo na Usina: Biografias: Pedro Calmon:

Terceiro ocupante da Cadeira 16, eleito em 16 de abril de 1936, na sucessão de Félix Pacheco e recebido pelo Acadêmico Gustavo Barroso em 10 de outubro de 1936. Recebeu o Acadêmico Rodrigo Octavio Filho.

Pedro Calmon (P. C. Moniz de Bittencourt), professor, político, historiador biógrafo, ensaísta e orador, nasceu em Amargosa, BA, em 23 de dezembro de 1902, e faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de junho de 1985.

Foram seus pais Pedro Calmon Freire de Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt. Fez os cursos primário e secundário no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio da Bahia, de 1914 a 1919. Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, onde cursou por dois anos. Em 1922, chamado pelo padrinho Miguel Calmon, transferiu-se para o Rio de Janeiro, a fim de secretariar a Comissão Promotora dos Congressos do Centenário da Independência. Continuou os estudos na Universidade do Rio de Janeiro, diplomando-se em dezembro de 1924.

Desde os bancos acadêmicos mostrou especial tendência para os estudos históricos. Esteve sempre ligado ao ensino superior, ocupando ao mesmo tempo cargos administrativos e públicos. Como secretário particular do ministro da Agricultura no governo Bernardes, habilitou-se, em 1925, em concurso de provas para conservador do Museu Histórico Nacional. Além de realizar ali ampla reforma administrativa, criou a cadeira de História da Civilização Brasileira, para a qual escreveu um livro com o mesmo título. Estreou na tribuna do Instituto Histórico, em 1926, como orador na comemoração do 3o centenário da emancipação da Bahia do domínio holandês, sendo eleito sócio efetivo do Instituto em 1931. Foi seu orador oficial de 1938 a 1968 e seu presidente desde 1968, tornando-se sócio grande-benemérito do Instituto.

Ingressou na política, como deputado estadual da Bahia, ao tempo dos governos baianos Góis Calmon e Vital Soares (1927 a 1930). Eleito deputado federal em 1935 (da minoria parlamentar de então), ligou o seu nome à primeira lei protetora, na Bahia, do patrimônio cultural. Voltou em 1950 à atividade política, como ministro da Educação e Saúde (1950-1951) no governo do presidente Dutra.

Data de 1926 o seu primeiro trabalho jurídico, Direito de propriedade, inicialmente destinado a tese de doutoramento. Em 1933 publicou os livros sobre D. Pedro I, Gomes Carneiro e Marques de Abrantes; em 1935 publicou o primeiro tomo da História social do Brasil, obras que o habilitaram a candidatar-se para a Academia Brasileira de Letras. Em 1929 fora premiado pela Academia o seu romance histórico O tesouro de belchior.

Em 1934 tornou-se, por concurso, livre-docente de Direito Público Constitucional na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil e, em 1939, catedrático da mesma Faculdade de que foi diretor durante dez anos (1938-1948). Vice-Reitor em 1948, ascendeu à Reitoria da Universidade, a cuja frente esteve até 1966, ou seja, durante 18 anos. Em 1935 regeu a cadeira de História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal; foi professor da Pontifícia Universidade Católica, desde que foi fundada, e da Faculdade de Filosofia Santa Úrsula do Rio de Janeiro. Conquistou, em 1955, a cátedra de História do Brasil do Colégio Pedro II. A sua tese de concurso foi a análise da documentação inédita acerca das minas de prata.

Pela atividade no magistério superior, recebeu o título de Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Doutor honoris causa das Universidades de Coimbra, Quito, Nova York, de San Marcos e da Universidade Nacional do México; e professor honorário da Universidade da Bahia.

Foi orador oficial do Instituto dos Advogados do Brasil, em dois períodos; representante do Equador na Conferência Pan-Americana de Geografia e História, realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 1932; delegado do Brasil à conferência Interamericana do México, em 1945, e à Conferência Interacadêmica para o Acordo Ortográfico, em Lisboa, em 1945.

