domingo, 19 de janeiro de 2020

Domingo Na Usina: Biografias: Cora Coralina:



Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais),1 quando já tinha quase 76 anos de idade.2 3

Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

Biografia
Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, adotou o pseudônimo de Cora Coralina, era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu e foi criada às margens do Rio Vermelho. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa (Goiás). Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. Apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina (Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920)). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX" (Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66), "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906. No jornal Tribuna Espírita - Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1905.

Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.

Em 1911, foi para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912, onde viveu durante 45 anos, inicialmente no município de Jaboticabal onde nasceram seus seis filhos: Paraguaçu, Eneas, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. Ísis e Eneas morreram logo depois de nascer. Em (1924), mudou para São Paulo. Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.

Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Seu filho Cantídio participou da Revolução Constitucionalista de 1932.

Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, cidade que atualmente, mantém uma casa da cultura com seu nome, em homenagem. Em 1956, retorna a Goiás.

Ao completar 50 anos, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.

Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia, de pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Primeiros passos literários[editar | editar código-fonte]
Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.

Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.

Divulgação nacional[editar | editar código-fonte]
Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. "Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles." Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.

A primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da Coleção Documentos Goianos.

Onze anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).

Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.

Bibliografia da autora
Em ordem cronológica, as obras de Cora Coralina:4

Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia), 1965 (Editora José Olympio).
Meu Livro de Cordel, (poesia), 1976
Vintém de Cobre - Meias confissões de Aninha (poesia), 1983
Estórias da Casa Velha da Ponte (contos), 1985
Meninos Verdes (infantil), 1986 (póstumo)
Tesouro da Casa Velha (poesia), 1996 (póstumo)
A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil), 1999 (póstumo)
Vila Boa de Goias (poesia), 2001 (póstumo)
O Prato Azul-Pombinho (infantil), 2002 (póstumo)
Bibliografia
TAHAN, Vicência Bretas. Cora Coragem, Cora Poesia. Global Editora, 1989.
CORALINA, CORA. Villa Boa de Goyaz. Global Editora, 2001.
DENÓFRIO, Darcy França. Cora Coralina - Coleção Melhores Poemas - Global Editora, 2004. Darcy Franca Denofrio
DENÓFRIO, Darcy França; CAMARGO, Goiandira Ortiz de. Cora Coralina: Celebração da Volta. Cânone Editorial, 2006. Darcy Franca Denofrio.

BRITTO, Clóvis Carvalho; SEDA, Rita Elisa. Cora Coralina - Raízes de Aninha. Editora Ideias & Letras, 2011, 2a. edição.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Domingo Na Usina: Biografias: Katherine Mansfield:


Pseudônimo de Kathleen Mansfield Beauchamp (Wellington, Nova Zelândia; 14 de outubro de 1888 - Fontainebleau, França, 9 de janeiro de 1923) foi uma proeminente escritora neozelandesa de histórias curtas.

