quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Alberto Sá:


 

Ser ou não ser, outros dirão!

Doravante inquieto, o poeta adultamente

Se altera na escrita e se esmera

Sabendo ele que entre loucos

Talvez seja ele, o que se acredita!

… O que se mostra inquieto!

Talvez vil, ou samaritano!

Pois ser poeta por palavras

e não somente…

É causar ou não causar dano!

…É dizer no seu crédito,

doravante inquieto, o pobre e o seu ausente jus

Diz-se ser único pensador, ou talvez…

Poeta esse, que se sabendo sozinho,

se sabe em contra luz!

Jamais dirá, ou jamais direi…

Perante uma inquietude do seu ego!

Sendo ele o audaz e eu um poeta sendo

A esse ao qual jamais me apego!

Ao qual jamais, estou crendo!

José Alberto Sá

Portugal

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Hector Vargas Montanha:


 

TÍTULO

O QUE EU NÃO ESCREVI..

Hector Vargas Montanha.

Chile

DD. RR.

26/01 /2022

Há versos que nunca vou escrever,

e eles nunca virão em minha memória,

Palavras que vão passar ao lado,

nos dintéis da minha história.

Há versos que nunca vou escrever,

mesmo que me queimem por dentro,

Eles vão ficar presos.

nas pregas do meu cérebro.

Mas aqueles versos que eu não escrevi...

continuarão iluminando meu céu,

serão brasas de fogo aceso,

no coração das minhas memórias. - Sim.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Giovanni Colares:


 

DECLARAÇÃO MATINAL

                             GIOVANNI COLARES

                              TEÓFILO OTONI MG.

Meu coração sempre a tua espera,

Na convicção  que estaremos juntos

Tão breve quanto possível!

Grande é o meu amor e não haverá  barreira que nos separe,

Sempre te amo ,sempre te amarei ,

Sempre existirá  este carinho entre nós.

Esteja se preparando pois, sim,haveremos de nos unir.

Fica meu carinho colado a ti ,bem junto a ti Pois, nele tem a porção que nos mais interessa O puro amor ,a forma de superarmos todas as barreiras .

Se muito até agora te amei, hoje continuo te amando e para sempre  te amarei.

Meu bom dia mais prolongado,

Minha declaração de amor.

Meu humilde jeito de ser, de tentar ser puro,

Ser o mais que pode, verdadeiro  para o mesmo de ti receber.

  (Jo) 24/01/2.022...

                         Giovanni Colares

                                     Brasil

 CCXLVII

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Deolindo Checcucci:

 


Inesperadamente

Surpreendendo

A alma

Elas surgem

Na estrada

Paro então

Para admirá-las

Nos namoramos

Na pressa

Tenho que

Deixá-las

De tudo fica

A lembrança

Colhida

Na caminhada

Deolindo Checcucci  -  Poema para as flores da estrada - 26 de janeiro de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: JOCARLOS GASPAR:



 ATRAVÉS DA POESIA.

É através da poesia

o que transmitir ao amigo

amor e alegria.

É através da poesia

que eu falo do mundo

e sua fantasia.

É através da poesia

que retratam o mal,

Vaidade e harmonia.

É através da poesia

que eu falo a verdade,

do amor e justiça divinos.

É através da poesia

que eu levo para os jovens

seu caminho do dia a dia.

É através da poesia

Eu carrego a mensagem de amor

para o meu amado leitor.

É através da poesia

Que eu guio a humanidade

Para um mundo puro

e sem malícia:

Um mundo de justiça,

de amor e felicidade,

Onde a verdade

e igualdade

eles estão acima de toda futilidade.

DR.JOCARLOS GASPAR.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Vásquez Peña:


 

El canto de tu perfume

Tu perfume

              de Violetas/Lavandas/y No me olvides

Impregnado en la esfera más íntima

                                                              de mi alma

Posado en el lugar que solo es tuyo

                      aromatiza mis días/tus recuerdos

Me evoca    a cada paso   tu idolatrada imagen

en la cima de la torre mayor

                               de la mítica Atalaya de Papel

Desde ese lugar

                      canta (tu perfume) como el Colibrí

La ternura de tu nunca confesado amor

 y mi confeso cariño que aún debe perseguirte

Canta tu perfume

    enredado con el   craw craw  de las gaviotas

en el crepúsculo rosicler del paisaje

                                                    de Costa Dorada

canta y nosotros echados en la húmeda arena

                                                               de la playa

Tú   arrecostada tu cabeza en mi brazo

yo   regocijado  en las playas de tu alma

                           contemplando aún la eternidad

que quiso hacernos suyos

  y tú esquivaste con tus repetidos "¡No te amo!