Pedro Calmon era membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e dos Institutos Históricos de vários Estados brasileiros; membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História; sócio honorário da Sociedade de Geografia de Lisboa, da Real Academia Espanhola e da Real Academia de História da Espanha, e sócio correspondente de sociedades culturais e históricas de vários países da América Latina. Era membro do Conselho Federal da Cultura, do Conselho Editorial da Biblioteca do Exército e diretor do Instituto de Estudos Portugueses Afrânio Peixoto, no Liceu Literário Português, desde 1947.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Fsid=193/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Hipólito da Costa:

Hipólito da Costa (Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça), jornalista nasceu na Colônia do Sacramento, atual República do Uruguai, em 13 de agosto de 1774, e faleceu em Londres, Inglaterra, em 11 de setembro de 1823. É o patrono da cadeira n. 17, por escolha do fundador Sílvio Romero.

Era filho de um fazendeiro da Capitania do Rio de Janeiro, lá destacado como Alferes de Ordenanças, Félix da Costa Furtado de Mendonça, e de Ana Josefa Pereira, natural daquela Colônia. Fez os preparatórios em Porto Alegre e formou-se em Direito e Filosofia na Universidade de Coimbra, em 1798. No mesmo ano foi encarregado pelo ministro português, D. Rodrigo de Sousa Coutinho, de estudar questões econômicas nos Estados Unidos, onde ficou até 1800, daí resultando o Diário de minha viagem para Filadélfia, só publicado em 1955. Nomeado para a Imprensa Real em 1801, fez nova viagem oficial, à Inglaterra e à França, sendo preso na volta, em 1802, passando então cerca de três anos nos cárceres da Inquisição, acusado de disseminação da Maçonaria em Portugal. Fugiu em 1805, disfarçado em criado de serviços, tomando o rumo de Espanha, Gibraltar e finalmente Londres, onde se estabeleceu definitivamente. Ali, pondo-se sob a proteção do Duque de Sussex, filho do rei e maçon ele próprio, funda o Correio Brasiliense em 1808, o mesmo ano da criação da imprensa no Brasil. Tem-se dito que é o primeiro jornal brasileiro, antecedendo mesmo ao primeiro jornal que se imprimiu em território nacional, a Gazeta do Rio de Janeiro (10 de setembro de 1808). Foi a mais completa tribuna de análise e crítica da situação portuguesa e brasileira, formando uma estante do 29 grossos tomos, os quais se estendem desde 1802 a 1822, ano em que, verificando que o seu apostolado em favor da independência do Brasil estava transformado numa radiosa vitória, o jornalista julgou cumprido o seu dever, e encerrou a publicação do jornal. Faleceu pouco depois, em 1823, sem chegar a saber que fora nomeado cônsul do Império do Brasil em Londres. É o patrono da imprensa e dos estudiosos da realidade brasileira.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/hipolito-da-costa/biografia#:~:text=Biografia&text=Hip%C3%B3lito%20da%20Costa%20(Hip%C3%B3lito%20Jos%C3%A9,escolha%20do%20fundador%20S%C3%ADlvio%20Romero.

Domingo na Usina: Biografias: Eloy Sánchez Rosillo:


