Às vezes
sou rio
de corredeira
e você,
barca sem remo,
muito perto da queda d’água.
Às vezes sorrio
já em alto-mar
e só então você embarca.
Sem bandeira branca
sou nua,
nau sem âncora,
navio pirata.
Sem você não aporto:
o capitão está morto
e a bússola, quebrada.
Não há porto
pra uma amotinada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário