Os
deuses não sabem apanhar o momento esvoaçante como quem aprisiona um besouro na
mão,
não
sabem o contacto delicioso, inquietante do que - só uma vez! - os dedos
reterão...
Em
sua pobre eternidade, os deuses desconhecem o preço único do instante... e esse
despertar, ainda palpitante,
de
quem cortasse em meio um sonho vão. No entanto a vida não é sonho... Não:
aberta numa flor ou na polpa de um fruto, a vida aí está, eterna: nossa mão
é
que dispõe apenas de um minuto. E todos os encontros são adeuses...
(Como
riem, meu pobre amor... Como riem, de nós, [esses eternos deuses!)
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