O tímpano está no
fim
A íris ficou
transparente.
O sentido se
desgasta.
Até o sentido está
transparente.
A pressa alcança a
pressa.
A terra arredonda a
terra.
A mente encosta a
mente.
Claro espetáculo:
cadê o olho?
Tudo perdido, nenhum
perigo
Força a mão heróica.
Corpos não se opõem
mais
Um contra o outro. O
mundo acabado
É semelhança em toda
parte.
Caem os nomes do
contraste
No centro que se
expande.
O mar seco estende o
universal.
Nem súplica nem
negativa
Perturbam a
evidência geral.
A lógica tem lógica,
e eles ficam
Trancados nos braços
um do outro,
Senão seriam loucos,
Com tudo perdido e
nada que prove
Que até o nada
sobrevive ao amor.
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