sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Sexta na Usina: Poetisas da Rede: Jaime Nunes:

 


Vigiai os anjos

Que a farta

Noção da realidade

Venha lavrar fundo

Um plantio solidário

Cismado de amor

Entrelaçado

Feito cabelo

Encaracolado

No peito caído

Balançado

Ao vento espalhando

Jogando semente

Já classificada

De um sonho

Já realizado

No pouco caso

De alguém

Que julga Deus

Em sua existência

E não tem o amor

Nem a paciência

De ser bom e dedicado

Peço eu clemência

Piedade

Enviando um riso

Um raio de claridade

A quem vive no escuro

Vigiai os anjos

Os filhos da humanidade.

Jaime Nunes

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Major:

 


Por vezes olhos nos seus olhos

e simplesmente navego neles.

Pensando como seria o beijar

e o incógnito doce sabor

dos seus lindos lábios.

Paulo Major Poesia

Data, 17 de dezembro 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Antonio J Santos:

 


Fios de Algodão...

O que resta fazer com meus sonhos

Se como fios de algodão foram levados,

E nem mesmo sei para onde?

Só me restam lembranças...

Um dia duvidei dos meus sonhos,

Hoje já não duvido mais.

Vivemos um lindo sonho de amor...

Sonhos que foram levados pelo vento

Dançando igual poeira,

Apenas desaparecendo no vazio...

Penso, viajo com meu coração...

Lá está seu nome, seu lugar,

Pronto para sonhar outra vez.

Uma dúvida insiste e

Procura por uma resposta

Onde estão nossos sonhos?

Estão nas noites quando sai à lua,

Nas estrelas a cintilar,

Ou estão perto de mim?

Devem estar em algum lugar... Mas onde?

E para o meu desassossego,

Te busco, te procuro...

Por que você é vida, é amor...

Amor que sempre sonhei...

A: Antonio J Santos

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:Tubarão Santos:




O mal trato...revelado...

No retrato 3X4 ...Exposto...

é cara não é rosto...

dependurado na parede...

sem reboco...

no coração só o oco...

sonhos se vão...nos vãos das mãos...

como areia aos grãos...
o pratico ali estático...paralitico...
não se enquadra...só no enquadro...
na estatística...segue a risca...
não pisca...nem mosca...
se não é roça...
onde farinha pouca... meu pirão é primeiro...
fica ligeiro...ou não almoça...
vira janta... na santa ceia...não senta...
levanta...

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fernando Leal:

 


Convergência

... Não encontro os caminhos.

Eles que me encontram sempre.

Acho até engraçado  os espinhos.

Por mais que eu siga em frente.

Mas, caminhos sempre me perseguem, não estou sozinho...

Daí, vou lutando neste caminhar e confesso;

Que sinto sempre a me esperar um ninho.

Que me guia e ilumina, fazendo nascer à luz no caos...

E neste imbróglio, eu só quero o teu carinho.

Sigo a vida imponente, neste espelho sentimental,

Meu amor é refletido, como se fora um pergaminho,

Dissecado e lançado, parecendo um jogral.

Eu me encontro sempre vivo, voo como passarinho,

Alçando voo do ninho, alimentando-me no matagal.

Fernando Leal

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Cleber da Silva:

 


Sintonia

Como canção

Pura harmonia

Paixão

Sedução

Não sei

Só sei que a uma forte sintonia

Nossos beijos

São tão quentes e delirantes

Tudo tão intenso

Que nos deixa ofegantes

No mesmo instante que começamos a deixar as nossas roupas pelo chão

Nos envolve o tesão

Que penetra em nossa pele

Amor que queima

Prazer que ferve

Clima gostoso

Espero que não seja breve

Quero que esta noite seja o nosso prato principal

E no café da manhã seja tudo igual

Teu corpo nu

Me esperando na cama

Eu te mostrando

Como é que se ama

Cleber da Silva