Meio-dia.
O sol a prumo cai ardente, Dourando tudo...ondeiam nos trigais
D´ouro fulvo, de
leve...docemente... As papoulas sangrentas, sensuais... Andam asas no ar; e
raparigas, Flores desabrochadas em canteiros,
Mostram
por entre o ouro das espigas Os perfis delicados e trigueiros...
Tudo
é tranqüilo, e casto, e sonhador... Olhando esta paisagem que é uma tela De
Deus, eu penso então: onde há pintor, Onde há artista de saber profundo,
Que
possa imaginar coisa mais bela, Mais delicada e linda neste mundo?!
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