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Eloy Sánchez Rosillo (n. Murcia , 24 de junho de 1948) é um poeta espanhol . 
Biografia 
Ele é órfão de pai aos sete anos de idade, algo que marcará profundamente sua infância com um grande sentimento de fugacidade e perda e dará a toda a sua obra um tom elegíaco . Na adolescência, começou a gostar da poesia do romântico italiano Giacomo Leopardi e estudou em Filologia Romântica na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Múrcia , obtendo o Prêmio Extraordinário por sua promoção. Ele começou a escrever poemas que publicou em várias revistas e, no verão de 1973, viajou para a Itália para estudar italiano na prestigiada Università per Stranieri . Professor de literatura espanhola na Faculdade de Letras da Universidade de Múrcia, obteve oPrêmio Adonáis de 1977, com seu livro Maneras de estar solo ( Ediciones Rialp , Madri, 1978), que o tornou conhecido na poesia espanhola contemporânea . Em 1982, ele foi novamente para a Itália, desta vez para Florença , para aprender em primeira mão sobre as origens de Leopardi. No retorno de sua viagem, ele decide começar a traduzi-la. Ele se tornou pai em 1984 e, em 1989, leu seu livro The Force of Fate, como uma tese de doutorado na Faculdade de Artes da Universidade de Múrcia, publicada em 1992. 
Enquanto publicou outros livros de poemas: Páginas de um jornal (El Bardo, Barcelona, ​​1981), Elegias (Trieste, Madri, 1984), Autorretratos (Ediciones Península / Edicions 62 , Barcelona, ​​1989; segunda edição, mesmo ano). Então, La vida (Tusquets Editores, Barcelona, ​​1996; décima edição, 2008), La certeza (Tusquets Editores, Barcelona, ​​2005), que recebeu o Prêmio Nacional da Crítica pelo ano de sua publicação, Oír la luz (Tusquets Editores, Barcelona, ​​2008), Sonho da origem (Tusquets Editores, Barcelona, ​​2011) e Antes do nome (Tusquets Editores, Barcelona, ​​2013). 
Sua poesia completa foi publicada em três ocasiões: As coisas como eram (1974-1988), compilação dos quatro primeiros livros do autor, com numerosas correções (Editorial Comares-La Veleta, Granada, 1992; segunda edição, revisada , 1995) e As coisas como eram (Complete Poetry, 1974-2003), que inclui os cinco títulos de Sánchez Rosillo mencionados primeiro em primeiro lugar, com novas correções e alguns poemas não publicados (Tusquets Editores, Barcelona, ​​2004). Existem também duas antologias de seu trabalho, Confidencias, prólogo e seleção de Andrés Trapiello (Editorial Renacimiento, Sevilha, 2006), e Na árvore do tempo, seleção e apresentação de Juan Marqués( Editorial Pre-Textos , Valência, 2012). 
Ele também publicou o ensaio La Fuerza del Destino (Universidade de Múrcia, 1992) e traduziu uma Antologia Poética de Giacomo Leopardi (Editorial Pre-Textos, Valência, 1998; Segunda Edição, 2004). Ele fez a seleção e o prólogo de El volador de cometas, uma antologia poética de Andrés Trapiello (Editorial Renacimiento, Sevilha, 2006). Ele colaborou em várias revistas literárias e seus poemas aparecem nas antologias mais representativas da poesia atual. 
