Vejo-te
O sol morno
afaga a manhã
mal sonhada
na humidade da bruma
enquanto espero
agitadamente a vida
que vem da terra negra
entre as rochas e a luz.
Vejo-te e amo
a vida e o poente
solidões bárbaras
sombrias chávegas.
Esperança
no sacudir explosivo
de melancolias encantadas.
O sol demora-se
no soar dos carrilhões.
Anoiteci sobre as peras
penumbrada
por terra e por água.
Rosário Pedroso
Nenhum comentário:
Postar um comentário