Biografia
“          O prazer de ler é dobrado quando se vive com alguém com quem se compartilha os mesmos livros. — Katherine Mansfield  ”
Mansfield nasceu Kathleen Mansfield Beauchamp em uma família socialmente proeminente em Wellington, Nova Zelândia. Filha de um banqueiro e nascida em família colonial de classe média, também era prima da autora Condessa Elizabeth von Arnim. Mansfield teve uma infância solitária e alienada. Suas primeiras histórias publicadas apareceram no High School Reporter e na revista do Colégio para garotas de Wellington, em 1898 e 1899. Mudou-se para Londres em 1902, onde freqüentou o Queen's College. Violoncelista de talento, inicialmente não se sentiu atraída pela literatura e, após concluir sua educação na Inglaterra, voltou para a Nova Zelândia em 1906. Foi somente depois desse retorno que Kathleen Beauchamp começou a escrever contos. Cansada do estilo de vida provinciano da Nova Zelândia da época, Beauchamp retornou a Londres dois anos mais tarde, em 1908.
 Ao retornar para Londres em 1908, logo se entregou à vida boêmia/bissexual comum a muitos artistas e escritores da época1 . Com pouco dinheiro, conheceu, casou-se e separou-se de seu primeiro marido, George Bowden, tudo em período de três semanas. Por volta dessa época, Mansfield ficou grávida de um amigo da família da Nova Zelândia, Garnet Trowell, um violonista profissional, e sua mãe a mandou para a Baviera1 .
 Katherine perdeu seu bebê em 1909, provavelmente por ter levantado um baú de cima de seu guarda-roupa. No retorno à Inglaterra, seu trabalho chamou a atenção de várias editoras e Beauchamp adotou o nome artístico de Katherine Mansfield quando da publicação de sua primeira coleção de contos, "In a German Pension" (numa pensão alemã), em 1911. Contraiu gonorreia por volta desta época, um evento que a faria sofrer com dores de artrite pelo resto de sua curta vida, bem como enxergar-se como uma mulher "suja".
 John Murry, morte do irmão, depressão[editar | editar código-fonte]
Desencorajada pela falta de sucesso do livro, Mansfield mandou uma história leve para uma revista avant-garde nova chamada Rhythm (Ritmo). A história foi rejeitada pelo editor John Middleton Murry, que pediu algo mais sombrio. Mansfield respondeu com "The Woman at the Store" (a mulher na loja), uma história de assassinato e doença mental que Murry chamou de "de longe a melhor história mandada à Rhythm." Em 1912 Murry visitou Mansfield no seu apartamento onde ela lhe serviu chá em tigelas porque não possuía xícaras. Visitantes frequentemente a encontravam vestida num quimono. Mansfield, atraída por ele, o convidou a se mudar para o quarto de hóspedes logo após sua publicação, e logo em seguida eles começaram seu relacionamento conturbado que incluiu casamento em 1918. Eles se mudaram diversas vezes e frequentemente viveram separados. Aparentemente ambos não acreditavam em uniões estáveis, e Mansfield pode ter se arrependido de seu estilo de casamento. Sua amiga próxima, Ida Baker, frequentemente cuidava dela quando estavam separados.
Casa onde nasceu Mansfield, na Nova Zelândia.
Sua vida e trabalho seriam modificados para sempre com a morte de seu irmão, um soldado, durante a Primeira Guerra Mundial. Ela ficou chocada e traumatizada pela experiência, tanto que seu trabalho começou a se refugiar nas lembranças nostálgicas de sua infância na Nova Zelândia.1 Durante esses anos ela também teve amizades profissionais com escritores como D. H. Lawrence e Virginia Woolf, que posteriormente disse que a escrita dela era 'A única escrita que eu invejei'.
 Embora continuasse escrevendo entre sua primeira e segunda coleções ("Prelude", 1918), raramente publicou seus trabalhos, e entrou em depressão clínica. Sua saúde ficou muito debilitada após um ataque quase fatal de pleurisia quando contraiu tuberculose em 1917. Foi enquanto combatia essa doença em spas pela Europa afora, sofrendo uma hemorragia séria em 1918, que Mansfield começou a escrever os trabalhos pelos quais ela seria melhor conhecida.
 "Miss Brill", uma história sobre uma mulher frágil vivendo uma vida efêmera de observação e prazeres simples em Paris, estabeleceu Mansfield como um dos escritores modernistas preeminentes, quando da sua publicação em 1920 na coleção "Bliss". A história título dessa coleção "Bliss" (felicidade), que envolvia uma personagem semelhante enfrentando a infidelidade de seu marido, também recebeu crítica favorável. Ela seguiu com a coleção igualmente louvada, The Garden Party, publicada em 1922.
 Anos finais[editar | editar código-fonte]
Mansfield passou seus últimos anos buscando curas cada vez mais não ortodoxas para sua tuberculose. Em fevereiro de 1922, ela consultou o médico russo Ivan Manoukhin. Seu tratamento "revolucionário", que consistia em bombardear seu baço com raios-X, fez com que Mansfield desenvolvesse calores e insensibilidade nas pernas.

