domingo, 10 de maio de 2020

Domingo Na Usina: Biografia: Dom Lucas Moreira Neves:

Sexto ocupante da Cadeira 12, eleito em 18 de julho de 1996, na sucessão de Abgar Renault e recebido pelo Acadêmico Marcos Almir Madeira em 18 de outubro de 1996.Dom Lucas Moreira Neves, O.P. (nome civil: Luiz Moreira Neves), dominicano, sacerdote, prelado, ex-arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, nasceu em São João del Rei, MG, em 16 de setembro de 1925, e faleceu no Vaticano, em 8 de setembro de 2002. Era filho de Telemaco Victor Neves, bibliotecário municipal em São João del Rei, professor de música e regente da bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos, de São João del Rei, e de Margarida Alacoque Moreira Neves, professora primária. Fez o curso primário no Grupo Escolar João dos Santos (1933-36) e o secundário no Ginásio Santo Antônio (1937-38), ambos em São João del Rei, e no Seminário Menor de Mariana. Continuou os estudos em São Paulo, no Convento Santo Alberto Magno, onde tomou o hábito dominicano, em 6 de março de 1944, fez Profissão simples na Ordem dominicana em 7 de março de 1945 e cursou Triênio de Filosofia (1945-47). Em 1948 iniciou o estudo de Teologia na Escola de Teologia dominicana em Saint-Maximin-la-Sainte-Baume (Var), França. Fez Profissão solene na Ordem dominicana no Convento de Saint-Maximin, em 7 de março de 1948. Recebeu a Ordenação presbiterial das mãos de Dom Alexandre Gonçalves Amaral, Bispo e depois Arcebispo de Mariana, em 9 de julho de 1950. Exerceu o ministério sacerdotal em São Paulo, como Vice-Mestre de Noviços e contemporaneamente Assistente eclesiástico da JEC (Juventude Estudantil Católica Arquidiocesana), em 1952-53. De fevereiro de 1954 a agosto de 1967 residiu no Convento de Santo Tomás de Aquino no Rio de Janeiro, exercendo os cargos de Assistente Eclesiástico da JUC Arquidiocesana (1954-59) e Vice-Prior do Convento. Ensinou na Escola de Teatro da ASA (Ação Social Arquidiocesana) e exerceu ministério junto ao meio teatral e aos intelectuais e artistas. Foi Vice-Assistente Nacional do Movimento Familiar Cristão (1959-65) e responsável pelo Departamento de Formação Religiosa na CRB Nacional (Conferência dos Religiosos do Brasil) de agosto de 1966 a agosto de 1967. Eleito bispo titular de Feradi Maior e Auxiliar do Cardeal Agnelo Rossi, arcebispo de São Paulo, em 9 de junho de 1967, recebeu a Ordenação episcopal em 26 de agosto de 1967 em São João del Rei, sendo os principais ordenantes o cardeal Agnelo Rossi, então arcebispo de São Paulo, Dom Alano du Noday, O.P., bispo de Porto-Nacional, e Dom Delfim Ribeiro Guedes, bispo de São João del Rei. Na Arquidiocese de São Paulo, foi Vigário Episcopal para a Pastoral Familiar (1967-71) e Vigário Geral para a Pastoral dos Meios de Comunicação Social (1971-74). Chamado a Roma por Paulo VI, ali exerceu os cargos de Vice-Presidente do Conselho para os Leigos (1974-79) e de Secretário da Congregação para os Bispos e do Colégio dos Cardeais (1979-87). Na Cúria Romana, foi também consultor do Consilium de Laicis (1971-74); membro do Comitê para a Família (1971-76); membro do Conselho do Sínodo dos Bispos (1976-77); membro da Comissão "Justiça e Paz" (1976-81); consultor da Congregação para a Doutrina da Fé (1978-87); membro da Pontifícia Comissão para a Pastoral da Migração e do Turismo (1980-87); membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (1980-87); membro do Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais (1982). No dia 1º de janeiro de 1987 o Papa João Paulo II lhe atribuiu a Igreja titular de Vescovio em lugar do título de Feradi Maior. Foi nomeado, em 9 de julho de 1987, Arcebispo Metropolitano de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. Recebeu o "Pálio" (insígnia dos arcebispos) das