quarta-feira, 11 de julho de 2012

Crônica: A Revolução dos mortos.


       Enquanto os filhos da burguesia influente eram convidados a se retirar do país, os mesmo filhos da pátria operária e desafortunada eram massacrados em praça publica ou simplesmente torturados nos porões e corredores dos insolentes.
Como é sarcástica a capacidade dos bravos exilados brasileiros que se alto intitulam mártires da ditadura militar.
Será que em suas longínquas memórias eles serão capazes de acender as suas lembranças dos bravos cidadãos que enquanto eles debutavam seus olhares sobre a cultura estrangeira, estes bravos heróis esfacelavam seus espíritos em defesa de um ideal nacionalista, diante a imensa mão de ferro dos donos do poder. Quando é que todos vão se der conta, que só os filhos da burguesia eram exilados. Quantos serventes de pedreiros, mecânicos, eletricistas ou varredores de ruas foram exilados em Londres, Paris, Nova Iorque etc. Até quando vão ladear heroísmos se todos eram na verdade privilegiados pelas suas condições social do momento, e nunca ousaram realmente a desafiar a ordem estabelecida.
         Onde está à justiça à memória dos mortos, ou será que terão eles de se levantar de seus túmulos para fazer a revolução dos mortos por justiça as suas memórias.
Será que vamos todos continuar a utilizar os nobres meios de vivermos eternamente do heroísmo alheio com a grande benevolência dos hipócritas. Até quando os verdadeiros baluartes desta imensa pátria vão se resignar e assistir aos deleites deste bando de hipócritas que saqueiam os cofres públicos se alto intitulando defensores da democracia.
Que democracia é esta onde os homens que dão o seu suor e sangue para construí-la só recebem as migalhas, enquanto os senhores do poder, se deleitam em caviar nas poltronas da tranquilidade.