Nos últimos anos de sua vida ela passou a sentir que sua atitude perante a vida havia sido exageradamente rebelde e procurou renovar sua vida espiritual. Em outubro de 1922, Mansfield mudou-se para o Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem de Georges Gurdjieff em Fontainebleau, França, onde esteve sob os cuidados de Olgivanna Lazovitch Hinzenburg (posteriormente, Sra. Frank Lloyd Wright). Mansfield sofreu uma hemorragia pulmonar fatal em janeiro de 1923, após subir uma escada correndo para mostrar a Murry quão bem estava.2 Foi enterrada em um cemitério no distrito de Fontainebleau District na cidade de Avon.3
 Mansfield provou ser uma escritora prolífica nos últimos anos de sua vida, e uma boa parte de sua prosa e poesia não foram publicadas até depois de sua morte. Murry se predispôs a editar e publicar seus trabalhos.
 Seus esforços resultaram em dois volumes adicionais de contos em 1923 (The Dove's Nest) e em 1924 (Something Childish), bem como seus Poems, The Aloe, uma coleção de escritos críticos (Novels and Novelists) e um número de edições de trabalhos previamente não publicados de suas cartas e diários.
 Cinema e TV
Em 1973, a BBC produziu uma minissérie, “A Picture of Katherine Mansfield”, estrelada por Vanessa Redgrave. Dividida em 6 partes, a série inclui adaptações da vida de Mansfield e seus contos4 .
Trabalhos
Coleções
In a German Pension (1911), ISBN 1-86941-014-9
The Garden Party: and Other Stories (1922), ISBN 1-86941-016-5
The Doves' Nest: and Other Stories (1923), ISBN 1-86941-017-3
Bliss: and Other Stories (1923)
Poems (1923), ISBN 0-19-558199-7
Something Childish (1924), ISBN 1-86941-018-1, first published in the U.S. as The Little Girl
The Journal of Katherine Mansfield (1927, 1954), ISBN 0-88001-023-1
The Letters of Katherine Mansfield (2 vols., 1928-29)
The Aloe (1930), ISBN 0-86068-520-9
Novels and Novelists (1930), ISBN 0-403-02290-8
The Short Stories of Katherine Mansfield (1937)
The Scrapbook of Katherine Mansfield (1939)
The Collected Stories of Katherine Mansfield (1945, 1974), ISBN 0-14-118368-3
Letters to John Middleton Murry, 1913-1922 (1951), ISBN 0-86068-945-X
The Urewera Notebook (1978), ISBN 0-19-558034-6
The Critical Writings of Katherine Mansfield (1987), ISBN 0-312-17514-0
The Collected Letters of Katherine Mansfield (4 vols., 1984-96)
Vol. 1, 1903-17, ISBN 0-19-812613-1
Vol. 2, 1918-19, ISBN 0-19-812614-X
Vol. 3, 1919-20, ISBN 0-19-812615-8
Vol. 4, 1920-21, ISBN 0-19-818532-4
The Katherine Mansfield Notebooks (2 vols., 1997), ISBN 0-8166-4236-2
Contos[editar | editar código-fonte]
"The Woman At The Store" (1912)
"How Pearl Button Was Kidnapped" (1912)
"Millie" (1913)
"Something Childish But Very Natural" (1914)
"The Little Governess" (1915)
"Pictures" (1917)
"Feuille d'Album" (1917)
"A Dill Pickle" (1917)
"Je ne parle pas français" (1917)
"Prelude" (1918)
"An Indiscreet Journey" (1920)
"Bliss" (1920)
"Miss Brill" (1920)
"Psychology" (1920)
"Sun and Moon" (1920)
"The Wind Blows" (1920)
"Mr Reginald Peacock's Day" (1920)
"Marriage à la Mode" (1921)
"The Voyage" (1921)
"Her First Ball" (1921)
"Mr and Mrs Dove" (1921)
"Life of Ma Parker" (1921)
"The Daughters of the Late Colonel" (1921)
"The Stranger" (1921)
"The Man Without a Temperament" (1921)
"At The Bay" (1922)
"The Fly" (1922)
"The Garden Party" (1922)
"A Cup of Tea" (1922)
"The Doll's House" (1922)
"A Married Man's Story" (1923)
"The Canary"" (1923)
Traduções para o português[editar | editar código-fonte]
Poucas foram as traduções de sua obra no Brasil. A partir de 1992, a editora Revan começou a traduzi-las. Hoje, temos em português os principais dos 88 contos de Mansfield, incluindo Prelude (Prelúdio), At the bay (Na praia ) e The doll’s house (A casa de bonecas). Estes três contos fazem parte de uma novela inacabada. Demonstram a transição da obra de Katherine Mansfield para o romance. Os personagens, baseados na sua vida na terra natal, pedem mais que uma novela. Várias são as tramas e a saída só poderia ser encontrada na estrutura de um belo romance cuja semelhança poderíamos enxergar na obra de Virginia Woolf, no livro To the lighthouse (Passeio ao farol). O inverso também poderia ser dito, To the lighthouse possui a atmosfera de alguns contos de Mansfield. Elementos da natureza, a vida íntima de um casal e suas crianças são influências recíprocas entre autoras que tiveram contato intenso. No entanto, Katherine Mansfield nunca escreveu um romance.

Principais traduções e publicações na língua portuguesa[editar | editar código-fonte]
Felicidade (Bliss), Livraria do Globo, 1940, tradução de Érico Veríssimo 5 6 .
Felicidade (Bliss), Editora Nova Fronteira, 1969, tradução de Érico Veríssimo 5 .
Felicidade (Bliss), Editora Livros do Brasil (Portugal), Coleção Miniatura.
Felicidade (Bliss) e Outros Contos, Editora Revan, 1991, tradução de Julieta Cupertino5 .
Êxtase (Bliss), Editora Ática e IMS (São Paulo), 1999, tradução de Ana Cristina César5 .
Felicidade (Bliss) e O Estranho, Coleção Aventuras Grandiosas, Editora Rideel, 2007, 2009, adaptação Ana Carolina Vieira Rodrigues.
Psicologia (Psychology), 1939, tradução de Érico Veríssimo para a Revista do Globo6 .
O meu primeiro baile (Her First Ball), 1940, tradução de Érico Veríssimo para a Revista do Globo6 .
As Filhas do Falecido Coronel e Outras Histórias, 1997, Ediouro, com os contos Felicidade (Bliss), A festa ao ar livre (The Garden Party), As filhas do falecido coronel e O estranho.
As Filhas do Falecido Coronel, Coleção Aventuras Grandiosas, Editora Rideel, 2006, adaptação Ana Carolina Vieira Rodrigues.
A Festa ao Ar Livre (The Garden Party), Coleção Aventuras Grandiosas, Editora Rideel, 2007, 2009, adaptação Ana Carolina Vieira Rodrigues.
A Festa ao Ar Livre (The Garden Party) e Outras Histórias, Ediouro, 1993.
Sol e Lua (Sun and Moon)/ A Viagem (The Voyage), Coleção Aventuras Grandiosas, Editora Rideel, 2011, adaptação de Ana Carolina Vieira Rodrigues.
Aula de Canto, Editora Global, 1984, tradução de Edla Van Steen e Eduardo Brandão, Coleção Histórias Inesquecíveis.
Aula de Canto e Outros Contos, Editora Revan, 1999.
Je Ne Parle Pas Français e Outros Contos, Editora Revan, 1994, tradução de Julieta Cupertino.
Numa Pensão Alemã (In a German Pension), Editora Revan (Rio de Janeiro), 1998, tradução de Julieta Cupertino.
Numa Pensão Alemã (In a German Pension), Editora Coisas de Ler, 2002.
Contos Escolhidos, 1976, Editora Três.
Contos Ingleses Modernos, Editora Gleba, s.d..
Cinco Contos, Editora Paz e Terra, Coleção Leitura, 1996, com os contos Senhorita Brill (Miss Brill), Tomada de Hábito, A Vida de Mãe Parker (Life of Ma Parker), A Fuga, Je ne parle pas français7 .
Contos, Editora Cosac Naify, 2005, Coleção Mulheres Modernistas.
K. Mansfield, Editora Cosac Naify, 2005, com 12 contos de Mansfield.
Cartas de Katherine Mansfield, Editora Portugália, s.d., tradução de Manuela Porto.
Diário, Editora Tavares Martins (Porto), 1944, tradução de Fernanda de Castro, Coleção dirigida por António Ferro: Contemporâneos.