mãos de João Paulo II em 5 de setembro de 1987. A tomada da posse da Arquidiocese foi no dia 27 de setembro do mesmo ano. Foi criado Cardeal no Consistório do dia 28 de junho de 1988 com o título dos Santos Bonifácio e Aleixo, do qual tomou posse solenemente no dia 9 de outubro do mesmo ano. Foi membro da Congregação para a Educação Católica, desde 1994, e membro da Congregação para a Vida Consagrada, desde 1995. Neste ano foi nomeado presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil CNBB. Dom Lucas recebeu os títulos de Doutor Honoris Causa em Teologia pela Universidade São Tomás de Aquino de Roma (1986) e pelo College Providence de Rhode Island (EUA); comendador da Ordem de Rio Branco (1986); Grã Cruz da Ordem do Mérito Militar (1988), do Mérito da Aeronáutica (1991) e do Mérito da Marinha (1994); cidadão honorário de Salvador (1988). Foi membro da Academia Romana de Santo Tomás Aquino e membro da Academia de Letras da Bahia.
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Domingo Na Usina: Biografia: Abgar Renault:

Quinto ocupante da Cadeira 12, eleito em 1º de agosto de 1968 na sucessão de J. C. Macedo Soares e recebido em 23 de maio de 1969 pelo Acadêmico Deolindo Couto. Recebeu os Acadêmicos Marcos Almir Madeira em 19 de novembro de 1993 e Celso Cunha em 4 de dezembro de 1987. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1993. Abgar Renault (Abgar de Castro Araújo Renault), professor, educador, político, poeta, ensaísta e tradutor, nasceu em Barbacena, MG, em 15 de abril de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 31 de dezembro de 1995. Era filho de Léon Renault e de Maria José de Castro Renault. Casado com D. Inês Caldeira Brant Renault, teve dois filhos, Caio Márcio e Luiz Roberto, e três netos, Caio Mário, Abgar e Flávio. Realizou os estudos primários, secundários e superiores em Belo Horizonte, onde começou a exercer o magistério. Foi professor do Ginásio Mineiro de Belo Horizonte, da Universidade Federal de Minas Gerais e, no Rio de Janeiro, do Colégio Pedro II e da Universidade do Distrito Federal. Eleito deputado estadual por Minas Gerais, nomeado Diretor da Secretaria do Interior e Justiça do mesmo Estado; Secretário do Ministério da Educação e Saúde Pública por Francisco Campos e seu assistente na Secretaria da Educação e Cultura do Distrito Federal; diretor e organizador do Colégio Universitário da Universidade do Brasil; diretor do Departamento Nacional da Educação, Secretário da Educação do Estado de Minas Gerais em dois governos, quando se notabilizou por incentivar o ensino no meio rural; Ministro da Educação e Cultura; Diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais João Pinheiro em Belo Horizonte; Ministro do Tribunal de Contas da União; membro da Comissão Internacional do Curriculum Secundário da Unesco (1956 a 1959); consultor da Unesco na Conferência sobre Necessidades Educacionais da África, em Addis Abeba (1961); membro da Comissão Consultiva Internacional sobre Educação de Adultos, também da Unesco (1968-1972); representante do Brasil em numerosas conferências internacionais sobre educação levadas a efeito pela Unesco em Londres, Paris, Santiago do Chile, Teerã, Belgrado e Genebra; eleito várias vezes membro da Comissão de Redação Final dos documentos dessas reuniões; membro da Comissão Consultiva Internacional do The World Book Encyclopædia Dictionary (Thorndike-Barnhart Copyright, Doubleday & Company, USA, 1963); membro do Conselho Federal de Educação e do Conselho Federal de Cultura; Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. Esteve sempre ligado à educação e, como professor, preocupou-se com a língua portuguesa, de que foi um conhecedor exímio e representante fiel. Pertenceu à Academia Mineira de Letras, à Academia Municipalista de Letras de Belo Horizonte, à Academia Brasiliense de Letras; ao Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Stanford, Califórnia, EUA, e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de Belo Horizonte. Em todos os postos que ocupou, como no magistério, Abgar Renault desenvolveu intensa e exemplar atividade, registrando em A palavra e a ação (1952) e Missões da Universidade (1955) seus estudos e reflexões. Além disso, foi um grande poeta. Contemporâneo de Carlos Drummond de Andrade, juntou-se ao grupo surrealista moderno e participou do movimento modernista de Minas Gerais. Desde então, sua importância na literatura contemporânea só fez crescer. Apesar de ter a obra associada ao Modernismo, fazia uma poesia original, audaciosa, não formalista e não ligada a nenhuma escola poética. Era dos que não faziam questão de aparecer em público, mas sua qualidade literária se impõe nos livros que publicou. Foi também um notável tradutor de poetas ingleses, norte-americanos, franceses, espanhóis e alemães. Era um grande especialista em Shakespeare. Sua poesia tem sido incluída em numerosas antologias, no Brasil e no exterior.
Atualizado em 16/05/2017.
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Domingo Na Usina: Biografia: José Carlos de Macedo Soares:

Quarto ocupante da Cadeira 12, eleito em 30 de dezembro de 1937, na sucessão de Vítor Viana e recebido pelo Acadêmico Ataulfo de Paiva em 10 de dezembro de 1938. Recebeu o Acadêmico Roberto Simonsen. Macedo Soares (José Carlos de Macedo Soares), político e historiador, nasceu em São Paulo, SP, em 6 de outubro de 1883, e faleceu também em São Paulo em 28 de janeiro de 1968. Filho do Dr. José Eduardo Macedo Soares e de D. Cândida Sodré Macedo Soares, pertencentes a tradicionais famílias fluminense e paulista. Fez o curso primário na Escola Modelo Caetano de Campos e o de Humanidades no Ginásio de São Paulo, bacharelando-se em Ciências e Letras em 1901. Em 1905, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Foi professor de Economia Política e Finanças no Curso Superior da Escola de Comércio Álvares Penteado, de São Paulo, e diretor do Ginásio Macedo Soares. Como industrial e diretor de múltiplas empresas, o seu nome gozou de enorme prestígio no seu Estado natal. De 1911 a 1928 fez várias viagens de estudo à Europa e aos Estados Unidos. Foi presidente da Associação Comercial de São Paulo, e como tal prestou relevantes serviços durante a revolta de 1924. Em 1932, foi nomeado chefe da Delegação do Brasil à Conferência do Departamento e à 16ª Conferência Internacional do Trabalho, e representante do Brasil no Bureau de Administração do BIT em Genebra. Ao celebrar-se naquele ano, na Itália, o centenário de Anita Garibaldi com a inauguração do seu monumento no Janículo, Macedo Soares foi enviado a Roma, em missão especial, para representar o Brasil nas festas desse centenário, e ali pronunciou um discurso evocando os laços que ligam a Itália ao Brasil. A par do desempenho dessas missões, ocupava-se, na imprensa e em livros, dos temas diplomáticos brasileiros, de política, finanças, educação e sociologia. Em 1933, foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte. Em julho de 1934, foi nomeado Ministro das Relações Exteriores no governo constitucional do Presidente Getúlio Vargas, deixando a pasta em 2 de janeiro de 1937. Em julho do mesmo ano foi nomeado Ministro da Justiça, ocupando o cargo até 9 de novembro. A passagem de Macedo Soares pelo Ministério do Exterior assinalou o revigoramento da melhor tradição diplomática do Brasil, como defensor e propulsor da paz no continente e no mundo. Nas conferências que, em Buenos Aires, prepararam a solução pacífica do conflito paraguaio-boliviano do Chaco, Macedo Soares trabalhou pela colaboração do Brasil