O
pavor e a angústia andam dançando... Um sino grita endechas de poentes...
Na
meia-noite d´hoje, soluçando, Que presságios sinistros e dolentes!... Tenho
medo da noite!... Padre nosso
Que
estais no céu... O que minh´alma teme! Tenho medo da noite!... Que alvoroço
Anda nesta alma enquanto o sino geme!
Jesus!
Jesus, que noite imensa e triste! A quanta dor a nossa dor resiste
Em
noite assim que a própria dor parece... Ó noite imensa, ó noite do Calvário,
Leva
contigo envolto no sudário
Da
tua dor a dor que me não esquece!
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