quinta-feira, 30 de maio de 2019

Poesia De Quinta Na Usina:Mário Quintana: O anjo: PARA ELOI CALLAGE:






O meu Anjo da Guarda de asas negras tem uns olhos tão verdes como os teus.
E a mesma pele mate e... benza-o Deus!... também teus mesmos lábios dolorosos... Como o prendeste assim num sortilégio, para ficares - sempre - junto a mim?!
Ou fui eu que inventei tua aparência, nesta longa loucura sem remédio...
Pois não neste como no outro mundo o quanto eu vejo se transforma em ti.
Sei se o Anjo entende uns tais mistérios... Só sei que certa noite o pressenti...

Mas baixei os meus olhos incestuosos e os meus lábios sacrílegos mordi!

Poesia De Quinta Na Usina: Augusto dos Anjos: ODE AO AMOR:




Enches o peito de cada homem, medras Nalma de cada virgem, e toda a alma Enches de beijos de infinita calma...

E o aroma dos teus beijos infinitos Entra na terra, bate nos granitos

E quebra as rochas e arrebenta as pedras!

És soberano! Sangras e torturas! Ora, tangendo tiorbas em volatas, Cantas a Vida que sangrando matas, Ora, clavas brandindo em seva e insana Fúria, lembras, Amor, a soberana Imagem pétrea das montanhas duras.

Beijam -te o passo multidões escravas Dos Desgraçados! -- Estas multidões Sonham pátrias doiradas de ilusões Entre os tórculos negros da Desgraça

--         Flores que tombam quando a neve passa No turblhão das avalanches bravas!

Tudo dominas! -- Dos vergéis tranqüilos Aos Capitólios, e dos Capitólios
Aos claros pulcros e brilhantes sólios De esplendor pulcro e de fulgências claras,

Rendilhados de fulvas gemas raras E pontilhados de crisoberilos.

Sobes ao monte ondeo edelweiss pompeia Nalma do que subiu àquele monte!
Mas, vezes, desces ao segredo insonte Do mar profundo onde a sereia canta

E onde a Alcíone trêmula se espanta Ouvindo a gusla crebra da sereia!

Rompe a manhã. Sinos além bimbalham . Troa o conúbio dos amores velhos
-- As borboletas e os escaravelhos Beijam -se no ar...Retroa o sino. E, quietos Beijam -se além os silfos e os insetos

Sob a esteira dos campos que se orvalham .

E em tudo estruge a tua dúlia -- dúlia Que na fibra mais forte e até na fibra Mais tênue, chora e se lamenta e vibra...

E em cada peito onde um Ocaso chora Levanta a cruz da redenção da Aurora Como a Judite a redimir Betúlia!

Bem haja, pois, esse poder terrível,

--         Essa dominação aterradora

--         Enorme força regeneradora Que faz dos homens um leão que dorme
E do Amor faz uma potência enorme Que vela sobre os homens, impassível!

Esta de amor onde queixosa, Irene, Quedo, sonhei-a, aos astros, ontem, quando Entre estrias de estrelas, fosforeando, Egrégia estavas no teu plaustro egrégio Mais bela do que a Virgem de Corrégio

E os quadros divinais de Guido Reni!


Qual um crente em asiático pagode, Entre timbales e anafis estrídulos, Cativo, beija os áureos pés dos ídolos, Assim, Irene, eis-me de ti cativo! Cativaste-me, Irene, e eis o motivo, Eis o motivo porque fiz esta ode.

Poesia De Quinta Na Usina: Machado de Assis: VI:




