Vejo tudo, e não vejo nada
Por telefone, me desafiastes..
Perguntastes a mim, o que eu vejo de
minha janela.
Dela, eu vejo o sol, a lua, a rua, a
chuva, as nuvens, a vida me mostrar..
Dela, eu vejo o jardim, o jasmim, o
imenso céu florir em forma de versos...
Dela,
Dela eu posso ver tudo, e posso não ver
nada.
Vejo as matas, as maritacas, as
cachoeiras e lindas cascatas.
Vejo o entardecer, o amanhecer, o
anoitecer..
Vejo a poesia, o lindo dia.
E vejo Deus me dizer;
---Sou teu, e tu não me vês.
--Te cinjo, mesmo que não me conheces.
Vejo canarinhos me visitando e me
chamando para com eles cantarolar.
Vejo o arco iris me mostrar a melodia
em forma de orações.
Vejo também lá fora o meu carro sujo e
empoeirado me convidando para ser lavado para juntos, saírmos para passear.
Vejo as andorinhas, vejo o que os meus
olhos não alcançam.
Vejo o horizonte, e posso até enxergar
por de trás dos montes.
Vejo meu cachorrinho, o meu gatinho.
Vejo pessoas caminhando e enamorando.
Vejo as ondas do mar...
vejo eu, vejo minhas lágrimas e minha
voz gritando por ti..
Vejo o amor, vejo a dor..
mas não vejo,
Você....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
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