Vejo a miséria
passar por mim feito alma penada
Em uma estrada que
não tem mais fim
Vejo as igrejas e
suas fachadas que não me dizem nada
Vejo mãos fechadas
em um abraço de lágrimas.
Seres insolentes e
incoerentes com suas correntes estendidas
em pulsos inertes e cabeças vazias
Vejo seres que um
dia insultarão seus senhores
Com palavras de
alegria
Porque liberdade
será sempre bem vinda não importa o dia.