Canta tu perfume

                                      en mis instantes de vigilia

canta  en mis argénteos sueños

                                           ¿No sé si en los tuyos?

Porque amor como el que te tengo

                                                  eterna Amada mía

no lo gasta  el viento del tiempo

       así lleguen y se esfumen efímeros amores

¡No lo gasta!  Lo eterniza y siempre

                    emerge del jardín de los recuerdos

Con    El canto de tu perfume

                                           fragancis de mis días

que ronda aún nuestro paisaje

                                            en aroma de poesía.

como un Colibrí tatuado

                                              en nuestras almas.

José Vásquez Peña

Derechos reservados

         Ica - Perú

     20enero2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Afonso:


 

Manhãs

A Aurora chega afagando

Meus sonhos, acarinhando

Minha preguiça,

Despertando meu sono.

Os pássaros gorjeiam

Minha  história,

Poetizam minhas manhãs,

Encantam minha Rosa

Que aguarda o carinho

Do vento,

beijando seu tempo,

Amando as coisas do mundo

Na singela fração de um segundo.

Eu sigo caminhos,

Traço carinhos,

na boca de mel.

Para que a flor

Desperte no peito,

na forma, no jeito,

Numa poesia fresca de mar,

Numa doce manhã,

Num azul de céu.

P. A. S.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ricardo Melo:


 

O passado

O passado,

A palavra, já diz tudo...

Passado! Passado que já passou e não volta.

Ja passou, e como passou..

Evaporou,

E agora está distante, envelhecido, estragado, transcorrido, fedorento, antigo, enrugado e envelhecido...

Passou como um vento que soprou e levou e não mais voltou...

Se foi, escafedeu-se e se tornou primitivo, derradeiro, irretroativo, acabado, findou-se e está, encerrado....

Chega do ontem e obrigado por tudo...

Eis aqui o presente, ja é lucro...

E se me for autorizado,

Seja bem vindo oh!  futuro....

 Autor: Ricardo Melo

O Poeta que Voa

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Miguel Angelo Teixeira:


 

MAIS UMA LINHA EM BRANCO

Mais uma linha em branco,

Mais um risco na parede

de uma qualquer viela suja e fria,

mais um dia que nasce, apartado

da vontade de acordar ou de viver.

Rasga-se o corpo perdido, impuro,

ao silêncio engasgado na vergonha da fome,

no orgulho ferido vendido ao desbarato,

na vida cuspida pelas veias de quem já foi gente,

de quem…  já não sente mais.

Mais uma linha em branco que se esgota

na espera da bênção, na prece muda da morte,

da despedida dos que matei em vida,

dos que de mim se esqueceram

no pranto já seco de tantas lágrimas gastas.

Desculpem pais pelos sonhos desfeitos,

nos tentáculos penetrantes do vício,

às mulheres cuja inocência violei e maltratei,

ao filho que não soube amar, abandonado,

cego que estava possuído por falsos deuses e heroínas

que conduziram esta carcaça em braços

ao profundo abismo do meu ser mais insane e indecente

sombra errante sem futuro, saco já vazio de quereres

ao sabor  de um vento agreste perdido de sentido.

Despeço-me do passado embriagado de devaneios,

dos dias consumidos em lamúrias fúteis

em delírios consentidos e inconsequentes,

dilacerando a alma exangue quase fria, quase morta.

Adeus às drogas que um dia soaram quentes

e doces como amantes em pleno cío,

às desculpas, todos os dias inventadas

para a vítima que nunca fui,

para o homem que quis ser,

esquecido do que um dia foi esperança,

hoje ténue e amarga lembrança.

autor: Miguel Angelo Teixeira