domingo, 23 de maio de 2021

Crônicas de Segunda na Usina: D'Araújo: Pátria condenada:


Com os grandes conglomerados de comunicação comprometidos com os seus próprios interesses a nação segue padecendo com suas antigas e as novas mazelas agravadas com chegada a pandemia.
Glorificam o agronegócio como uma verdadeira fonte da juventude da nossa economia, batemos recordes atrás de recordes de produção de grãos, a pecuária vai de vento em poupa, na outra ponta estamos criando uma legião de flagelados e esfomeados, vítimas de uma guerra burra partidária e ideológica, toda nação dividida nos mesmo moldes de hipocrisia sistemática. O empresariado já prevendo uma recessão de longo prazo, tentam socorrer com doações vultuosas na esperança de manter seus consumidores de pé. Mas infelizmente tudo que estão conseguindo é o efeito de enxugar gelo, devido ao aumento cavalar do rebanho de famintos, frutos do descaso do poder público para com as necessidades básicas dos seu cidadãos.
Estamos pagando a conta no pior momento possível, por uma desigualdade social causada por uma distribuição de renda perversa, com impostos acachapantes e por que não dizer imoral, de um lado os empresários se virando como podem, pois como todo investidor seu propósito é o lucro, que se faz justo por sinal.
Do outro lado estado sendo usado como suporte de sustentação política a décadas.
Se transformou em um verdadeiro dragão de consumo de arrecadação, com seu gigantismo descomunal, se tornou inoperante.
Os programas sociais que foram criados para tentar equilibrar o a má distribuição de renda se transformou em verdadeiros bolsões de flagelados, para formação de currais eleitores um retrocesso quase irremediável.
Todos os partidos seja de direita esquerda ou centro, só tem olhos para as próximas eleições, cada qual querendo a fatia maior do bolo para financiar suas campanhas, o povo correndo às cegas em meio uma pandemia letal, pois o famoso pacto federativos evaporou, agora é cada um por si, sem nenhuma coordenação de nível nacional, vamos remando em um mar revolto sem comandante nem bússola.
Um mandatário que assumiu sem um plano de governo definido, foram fatiando a administração pública de acordo com a necessidade do momento, é muita gente mandando, e poucos fazendo, o que resultou no maior desastre humanitário, político e econômico da história da nossa Pária. Infelizmente todos nós temos nossa parcela de culpa, pois guiados pelo ódio e a sede de vingança deixamos de observar sinais básico de que este modelo (Frankenstein político brasileiro). Misto civil militar não teria como prosperará em um pais de dimensões continentais. Já se faz difícil implementa uma política de desenvolvimento sócio econômico sustentável com uma distribuição de renda um pouco mais igualitária, com programas sócias que levem nossos jovens a um ensino profissionalizante de qualidade para que cheguem a universidades com um perfil profissional mais estruturado, e que insiram os jovens no mercado de trabalho realmente qualificados. Precisamos fazer uma reforma política profunda se quisermos ter alguma pretensão de nos tornarmos uma pátria verdadeiramente desenvolvida. Temos que reduzir drasticamente a quantidade de partidos políticos, pois esse inchaço esta tornado o país ingovernável, se faz necessário reduzir o número de deputados assim como seus comissionados. Sem uma reforma administrativa nos três poderes no âmbito federal estadual e municipal, que breque o descalabro com os recursos públicos. Estaremos fadados a ficar assistido ao aumento da fome e da miséria. Campo fértil para a desordem pública e uma guerra civil, coisa que até pouco tempo era inimaginável que esse tipo de anomalia política seria possível que acontecesse por aqui.
A maioria das Ongs de ajuda humanitárias que cumprem um papel fundamental neste momento de pandemia, infelizmente vinham perdendo a sua verdadeira função.
Que é acolher preparar e reintegrar jovens e adultos em dificuldades de acesso ao mercado de trabalho para suprir suas necessidades básicas de uma vida digna.
Mais com uso de algumas para a guerra infame que está destroçando nossa pátria que o uso das mesmas no campo político ideológico, acabaram se transformando em verdadeiras indústria da miséria e da dependência do estado.
Elas começam atendendo 50 pessoas depois se multiplica e até comemoram seu crescimento, isto visto a olho num parece um a avanço, e no curto prazo é comemorável, mas quando atravessa mais de uma geração se torna a triste constatação de que ela não consegue cumprir seu papel, pois são sinais de que o problema na base da pirâmide só se multiplica, e ela passa a enxugar gelo. Neste momento de pandemia distribuem auxílio emergencial, mas infelizmente eles dão com uma mão e tira com a outra, via aumento de preços absurdos e seus impostos agregados. E tudo que estão conseguindo distribuir esmolas e financiar funerais. Aqui ponto chegamos, de não restar um único cidadão ou cidadã de mãos limpa, pois quem não peca pelos crimes, peca pela omissão.
E olha que isto se arrasta desde a invasão Portuguesa, mas ao longo do tempo a corrupção vem se aperfeiçoando.
Não sou nenhum especialista em política, nem tão pouco tenho a pretensão do conceito do que é politicamente certo ou errado.
Mas os sinais são eminente de que estamos caminhado para ruptura institucional.
E isso pode se tornar um desastre para o nosso povo que doam seu sangue na luta frenética e diária para alimentar seu filhos, ou povo se une em torno de um ideal comum e sustentável ou vamos pagar um alto preço e levar décadas para nos recuperar.

D’Araújo.

D'Araújo "INSÔNIAS"



Inverso

Alma clara, alma nua,
Nua e crua feito a alma tua.
Com um tempo que construa O inverso da rua...


poema na integra no livro:
"INSÔNIAS"