Em vão! Contrário a amor é nada o esforço humano;
É nada o vasto espaço, é nada o vasto oceano.
Solta do chão abrindo as asas luminosas,
Minh'alma se ergue e voa às regiões venturosas,
Onde ao teu brando olhar, ó formosa Corina,
Reveste a natureza a púrpura divina!
Lá, como quando volta a primavera em flor,
Tudo sorri de luz, tudo sorri de amor;
Ao influxo celeste e doce da beleza,
Pulsa, canta, irradia e vive a natureza;
Mais lânguida e mais bela, a tarde pensativa
Desce do monte ao vale; e a viração lasciva
Vai despertar à noite a melodia estranha
Que falam entre si os olmos da montanha;
A flor tem mais perfume e a noite mais poesia;
O mar tem novos sons e mais viva ardentia;
A onda enamorada arfa e beija as areias,
Novo sangue circula, ó terra, em tuas veias!
O esplendor da beleza é raio criador:
Derrama a tudo a luz, derrama a tudo o amor.
Mas vê. Se o que te cerca é uma festa de vida,
Eu, tão longe de ti, sinto a dor mal sofrida
Da saudade que punge e do amor que lacera
E palpita e soluça e sangra e desespera.
Sinto em torno de mim a muda natureza
Respirando, como eu, a saudade e a tristeza;
É deste ermo que eu vou, alma desventurada,
Murmurar junto a ti a estrofe imaculada
Do amor que não perdeu, coa última esperança,
Nem o intenso fervor, nem a intensa lembrança.
Sabes se te eu amei, sabes se te amo ainda,
Do meu sombrio céu alma estrela bem-vinda!
Como divaga a abelha inquieta e sequiosa
Do cálice do lírio ao cálice da rosa,
Divaguei de alma em alma em busca deste amor;
Gota de mel divino, era divina a flor
Que o devia conter. Eras tu.
No delírio
De te amar — olvidei as lutas e o martírio;
Eras tu. Eu só quis, numa ventura calma,
Sentir e ver o amor através de uma alma;
De outras belezas vãs não valeu o esplendor,
A beleza eras tu: — tinhas a alma e o amor.
Pelicano do amor, dilacerei meu peito,
E com meu próprio sangue os filhos meus aleito;
Meus filhos: o desejo, a quimera, a esperança;
Por eles reparti minh'alma. Na provança
Ele não fraqueou, antes surgiu mais forte;
É que eu pus neste amor, neste último transporte,
Tudo o que vivifica a minha juventude:
O culto da verdade e o culto da virtude,
A vênia do passado e a ambição do futuro,
O que há de grande e belo, o que há de nobre e puro.
Deste profundo amor, doce e amada Corina,
Acorda-te a lembrança um eco de aflição?
Minh'alma pena e chora à dor que a desatina:
Sente tua alma acaso a mesma comoção?
Em vão! Contrário a amor é nada o esforço humano,
É nada o vasto espaço, é nada o vasto oceano!
Vou, sequioso espírito,
Cobrando novo alento,
N'asa veloz do vento
Correr de mar em mar;
Posso, fugindo ao cárcere,
Que à terra me tem preso,
Em novo ardor aceso,
Voar, voar, voar!
Então, se à hora lânguida
Da tarde que declina,
Do arbusto da colina
Beijando a folha e a flor,
A brisa melancólica
Levar-te entre perfumes
Uns tímidos queixumes
Ecos de mágoa e dor;
Então, se o arroio tímido
Que passa e que murmura
À sombra da espessura
Dos verdes salgueirais,
Mandar-te entre os murmúrios
Que solta nos seus giros,
Uns como que suspiros
De amor, uns ternos ais;
Então, se no silêncio
Da noite adormecida,
Sentires — mal dormida —
Em sonho ou em visão,
Um beijo em tuas pálpebras,
Um nome aos teus ouvidos,
E ao som de uns ais partidos
Pulsar teu coração;
Da mágoa que consome
O meu amor venceu;
Não tremas: — é teu nome,

Não fujas — que sou eu!






Crisálidas
Texto-fonte:
Obra Completa, Machado de Assis, vol. II,
Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994.
Publicado originalmente no Rio de Janeiro, por B.-L. Garnier, em 1864.

Poesia De Quinta Na Usina: Machado de Assis: O POETA:




Também eu, sonhador, que vi correr meus dias
Na solene mudez da grande solidão,
E soltei, enterrando as minhas utopias,
O último suspiro e a última oração;
Também eu junto à voz da natureza,
E soltando o meu hino ardente e triunfal,
Beijarei ajoelhado as plantas da beleza,
E banharei minh'alma em tua luz, — Ideal!
Ouviste a natureza? Às súplicas e às mágoas
Tua alma de mulher deve de palpitar;
Mas que te não seduza o cântico das águas,

Não procures, Corina, o caminho do mar!







Crisálidas
Texto-fonte:
Obra Completa, Machado de Assis, vol. II,
Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994.
Publicado originalmente no Rio de Janeiro, por B.-L. Garnier, em 1864.

