Quarto ocupante da Cadeira 7, eleito em 22 de maio
de 1947, na sucessão de Afrânio Peixoto e recebido em 14 de agosto de 1948 pelo
Acadêmico Alceu Amoroso Lima.
Afonso Pena Júnior (A. Augusto Moreira P. Jr.),
advogado, professor, político e ensaísta, nasceu em Santa Bárbara, MG, em 25 de
dezembro de 1879, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de abril de 1968.
Filho do ex-presidente da República Afonso Moreira
Pena, conselheiro do Império, e de d. Maria Guilhermina de Oliveira Pena, fez
os estudos primários em Ouro Preto, MG e cursou humanidades no famoso Colégio
do Caraça. Prestou exames preparatórios no Ginásio de Barbacena. Bacharelou-se
pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1902. Na mocidade, pertenceu a
grupos literários, em Belo Horizonte, com denominações simbólicas sugestivas -
Jardineiros do Ideal e Cavaleiros do Luar - e cultivou a poesia simbolista.
Dedicou-se ao magistério e à política militante.
Foi professor de Direito Internacional Público e de Direito Civil na Faculdade
de Direito de Belo Horizonte e secretário do Interior do Estado de Minas
Gerais. Eleito deputado estadual em duas legislaturas (1902-1907 e 1908-1912),
renunciou à cadeira para se entregar à memorável campanha civilista, combatendo
a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca, de quem se fizera adversário.
Convidado pelo presidente Artur Bernardes, retornou à Câmara Estadual, de que
foi líder. Posteriormente foi consultor jurídico do Banco do Brasil; professor
de Direito Civil, na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Rio de
Janeiro; juiz do Superior Tribunal de Justiça Eleitoral e ministro da Justiça.
Foi membro do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura e reitor da
Universidade do Distrito Federal, além de presidente da Comissão Permanente do
Livro do Mérito.
Escreveu o livro A Arte de Furtar e seu Autor,
resultado de longas pesquisas comprovando a autoria de Antonio de Sousa Macedo.
Estudando o enigma da autoria das Cartas chilenas, escreveu o prefácio do livro
do professor Rodrigues Lapa, chegando à conclusão de que o autor era Tomás
Antônio Gonzaga.
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