quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Noraldino Garbini:

 


ENTARDECER

Noraldino Garbini

Sentado no banco de tábua na varanda

No entardecer ensolarado de primavera

Quando o sol lentamente se descamba

E quando um silêncio, absoluto impera,

Nesta hora flutua por toda a atmosfera

Uma calmaria exageradamente branda.

Observo o comportamento das criaturas

Nesse entardecer tranquilo de primavera

Comforme o sol vai viajando nas alturas

A beleza do momento nessa hora exagera

Nuvens com a tonalidade da cor amarela

Vão transformando em graciosas figuras.

A fauna alada num espetáculo grandioso

De árvore em árvore vai e vem constante

As aves cantoras em gorjeios harmoniosos

E o sol lentamente escondendo nos montes

A tarde continua com o frescor confortante

A brisa trazendo no ar um perfume gostoso.

No galinheiro os seus moradores se recolhe

Subindo lentamente cada um em seu poleiro

Patos e marrecos se acomodam se encolhem

Alguns sabiás cantam nos pés de abacateiro

E ao meu lado no banco o meu companheiro

Meu vira lata escutando, minha gaita de fole.

As valsas sentidas nos silencioso entardecer

E a garotada brincando pelo terreiro de casa

Fumaça na chaminé subindo até desaparecer

E a mulher fazendo a janta no calor da brasa

Eu tocando a gaita fazendo a alma criar asas

Observando as belezas do calmo, entardecer.

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