Alguns de seus livros mais ou menos extensos e seleções de sua poesia foram traduzidos para várias línguas. 
Trabalho 
Poesia 
Maneiras de ficar sozinho, Rialp Editions , Madri, 1978. 
Páginas de um jornal, El Bardo, Barcelona, ​​1981. 
Elegias, Trieste, Madri, 1984. 
Autorretratos, Ediciones Península / Edicions 62, Barcelona, ​​1989. 
Life, Tusquets Editores, Barcelona, ​​1996. 
As coisas como eram (Complete Poetry, 1974-2003), Tusquets Editores, Barcelona, ​​2004. 
Certeza, Tusquets Editores, Barcelona, ​​2005. 
Ouça a luz, Tusquets Editores, Barcelona, ​​2008. 
Sonho da origem, Tusquets Editores, Barcelona, ​​2011. 
Antes do nome, Tusquets Editores, Barcelona, ​​2013. 
Quem diria isso, Tusquets Editores, Barcelona, ​​2015. 
As coisas como eram (Complete Poetry, 1974-2017), Tusquets Editores, Barcelona, ​​2018. 
Antologias 
Confidências, seleção e prólogo de Andrés Trapiello, Editorial Renacimiento, Sevilha, 2006. 
A primavera do tempo, col. Babel, Puebla da Universidade das Américas, Puebla (México), 2007. 
Na árvore do tempo, seleção e apresentação de Juan Marqués, Editorial Pre-Textos, Valencia, 2012. 
Hilo de oro (Poética Antologia, 1974-2011), edição José Luis Morante, Letras Hispánica, Ediciones Cátedra, Madri, 2014. 
Antologia coletiva: Ab Ipso Ferro. Congresso Internacional de Antologia de Poesia Fray Luis de León. Diputación de Salamanca, 2018. 
Antologia coletiva: Deus na poesia atual. Editores: José Julio Cabanillas, Carmelo Guillén Acosta. Edições Rialp. Coleção Adonáis. Madri, 2018. 
Ensaio 
A força do destino, Universidade de Múrcia, Múrcia, 1992. 
Tradução 
Leopardi, Giacomo, Antologia Poética, Pré-Textos, Valência, 1998; 2004. 
Bibliografia secundária 
Cambronero Armero, Veronica. "Algumas pinceladas no Dream of the origin, de Eloy Sánchez Rosillo". Toques, 2012, nº 22. 1 
Eire, Ana. A sensação de tempo na poesia de Eloy Sánchez Rosillo, Hispania, 2009, Vol. 92, No. 2, pp. 223-233. 2 
Escavy Zamora, Ricardo (ed.), A poesia de Eloy Sánchez Rosillo: o barulho do tempo, Universidade de Múrcia, Múrcia, 2007. Inclui capítulos de José María Pozuelo Yvancos , Antonio Gómez Yebra, Antonio Parra, Francisco Javier Díez de Revenga, Antonio Roldán Pérez e Ángel L. Prieto de Paula. 3 
Gómez Yebra, Antonio. "Esta é a vida, de Eloy Sánchez Rosillo", Monteagudo, 2006, nº 11, pp. 119-131. 4 
Poesia no campus. Revista de poesia oral, 1993, nº 23, Universidade de Zaragoza. Edição monográfica sobre Eloy Sánchez Rosillo que inclui artigos de María Dolores Albiac, Victor García de la Concha , Enrique Molina Campos, Leopoldo Sánchez Torre e María Ángeles Naval. 5 
Rubio Sánchez, Miguel Ángel. "A arte poética do Sonho da Origem, de Eloy Sánchez Rosillo". Tonos, 2011, nº 21, Universidade de Múrcia. 6 
Rubio Sánchez, Miguel Ángel. Geografia da luz: última poesia de Eloy Sánchez Rosillo, com prólogo de Vicente Cervera Salinas , edições Shaman, Albacete, 2017 (Shaman in trance, 1) Ensaio. 220 pp.