D'Araújo: Sarau Beco dos Poetas: 30-03-2014:


Poesia De quinta Na Usina: D'Araújo: Debruçar:



Adoro tatear teu corpo nu na escuridão
das noites claras, mas com a imensa
clareza dos meus desejos

E os ensejos de um prazer sem fim e
debruçar meus sonhos no calor do
teu corpo, no sabor dos teus beijos.

E como a brisa em uma noite enluarada
acalentar minha alma e por entre teus seios
 sentir o deliciosos cheiro de sua pele,

 com este sabor intemporal de frutas frescas, 
que sacia todo meu desejo de te possuir sempre.




Conteúdo do Livro:


















Editora: www.perse.com.br

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Pensamento do Dia:

Devemos viver sempre entrelaçado a cada alvorecer, pelo desejo do amar eterno”.

“Confortavelmente feliz, na leveza do anoitecer com a alma plena.”



Esta e mais de 90 outras frases estão nesta edição comemorativa.
Para fazer o download grátis do livro basta clicar no link a baixo:

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Lin Quintino:



Descobri que não posso
ter controle, e nem ter garantias
de muitas coisas em minha vida.
E um deles é a vontade que tenho
de querer entender como as pessoas
sentem e agem. 
Se não tenho controle de mim própria,
como posso querer entender o outro.
Aceitar é tudo que posso fazer, e,
agindo assim, consigo que meu coração 
se acalme e perceba que não 
preciso ter garantias,
me basta sentir, esperar
pois tudo acontece no momento certo.
Aceitando isso, 
a insegurança diminui 
e assim eu espero
que um dia gostar me baste
sem que eu tenha que ter garantias
e que me basta apenas a luz
que vejo em teu olhar.


Lin Quintino.






















Link para adquirir o Livro: "Enquanto Deus Dormia."

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Maria Bittencourt:SOBRE O AMOR:


Há um fogo em meu corpo que mais 


parece a conspiração do inferno.

Esse fogo é que vive a queimar,na 

convulsão,na contemplação do que 
tenho que ignorar, interno. 
Fisionomias desfeitas de dor de amar, 
nas estações de outono, 
verão primavera e inverno
É a dança do olhar, é a dança dos ventos
É a homenagem deles, me deixarem viva 
pelo meu carisma.
Eles os meus amores eram humanos insanos...
Eles me tomavam nos braços, e me bebiam
aos tragos em seus lábios.
Quando me amavam, me machucavam
e eu mentia que o amor teria fim, e que 
em pouco tempo, ele sairia de mim.

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Ana Alencar: Entre Linhas:




Quero só um pouco

Desse teu tudo

Que tanto me fala
Quando teu falo
Me cala fundo

Ana Alencar

Quarta na Usina: Poetisas Da Rede: Elisabeth Gl. da Conceição:O Poeta:


Enquanto entoa um canto

capta se no momento 

palavras no ar.

Todo vazio vai se embora ,

o poeta quer falar
do amor que o inspira ,
da paixão que avassala
de momentos inebriantes ,
de seu eterno sonhar.
O amor a natureza
do sol...da lua...do mar ,
de tudo que inspira beleza ,
o poeta quer falar.
De encontros.. de desencontros ,
amores e desamores.
Sentimentos..... coração.
Simplesmente falar ,
está no seu ser
o dom de escrever...
que o amor está no ar.

Elisabeth Gl. da Conceição

terça-feira, 28 de maio de 2019

Pensamento do dia:



“Já não sabemos o que nos dói mais, se o sorriso infeliz, ou a infelicidade de ter que sorrir sempre...”




Conteúdo do Livro:



















Editora: www.biblioteca24x7.com.br

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Meu Partido é Minha Pátria: “Abemos Fome, Miséria, e Corruptos de Sobra: Agora só nos Falta Igualdade de oportunidade e Direito”



Diário de borda da nave chamada Brasil.

