Poetar!... Transcender o corpo
físico...
Incorporar a alma de um
querubim!...
Ah! Poetar... Jogar o tempo ao
infinito.
Viver resignado o ardor de uma
quimera...
Sentir o lumiar em prosas e
versos...
Poetar!... Amear o vernáculo na
sua intensa pureza.
Bastar como as querubinas de
agora!...
Ah! Poetar... Ser
incondicionalmente oração...
Abrir os chacras e viandar além
do tangível e do intangível...
Soltar o espírito a outrem sem
indignação...
Poetar!... Ser um humano, sendo
total... integrar partes...
Paradoxo?... Esta é uma das
essências!... Levante à interpretação!...
Ah! Poetar... Passear de mãos
dadas pelas ruas sem preconceitos... tomar um sorvete...
Adjudicar ao próximo a próxima
reflexão...
Ser e estar em si como um invasor
alentador...
Poetar!... Ouvir o som do
universo em sintonia...
Tornar vivo o pálido e
transformá-lo em audaz...
Ah! Poetar... Não ver... Mas
sentir a gota do orvalho a alimentar...
Assim verás o orvalho a acamurçar
a flora, numa visão estonteante...
Ser brisa, mar, rios e o deserto
como uma sinfonia uníssona...
Poetar!... Viver um idílio e
codificá-lo ao mundo sem medo...
Orar a força do amor, sem se
importar com o por vir...
Ah! Poetar... É não mensurar, é
deixar ao encargo da brisa...
É permitir à métrica a
liberdade... As rimas ao sabor dos sentidos em comboio evolutivo...
É estar sempre descontente ao ver
uma folha de papel em branco...
FERNANDO LEAL.
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