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José Luís Garcia (Lisboa, 1955) é Investigador Principal do quadro do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Lisboa, após ter feito estudos doutorais na London School of Economics and Political Science (Universidade de Londres). 
O seu percurso académico tem-no levado a lecionar, entre outras escolas, nos cursos de graduação ou pós-graduação em sociologia e comunicação do ISCTE-IUL (1990-2011), em comunicação e cultura da Universidade Católica Portuguesa (1994-1997), em jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, Instituto Politécnico de Lisboa (2011- 2013) e comunicação social e novos media na Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Coimbra (2015-2016; 2017-2018). Atualmente, leciona a disciplina de sociologia da saúde nos cursos de ciências da saúde e medicina dentária da Universidade de Lisboa; é docente de teorias sociológicas clássicas no programa de doutoramento em Sociologia – OPENSOC; e estudos sociais da ciência e tecnologia no Programa doutoral FCT em Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade. Teve posições de professor ou investigador visitante na Universidade de São Paulo (2007; 2009; 2011) e na UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2015), ambas no Brasil, e na Universidade do Iowa, nos EUA (2010). A sua investigação e ensino mais recentes centram-se na teoria social, no estudo das implicações sociais, políticas e éticas da ciência e da tecnologia, assim como na comunicação, cultura e novos media. Entre outras obras, é autor de dezenas de artigos e capítulos de livros publicados em Portugal e no estrangeiro sobre temas como teoria social, comunicação, biotecnociências e medicina. 
Entre 2007 e 2009 foi vice-presidente da comissão de estudos pós-graduados no ICS, tendo sido o responsável pela criação do doutoramento em Sociologia do ICS/UL em 2008. Integrou a Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) (Janeiro 2009 - Janeiro 2011) e a Comissão de Ética do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CHLN/FMUL/IMM) (2015-2017). Entre 2010 e 2012, presidiu à Comissão Deontológica da Associação Portuguesa de Sociologia. Foi, entre 2009 e 2013, presidente do Observatório das Actividades Culturais (OAC). 
Nasceu em Lisboa, viveu a infância no Lobito, Angola, fez os estudos liceais e a licenciatura em Lisboa, e habitou no Porto, Madrid, Oxford e Londres. Vive atualmente em Lisboa. 
Publicações selecionadas 
Livros: 
Garcia, J.L., Martins, H. (eds) (no prelo). Lições de Sociologia Clássica, Edições 70. 
Garcia, J.L., Kaul, C., Subtil, F. e Santos, A. (eds.) (2017). Media and Portuguese Empire, Palgrave Macmillan; 
Garcia, J. L., Alves, T., Leonard, Y. (eds.) (2017). Salazar, o Estado Novo e os Media, Edições 70; 
Martinho, T., Lopes, J. T. e Garcia, J. L. (2016) (eds.). Cultura Digital em Portugal, Afrontamento; 
Garcia, J. L. (ed.) (2016). Pierre Musso and the Network Society: From Saint-Simonianism to the Internet, Springer; 
Proulx, S., Garcia, J. L. e Heaton, L. (eds.) (2014). La Contribution en Ligne: Pratiques Participatives à l’Ère du Capitalisme Informationnel, Presses de l’Université du Québec; 
Jerónimo, H. M., Garcia, J. L. e Mitcham, C. (edts.) (2013). Jacques Ellul and the Technological Society in 21st Century, Springer; 
Garcia, J. L. (ed) (2009). Estudos sobre os Jornalistas Portugueses - Metamorfoses e Encruzilhadas no Limiar do Século XXI. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. 
Garcia, J. L., Jerónimo, H. M e Cabral, M. V. (edts.) (2006). Razão, Tempo e Tecnologia. Estudos em Homenagem a Hermínio Martins,Imprensa de Ciências Sociais. 
Martins, H. e Garcia. J. L. (2003). Dilemas da Civilização Tecnológica. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. 
Capítulos de livros e artigos: 
Garcia, J.L. (no prelo). Em Louvor da Teoria. In Garcia, J.L., Martins, H. (eds) (no prelo). Lições de Sociologia Clássica, Edições 70. 
Garcia, J.L. (2018). Hermínio Martins' Philosophical Sociology of Technology: A Short Introduction.In Castro, J.E.; Fowler, B.; Gomes, L. (Eds), Time, Science and the Critique of Technological Reason, Palgrave MacMillan (pp. 155-182). 
Garcia, J. L.; Jerónimo, H. M. e Carvalho, T. M. (no prelo). Methodological luddism: A concept for trying degrowth to the assessement and regulation of technologies. The Journal of Cleaner Production, Special issue "Degrowth and Technology". doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.03.184. 
Mendonça, Pedro X.; Garcia, J. L. e Fernández-Esquinas, M. (2017). Marketing in the material construction of artifacts: A case study of Portuguese navigation systems company. Technology in Society, nº 51: 24-33. doi.org/10.1016/j.techsoc.2017.07.001. 
Garcia, J. L., Alves, T., Léonard, Y. (2017). Salazar, o Estado Novo e os media: introdução a uma nova agenda de investigação. In Garcia, J. L., Alves, T. e Leonard, Y. (Eds.), Salazar, o Estado Novo e os Media (pp. 9-23). Lisboa: Edições 70. 
, H., Garcia, J. L. (2016). A hegemonia cibertecnológica em curso: uma perspetiva crítica. In Martinho, T. D., Lopes, J. T. e Garcia, J. L (Eds.). Cultura e Digital em Portugal (pp. 19-37). Porto: Afrontamento. 
Garcia, J. L., Lopes, J. T., Martinho, T. D., Neves, J. S., Gomes, R. T., Borges, V. (2016). Mapping cultural policy in Portugal: From incentives to crisis. International Journal of Cultural Policy, Advance online publication on 6 November 2016, 1-17. 
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