na solução do conflito. A visita do Presidente Vargas à Argentina, acompanhado do Ministro das Relações Exteriores, coroou, em memoráveis circunstâncias, a cooperação americana do Brasil. Nomeado, em 1937, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi o responsável pela instalação e funcionamento desse órgão da administração federal. Durante muitos anos foi diretor da Liga de Defesa Nacional. De novembro de 1945 a março de 1947, foi interventor federal no Estado de São Paulo. Nomeado novamente Ministro das Relações Exteriores, em 1955, no governo Juscelino Kubitschek, permaneceu no posto até 1958. Membro, desde 1939, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi vice-presidente, presidente e presidente perpétuo; membro da Academia Internacional de Diplomacia; membro da Ordem dos Advogados de São Paulo; sócio honorário da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnografia; sócio de honra do Liceu Literário Português; membro da Academia Brasileira de Filologia e da Academia Paulista de Letras e membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, da qual foi presidente. Pertencia também a inúmeras instituições estrangeiras, entre as quais o Instituto Histórico y Geográfico del Uruguai, a Academia Uruguaya de Letras, a Academia Argentina de Letras, a Academia das Ciências de Lisboa, a Real Academia de História de Portugal, a Sociedade de Geografia de Lisboa e o Instituto de Coimbra. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras em 1942 e reeleito em 1943.
Atualizado em 06/07/2016.
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Domingo Na Usina: Biografias: Vítor Viana:


Terceiro ocupante da Cadeira 12, eleito em 11 de abril de 1935, na sucessão de Augusto de Lima e recebido pelo Acadêmico Celso Vieira em 10 de agosto de 1935. Vítor Viana, jornalista, professor, crítico literário e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de dezembro de 1881, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 21 de agosto de 1937. Era filho do professor da Escola Nacional de Belas Artes Ernesto da Cunha de Araújo e de Teresa de Figueiredo Araújo Viana. Após os estudos de humanidades e de Direito, entrou para o jornalismo. Dedicou-se aos problemas nacionais constitucionais, tornando-se exímio articulista de assuntos econômicos e financeiros. Colaborou nos jornais O século, Cidade do Rio, Imprensa (de Alcindo Guanabara), passando para O Paiz e, finalmente, para o Jornal do Commercio, do qual chegou a ser o redator principal e diretor. Durante a I Guerra Mundial, foi um dos comentadores mais informados dos acontecimentos da guerra. Encetou também colaboração na imprensa como crítico dos “Livros Novos” e redator das “Notas pedagógicas”. Foi bibliotecário da Escola Nacional de Belas Artes, professor da Escola de Altos Estudos e professor de Geografia Industrial e História das Indústrias na Escola Nacional de Artes e Ofícios Venceslau Brás. Foi membro da comissão incumbida de elaborar o Código Aduaneiro. Representou o governo da União no Congresso da Instrução Primária, reunido no Rio de Janeiro em 1921. Fez parte do Conselho Superior de Comércio e Indústria. Serviu em comissão junto ao gabinete do ministro da Fazenda, de 1919 e 1922, e junto ao gabinete do ministro da Agricultura, de 1922 a 1925. Ocupou, a seguir, o cargo de superintendente dos estabelecimentos do Ensino Comercial. Seu nome aparece no Almanaque do Ministério das Relações Exteriores como redator do respectivo Boletim de 1926 a 1929. Era membro do Conselho Federal de Comércio Exterior e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e membro titular da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, por proposta de Amaro Cavalcanti, em virtude dos artigos publicados sobre a guerra e a Liga das Nações.
