sexta-feira, 3 de abril de 2020

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:Eduardo Benetti:



Punhalada ferina de uma mentira
Sangra meu peito líquido copioso
Chaga invisível que lancina em ardor
Que verte de minhas lágrimas o amor

Sob o sussurro de um choro lamurioso

Dor transfigurada na odiosa traição
Punhalada ferina de uma mentira
A queimar meu coração sobre a pira
E deixar meus restos em decomposição

São fragmentos de um crédulo morto
Atirados sob a perspectiva da realidade
Perdido na ilusão a viver a dura verdade
Em tortas promessas procura conforto

Em vão, deliro nas notas deste verso
Embriagado pela dor que vem e corrói
Quanto mais bebo, mais a chaga dói
Em linhas, com meus fantasmas converso...

Eduardo Benetti

Sexta Na Usina: Poetas da rede: João Batista De Melo:




te desenho em rendas

percorro os mais variados caminhos

contorno todas tuas linhas

mas desejo o mesmo destino

vou chegar

ao mesmo lugar



JBMN

Sexta Na Usina: Poetas da Rede:Dante Vitoriano Locateli:


Amor é doçura
Um poço de candura
Quem é você
que escolheu se perder.

Amor esse sentimento
Que eu adoro
Que eu lamento
É uma loucura.

Por tantos poetas desenvolto
Por dar ibope para ser pop
Para outros é perdição
Sem fazer fricote.

Acredite neste velho.
Fuja dele já
se voltar o aceite
deixe que volte
Não se revolte.

O amor é a pimenta
Que dá gosto e faz a boca arder.
Que nos olhos faz lacrimejar
e em vermelhidão não ver.

Amor é uma loucura
E a vida tem de ser louca
Para ser vida vivida.


Fazer o que?

Tem que ser sofrida.
Não me leve a sério
Porque eu sou louco.
Andarilho descalço


Nessa vida de caminhos

Perdido e maltrapilho.
Somente um andarilho.


AMANTE

Nós Amantes
somos somente caminhantes
andarilhos
maltrapilhos
Nesse mundo de caminhos
em uma terra de gigantes.

ANDARILHO (Versão completa de Amante  29/07/2015)

Dante Locateli

Fonte de origem:
http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/07/andarilho-amor-e-docura-um-poco-de.html?m=1

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:Luiz Alberto Quadros: Promessas:




Olhou o céu azul, anil,

de tão lindo parecia sorrir,

nos olhos uma lagrima gelada,

na face o rosa febril

mágoas de mil promessas,

juramentos não cumpridos.

-

Eram tudo, viraram nada,
juras ao pé dos ouvidos
que foram esquecidos
com a pressa de uma flecha.
-
Juramentos solenes
jogados a escanteios
sem qualquer enternecimento.
-
Prometer e não cumprir
coisas na vida que ensinam o viver.
-
As vezes viver é sofrer
a dor de ser a pretendida
que depois de usada
é simplesmente jogada,
deixada de lado,
até aprender que do nada
se tira uma força danada,
se rasga as juras esquecidas,
e esquecendo os tormentos da vida
levanta a cabeça, e segue a corrida,
pois se a lágrima era gelada
e a dor forte, dolorida,
nada de fato está perdido.
-
Mais vale enfrentar o aperto
esquecer o abatimento
e seguir novamente em frente.
-
A dor de uma promessa não cumprida
abate, dói e amargura a gente
mas passa quando se sente
que tem aquela força escondida.
-
Enxugou as lágrima e foi cuidar da vida.
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Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves



Atenção.

Este blog não usa imagens obscenas e nem palavras vulgares.

O autor encontra-se sempre a disposição dos seus leitores.

A confiança e respeito é sempre o mais importante.

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Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Luiz Medina:QUANDO:


Quando fores dizer que não me amas,

prepara-me um tempo antes,

cobre-me de beijos e carícias,

consola-me antes de dizer.



Quando fores dizer que não me amas,

sorri-me como antigamente,

para que eu nem sequer desconfie,

e quando disseres, antes me ama.



Quando fores dizer que não me amas,

dize brincando, para que eu não acredite,

dize baixinho, para que eu não ouça,

dize que foi para me fazer ciúmes.



Luiz Medina

Do livro PAVIO D’SPERANÇA.