sábado, 29 de junho de 2013

Poema de Fernando Pessoa: A pálida luz da manhã de inverno:


A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão.
Não dão mais Esperança, nem menos Esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu Esperar.
O que tem que não ser

Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.

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