ENTARDECER
Noraldino
Garbini
Sentado
no banco de tábua na varanda
No
entardecer ensolarado de primavera
Quando
o sol lentamente se descamba
E
quando um silêncio, absoluto impera,
Nesta
hora flutua por toda a atmosfera
Uma
calmaria exageradamente branda.
Observo
o comportamento das criaturas
Nesse
entardecer tranquilo de primavera
Comforme
o sol vai viajando nas alturas
A
beleza do momento nessa hora exagera
Nuvens
com a tonalidade da cor amarela
Vão
transformando em graciosas figuras.
A
fauna alada num espetáculo grandioso
De
árvore em árvore vai e vem constante
As
aves cantoras em gorjeios harmoniosos
E
o sol lentamente escondendo nos montes
A
tarde continua com o frescor confortante
A
brisa trazendo no ar um perfume gostoso.
No
galinheiro os seus moradores se recolhe
Subindo
lentamente cada um em seu poleiro
Patos
e marrecos se acomodam se encolhem
Alguns
sabiás cantam nos pés de abacateiro
E
ao meu lado no banco o meu companheiro
Meu
vira lata escutando, minha gaita de fole.
As
valsas sentidas nos silencioso entardecer
E
a garotada brincando pelo terreiro de casa
Fumaça
na chaminé subindo até desaparecer
E
a mulher fazendo a janta no calor da brasa
Eu
tocando a gaita fazendo a alma criar asas
Observando
as belezas do calmo, entardecer.
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