Já fazia alguns anos em que minha doce inocência, imaginava que a classe chamada  política brasileira tinha alcançado um amadurecimento, onde cada organização tinha encontrado e delimitado as suas próprias cotas de direito aos valiosos e de fáceis acesso aos metais públicos, dos eleitos.
Mais infelizmente a história dos reis e seus reinados são implacáveis em deixar claro que todos que alcançam o trono.
Nunca mais querem sair de lá. Seja pelas regalias que lhe são atribuídas, ou pelo tamanho incalculável de bajuladores que se formam ao seu redor, para abocanhar parte dos metais que lhe são ofertados para se perpetuarem no poder.
Mas os que estão de fora e que já provaram do maravilhoso néctar do manar dos eleitos.
Fazem qualquer coisa para voltar ao trono dos bem aventurados.
E hoje usam até os famigerados desejos de glorias dos senhores de “torgas” negras para alcançarem os seus objetivos.
Os plebeus esfomeados aceita fazerem qualquer coisa para receberem as sobras das farpas do nobre metal que envenena nobres espíritos, compram almas e alastram discórdias entre alienados sem propósitos, que não seja escapar do avassalo da miséria.
Ai chega o dia em que os milionários com seus acharques, os ricos em seus banquetes a classe média pagando a conta e os esquecidos em seus delírios, se fartam da cor do trono. Juntam-se na mesma heresia pautando os seus dias em memoráveis discursos em plena sintonia como nunca se via. Na esperança de novos dias. Que deixe tudo do mesmo jeito, mais com uma nova fantasia.
Por isso é com muito pesar que vejo os nobres senhores de torgas negras, cedendo ao apetite voraz das organizações criminosas que se alto se intitulam de partidos políticos.
Que comem sempre no mesmo coxo, mas brigam vorazmente para sentar-se do lado onde a lavagem é mais robusta.
É triste ver uma Pátria, com mais de duzentos milhões de cidadãos, se transformarem em reféns de quadrilhas de esquerda, de direita e todas as falsas ideologias politicas possíveis.
Todos juntos em um único proposito, quebra a nossa Pátria. Uma velha e bem sucedida prática oriunda das Américas. Onde se espalha a doença, e depois lhes oferta a cura,mesmo que seja  a duras penas.
E assim vão criando um exército de alienados lutando por um proposito que nem eles mesmos sabem qual.
Uma iluminada frente nacional pela instituição do caos. E enquanto isso nos porões dos templos e catedrais, os generosos representantes do “SENHOR” Se fartam arrecadando metais de todas as ideologias. Pois como diz a lenda, Na riqueza ou na pobreza em todos os tempos da história eles sempre multiplicaram os seus metais.
Hoje já não se consegue a olho nu, separar os frutos podres que se misturaram no mesmo balaio.
Diante o que se desenha em todos os segmentos, seja politico, organizações sociais, ou das instituições de justiça, fica claro que se faz inevitável à falência da nossa pobre Pátria. Pois essas instituições que deveriam nortear os rumos de uma Pátria livre.
Transformou a nossa constituição em uma desastrosa obra de ficção, onde nem os que a criaram a respeitam.
E os bem aventurados cidadãos estão confortavelmente prostrados com suas budas gordas e suas mentes esqueléticas e raquíticas na doce brisa do sofá da sala encantadas com o maravilhoso acalento vindo das gigantes e brilhantes telas que lhes mostram gratuitamente a direção a se seguir.
Neste incessante turbilhão de informações inúteis e muitas vezes desprezíveis.
Acabamos chegando a uma triste situação, que infelizmente quase todos os meios de comunicação responsáveis por manter a nação bem informada, seja ela publica ou privada, conseguem mentir até quando falam a verdade.
Por aqui, o que nos aparenta é que as únicas coisas em comum entre políticos, empresários, instituições da justiça e os nobres representantes do “SENHOR” São suas gordas contas no exterior não declarada.
Mas, aqui nos lastros dos pobres mortais e eternos famintos, cada um defende com unhas e dentes, as migalhas que lhe foram deixadas por esquecimentos.
E aqueles que se nega tampar os ouvidos diante estas heresias, ainda tem que ouvir alguns imbecis falando em democracia.
Por isso chego a triste conclusão que eu definitivamente seja um débil mental.
Pois sempre acreditei que a palavra “Democracia” denominava igualdades de oportunidades e de direitos.
Por isso prezados irmãos brasileiros, tenham cuidado, pois em muito breve vamos poder ver de uma forma bem clara, que estas mentes brilhantes formuladoras de opiniões.
Sejam elas de esquerda de direita ou de centro, seus únicos objetivos concretos e defender os seus nobres metais.
E que disso tudo não apareça mais um salvador para manter todos em seus devidos lugares. Milionários, ricos, classe média, pobres, miseráveis e as grandes republicas dos esquecidos.