Diário e Cartas, Editora Revan, 1996.

Fonte de 
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Domingo Na Usina: Biografias:Vinicius de Moraes:


(1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antônio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.
Vinicius de Moraes (1913-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz. Desde cedo, já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1933, ano de sua formatura, publica "O Caminho Para a Distância". Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939.
Várias experiências conjugais marcaram a vida de Vinicius, casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Suas esposas foram Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso.
Em 1943 é aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Escreve o livro "Cinco Elegias". Serviu sucessivamente em Paris, em 1953, em Montevidéu, e novamente em Paris, em 1963. Volta para o Brasil em 1964. É aposentado compulsoriamente em 1968, pelo Ato Institucional Número Cinco.
De volta ao Brasil, dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau", "A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".
Compôs a trilha sonora do filme Orfeu Negro, que foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1961, compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música Popular Brasileira, com a música "Arrastão".
A parceria com o músico Toquinho foi considerada a mais produtiva. Rendeu músicas importantes como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril", "Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande Amor" e "Regra Três".
É preciso destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve vários intérpretes, cantando músicas de cunho infantil. Esse Álbum originou um especial para a televisão.
A produção poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância" e em "Forma e Exegese". A segunda fase vai ao encontro do cotidiano, e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A Mulher".
Vinícius também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é "A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.
Marcus Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980, devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.

Obra de Vinícius de Moraes

O Caminho Para a Distância, poesia, 1933
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia, 1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro, drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética
Novos Poemas II


Fonte de origem:
http://www.e-biografias.net/vinicius_de_moraes/

Domingo Na Usina: Biografias:José de Alencar:


(1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Seu romance "O Guarani" serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O Guarani. Foi escolhido por Machado de Assis, para patrono da Cadeira nº 23, da Academia Brasileira de Letras.
José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural.
José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele, com o intuito de, cada vez mais, abrasileirar seus textos.
José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, Ceará no dia 1 de maio de 1829. Filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefina. Em 1838 mudam-se para o Rio de Janeiro. Com 10 anos de idade ingressa no Colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos vai para São Paulo, onde termina o curso secundário e ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Em 1847 escreve seu primeiro romance "Os Contrabandistas". Em 1850 conclui o curso de Direito. Pouco exerceu a profissão. Ingressou no Correio Mercantil em 1854. Na seção "Ao Correr da Pena" escreve os acontecimentos sociais, as estreias de peças teatrais, os novos livros e as questões políticas. Em 1856 passa a ser o redator chefe do Diário do Rio de Janeiro, onde em 1 de janeiro de 1857 publica o romance "O Guarani", em forma de folhetim, alcançando enorme sucesso, e logo é editado em livro.
Em 1858 abandona o jornalismo para ser chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, onde chega à Consultoria. Recebe o título de Conselheiro. Nessa mesma época é professor de Direito Mercantil. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861, pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal, se encanta com a lenda de "Iracema", e a transforma em livro.
Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro vítima da tuberculose, em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.

