quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Poesia de quinta na Usna: D'Araújo:

 


 Falta

 O lamento ardente que ecoa em meu ser,

e me queima diante a falta tua,

faz  lampejar no meu árduo peito....

Poema na integra no livro:

"Entre Lírios e Promessas"



Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:


 

Recompensa

Nunca trate sexo como recompensa, 

pois sexo é a entrega de dois corpos, 

em sintonia com o mesmo desejo.

Poema do livro:

"Entre Lírios e Promessas"

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:

 


Olhar

 

Por traz de um sublime olhar teu,

ferve um desejo insustentável.

E em minhas veias, meu sangue lateja,....

Poema na integra no livro:

"Entre Lírios e Promessas"



Poesia de Quinta na Usina: Augusto dos Anjos:


 

CORAÇÃO FRIO

Frio o sagrado coração da lua,
Teu coração rolou da luz serena!
E eu tinha ido ver a aurora tua
Nos raios d’ouro da celeste arena...
E vi-te triste, desvalida e nua!
E o olhar perdi, ansiando a luz amena 
No silêncio notívago da rua...
-- Sonâmbulo glacial da estranha pena!
Estavas fria! A neve que a alma corta 
Não gele talvez mais, nem mais alquebre 
Um coração como a alma que está morta...
E estavas morta, eu vi, eu que te almejo, 
Sombra de gelo que me apaga a febre,
 -- Lua que esfria o sol do meu desejo!

Poesia de Quinta na Usina: Augusto dos Anjos:



NOTURNO

Para o vale noital da eterna gaza Rolou o Sol 
-- imenso moribundo -- E a noute veio na negrura d’asa, 
Santificada pela Dor do Mundo!
U’a luz, entanto, no negror me abrasa, 
E um canto vai morrer no vale fundo...
Que luz é esta que das brumas vasa, 
Que canto é este, virginal, profundo?!
Rumores santos... e no santo arpejo, 
Somente tristes os teus olhos veho, 
Para o Infinito e para o Céu voltados!
Cantas, e é noute de fatais abrolhos...
Choras, e no meu peito estes teus olhos 
Como que cravam dois punhais gelados!

Poesia de Quinta na Usina: Augusto dos Anjos:



SEDUTORA

Alva d’aurora, e em lânguida sonata 
Vinhas transpondo a margem do caminho, 
Branca bem como empalidecido arminho, 
Alvorejando em arrebol de prata.
Bendita a Santa do Carinho, inata! 
E, ajoelhando à imagem do Carinho, 
O roble altivo entreteceu-te um ninho, 
Alva d’aurora, te acolheu a mata.
Pérolas e ouro pela serrania...
No lago branco e rútilo do dia
O azul pompeava para sempre vasto.
Chegaste, o seio branco, e, tu, chegando, 
Uma pantera foi-se ajoelhando, 
Rendida ao eflúvio do teu seio casto!

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:



IV

Nada alcança: tudo cede
Ao amoroso desmaio: —
Lumiando o par gentil,
Brilha amor como um fuzil,
Mas ao fuzil segue o raio.

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:



III

Oh! loucos, vede a verdade,
“Conhecei essa ilusão,
“Por que viveis seduzidos?”
Embalde contra os sentidos
Aflita brada a razão!...

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:


ESTRAGOS DE AMOR

II

Nos seus braços reclinados,
Beijando em ternos carinhos
Divinas faces mimosas,
Libais o néctar das rosas
Sem reparar nos espinhos!