Tenho esperança que um dia possa ouvir a palavra democracia que não seja para servir de subterfúgio para um novo Império.

D'Araújo.

Os 25 livros preferidos dos brasileiros;






Vocês devem se lembrar dos vários posts que fiz sobre a pesquisa do Instituto Pró-livro;
75% Dos Brasileiros nunca entraram em uma biblioteca | Quantos livros os brasileiros leem por ano? | Qual o escritor e os gêneros preferidos dos brasileiros? | por que o brasileiro não gosta de ler? . E quem leu lembra-se que eu esperava mais informações que seriam divulgadas. Pois bem, hoje uma leitora me enviou um link do portal G1 que divulga informações interessantes; hoje o post será sobre os 25 livros. Amanhã sobre os 25 escritores. Lembrem-se que sempre existe a comparação com a pesquisa de 2007.
Top 3 é formado por livros religiosos [sim, A Cabana é religioso]. Vemos a ascensão de dois livros que não existiam em 2007 e foram direto para a memória do povo. Uma interessantíssima informação é que Ágape havia acabado de ser lançado quando a pesquisa foi realizada. E ainda assim, figurou no 3o livro mais “marcante”. Bíblia estar em primeiro não é nenhuma surpresa. A Cabana, sim. Não esperava. Eu li o livro há muito tempo e não havia compreendido o seu poder sobre as pessoas. Acho que por toda a humanidade dada à Deus na obra, ela tornou-se referência no assunto.
O Sítio do Picapau amarelo também não é nenhuma surpresa estar entre os cinco primeiros. Já O Pequeno Príncipe é. Uma surpresa extremamente positiva. Afinal, foi um marco mundial.  Dom Casmurro, ok. E uma das maiores surpresas dessa lista, pra mim; Crepúsculo. Não que eu duvidasse do impacto que o livro causou em toda uma geração, mas jamais havia pensado que ocuparia o lugar entre os 25 livros. Ingenuidade minha, talvez. Ainda mais que ficaria na frente de Harry Potter [que em 2007 ocupava a quarta posição]. No 9o lugar um romance que nunca ouvi falar “Violetas Na Janela”, de cunho espírita. O interessante é que essa obra mantém a mesma posição que possuía na pesquisa de 2007. E fechando o top 10, “A Moreninha”, outra obra que entre os “clássicos” eu jamais imaginaria entre os dez.
Clássicos X Best-sellers
Fazem parte da lista catorze clássicos e onze best-sellers. Dos 11 best-sellers que eu considerei, apenas seis não estavam em 2007. Dos clássicos, apenasVidas Secas não fazia parte do top.
É interessante notar que alguns livros aparentemente não tão conhecidos ou rapidamente esquecidos pela mídia e pelos compradores fazem parte desse top. No entanto, a explicação é o quão a obra marcou seus leitores. E não estamos entrando aqui no mérito de qualidade, necessariamente. Mas no poder de ocupar um lugar eterno dentro do leitor. Algumas dessas obras são de caráter transformador e por isso é mais aceitável a sua presença. No entanto, outras são surpreendentes e interessantes. O que um livro como Violetas na Janela fez para seu público para merecer a nona posição? Pouca coisa certamente não foi.
Há muito o que se aprender com essas obras. Há algo nelas que pode ser aproveitado e analisado. Lembrem-se, não estou, necessariamente, falando de“qualidade literária”. É algo diferente. Algo que perpetua no leitor. E isso deve ser aproveitado por nós, tanto leitores como escritores. Afinal, o que “Moreninha” tem de tão diferente entre os clássicos pra ficar a cima das obras de Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Shakespeare?.
Esse estudo certamente foi um dos mais interessantes da pesquisa. Por isso, deixe sua opinião para criarmos uma discussão bacana acerca dos temas. O que você acha que eles livros fizeram aos seus leitores que outra, talvez, mesmo sendo melhores obras, não conseguiram?
*****
Gostou deste post? O Literatortura lançou uma revista com temática exclusivamente cultural, para que nossos leitores possam aproveitar de um conteúdo ainda mais aprofundado e qualificado! 

Fonte:
http://literatortura.com/2012/04/os-25-livros-preferidos-dos-brasileiros/