Obras de José de Alencar




Cinco Minutos, romance, 1856;

Cartas Sobre a Confederação dos Tamoios, crítica, 1856;

O Guarani, romance, 1857;
Verso e Reverso, teatro, 1857;
A Viuvinha, romance, 1860;
Lucíola, romance, 1862;
As Minas de Prata, romance, 1862-1864-1865;
Diva, romance, 1864;
Iracema, romance, 1865;
Cartas de Erasmo, crítica, 1865;
O Juízo de Deus, crítica, 1867;
O Gaúcho, romance, 1870;
A Pata da Gazela, romance, 1870;
O Tronco do Ipê, romance, 1871;
Sonhos d'Ouro, romance, 1872;
Til, romance, 1872;
Alfarrábios, romance, 1873;
A Guerra dos Mascate, romance, 1873-1874;
Ao Correr da Pena, crônica, 1874;
Senhora, romance, 1875;
O Sertanejo, romance, 1875.


Fonte de origem:
http://www.e-biografias.net/jose_alencar/

Domingo Na Usina: Biografias: José Cândido de Carvalho:


 (1914-1989) foi escritor brasileiro. Seu romance "O Coronel e o Lobisomem" causou grande impacto quando lançado em 1964. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira nº 31. Foi também jornalista.
José Cândido de Carvalho (1914-1989) nasceu em Campos dos Goitacazes, estado do Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto de 1914. Filho de Bonifácio de Carvalho e de Maria Cândido de Carvalho, lavradores emigrados do norte de Portugal, que aqui no Brasil se dedicaram ao pequeno comércio.
Transferiu-se muito jovem com a família para a cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou como estafeta, mas logo voltou a Campos, onde trabalho no comércio de aguardente e açúcar. Iniciou sua carreira de jornalista no final da década de 1920. Foi revisor do jornal O Liberal, foi redator do jornal O Dia, Gazeta do Povo e Monitor Campista, todos de Campos.
Ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1937. Começou sua vida literária com o romance "Olha para o Céu, Frederico". Em 1942 foi convidado pelo interventor do Rio de janeiro, Amaral Peixoto, para dirigir o jornal O Estado, e muda-se para Niterói. Em 1957 passa a trabalhar para a revista O Cruzeiro.
Em 1964 lança o romance "O Coronel e o Lobisomem", obra que causou grande impacto quando apareceu. Conta a história de Ponciano de Azevedo Furtado, proprietário de fazendas de gado do interior fluminense, que, atraído pela vida da cidade e pelo comércio, emigra para Campos de Goitacazes, não conseguindo se integrar ao meio urbano, perde toda sua fortuna e enlouquece. Na obra Ponciano narra sua própria história, inclusive a loucura final.
Em 1970, assumiu a direção da Rádio Roquete Pinto. Quatro anos depois dirigia o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério de Educação e Cultura (MEC). Em 1974 foi eleito para a Academia Brasileira de Letra, para a cadeira nº 31. Entre os anos de 1976 e 1981, foi presidente da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), órgão do Ministério da Educação.
Seu romance "O Coronel e o Lobisomem", foi traduzido para vários países e reeditado diversas vezes. Recebeu o Prêmio Jabuti, Prêmio Coelho Neto e o Prêmio Luísa Cláudio de Souza.
José Cândido de Carvalho faleceu em Niterói, no dia 1 de agosto de 1989.

Obras de José Cândido de Carvalho

Olha Para o Céu, Frederico, romance, 1939
O Coronel e o Lobisomem, romance, 1964
Porque Lulu Bergantim não Atravessou o Rubicon, contos, 1970
Um Ninho de Mafagafos Cheio de Mafagafinhos, contos, 1972
Ninguém Mata o Arco-Íris, crônicas, 1972
Manequinho e o Anjo Procissão, contos, 1974
Se eu Morrer, Telefone Para o Céu, contos, 1979
Notas de Viagem ao Rio Negro, 1983
Os Mágicos Municipais, 1984


Fonte de origem:
http://www.e-biografias.net/jose_candido_de_carvalho/