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Domingo Na Usina: Biográfias: Augusto de Lima:


Augusto de Lima (Antônio Augusto de Lima), poeta e magistrado, nasceu em Congonhas de Sabará, hoje Nova Lima, MG, em 5 de abril de 1859, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de abril de 1934. Na Academia Brasileira de Letras, concorreu a primeira vez em 1902, na vaga de Francisco de Castro, tendo sido eleito Martins Júnior. Um ano depois, apresentou-se candidato à vaga de Urbano Duarte. Foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, mas só tomou posse quatro anos depois, em 5 de dezembro de 1907, sendo recebido pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Augusto de Lima era filho de José Severiano de Lima e de D. Maria Rita de Lima. Iniciou o seu curso de humanidades no Seminário de Mariana, onde teve como professor de Latim o então padre Silvério Gomes Pimenta, mais tarde arcebispo de Mariana e membro da Academia Brasileira de Letras, cursando depois o Seminário do Caraça. Desistindo de ser padre, foi prestar os exames preparatórios em Ouro Preto, em 1877. Em 1878, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi amigo, entre outros, de Raimundo Correia, Afonso Celso Júnior, Silva Jardim, Valentim Magalhães, Teófilo Dias, Pinheiro Machado e Assis Brasil. Fundou, em 1880, com Raimundo Correia, Alexandre Coelho e Randolfo Fabrino, a Revista de Ciências e Letras. Obteve o título de bacharel em 1882, tendo, durante o curso, exercido o jornalismo, no qual se mostrou propagandista das ideias da República e da Abolição. Passou a colaborar na imprensa, sobretudo no jornal O Imparcial, às vezes sob os pseudônimos I, Lílvio e Lauro. Voltou a Minas Gerais, onde foi nomeado promotor do Termo de Leopoldina, e, em 1885,  juiz municipal. Em 1889 foi nomeado promotor de Direito de Conceição da Serra, no Espírito Santo, onde permaneceu até 1890, quando deveria seguir, no mesmo posto, para Dores de Boa Esperança, em Minas, acabando por ser escolhido chefe de polícia do Estado, em Ouro Preto. Agitava-se, naquela ocasião, o problema da mudança da capital do Estado de Minas, e a tese de Augusto de Lima era a de que a nova capital devia ser instalada no antigo Curral del Rei, depois Belo Horizonte, ponto de vista que era também o do Barão de Lucena, Ministro da Justiça. Foi nomeado Presidente do Estado, mas não quis, por si só, fazer a mudança do governo, e submeteu o assunto ao Congresso Constituinte, e só três anos depois, em 1898, transferiu-se para Belo Horizonte a capital do Estado. Augusto de Lima deu o seu nome a uma das mais belas avenidas da nova capital. Deixando o governo do Estado, voltou ao seu posto de juiz, servindo em Belo Horizonte. Ao fundar-se a Faculdade de Direito de Minas Gerais, foi escolhido para ser um dos professores, indo reger a cadeira de Filosofia do Direito, acumulando o cargo de diretor do Arquivo Público, até 1910. Nesse ano, foi eleito Deputado Federal pelo seu Estado, sendo reeleito em várias legislaturas. Na campanha política de 1929-1939, da qual resultou a vitória da Revolução, teve parte relevante, pronunciando memoráveis discursos. Na Câmara, o nome de Augusto de Lima aparece relatando e assinando pareceres na Comissão de Diplomacia e Tratados, de que foi membro, notadamente de 1910 a 1913 e de 1920 a 1923. Em 1934, foi eleito para a Assembleia Constituinte, e dela fazia parte, quando teve de submeter-me a uma cirurgia, vindo a falecer. É um dos grandes poetas de índole filosófica na literatura brasileira. Segundo ocupante da cadeira 12, foi eleito em 5 de fevereiro de 1903, na sucessão de Urbano Duarte, e recebido em 5 de dezembro de 1907 pelo acadêmico Medeiros e Albuquerque. Recebeu o acadêmico João Luís Alves.
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