Sobre a autora:
Eu nasci em 30 de Dezembro de 1986, de Capricórnio, e era a única
criança na maternidade no Rio de Janeiro no dia. Era véspera de Ano Novo e meu
primeiro feito no mundo foi impedir minha mãe de curtir as badaladas festas
cariocas.
Minha mãe, dona de escolas e uma grande professora desde que me entendo
por gente, sempre me deu livros de presente. Eu fui uma criança muito quieta,
quase não chorava, não incomodava ninguém e isso acompanhou minha infância
toda. Com três anos de idade eu li meu primeiro livro que chamava Rei Arthur e
os Cavaleiros da Távola Redonda, li sozinha, sentada num quarto de brinquedos
que eu e minha irmã dividíamos. Enquanto as crianças passavam o tempo caindo do
escorrega eu me desgastava em cadernos, canetas, giz de cera e letras. Não que
eu também não brincasse, claro. Aos cinco anos eu escrevia tudo que uma criança
da primeira série escrevia. Era sempre retirada de sala de aula porque
terminava tudo primeiro e as professoras queriam me adiantar porque, o que uma
criança faz no Jardim II sabendo o mesmo que crianças da Classe de
Alfabetização? Eu nunca fui adiantada na escola, graças a Deus. Mas obriguei
minha irmã e amigas de infância a brincarem de “escolinha” comigo. Ursos e
bonecos eram alunos e haja saco pra redigir uma redação pra cada um! Não é à
toa que elas me evitavam… Meus livros prediletos, desde então, eram os da Bruxa
Onilda, os sobre o Rei Arthur (meu filme preferido era o desenho A Espada era a
Lei, da Disney) e vários outros que meus colegas não conseguiam ler.
Meu pai, músico e Beatlemaníaco desde que existe (toca baixo em uma
banda cover de Beatles, Brazilian Beetles), também professor e uma pessoa
extremamente bondosa e carinhosa, sempre me incentivou a falar em inglês (só me
chamava de “baby”, chamava ele mesmo de “dad”, etc), a cantar músicas, a fazer
vídeos caseiros e tudo mais. Eu e minha irmã nos juntávamos todo fim de semana
pra interpretar a Escolhinha do Professor Raimundo (eu era o Professor Raimundo
e minha irmã mais nova o Seu Boneco!) e ele filmava. Com quase oito anos eu
gravei uma novela chamada Despedida de Solteiro (Wikipédia) e neguei um convite
pra desfilar com a Xuxa (é, eu era loira, pequena e super fofinha, mas não era
idiota). Meu pai briga comigo até hoje por conta disso. Nunca tive veia
artística pra música então, com meus dez anos, eu quis ser paleontóloga.
Admito que quando Harry Potter entrou na minha vida (eu tinha uns 14
anos) a coisa toda começou a mudar. De nerd eu passei a super nerd e meu
passatempo predileto era passar os dias na internet discada da casa que morava
lá em Alto Paraíso (cidade mística em Goiás). Lá não tinha shopping nem
livrarias e eu esperava dias a fio pelos livros da saga que meu pai comprava no
Rio e me mandava pelo Correio. Enquanto isso eu lia O Mundo de Sophia, os
livros de Paulo Coelho (O Alquimista é meu favorito) e as aventuras da Molly
Moon. Ouvia Gun´s and Roses, música eletrônica (Alto Paraíso é o berço das
raves e das religiões alternativas do Brasil então a gente frequentava festas e
Trancendences desde novinhas) e muito Beatles. Muito. Nessa época eu tinha um
caderno que eu escrevia loucamente várias aventuras de personagens que
inventava. Eram bruxos, vampiros, mágicos e segredos escondidos pra todos os
lados. Sempre vivi nesse mundinho à parte.
Eu também sempre fui mais boba que as outras pessoas. Sempre tive muita
paciência (minha irmã é a prova viva disso!), nunca brigava com ninguém, era
amiga de todo mundo e passava mais tempo sozinha do que outra coisa. Tive e tenho
muitos amigos. Sou uma muito desleixada, por sinal. Sempre esqueço aniversário,
não sei consolar ninguém e se me contar problemas é capaz de eu fazer piada em
cima deles porque simplesmente não sei lidar com essas coisas. Jeito Chandler
de viver, sabe? Não sei lidar com perda, com injustiças e com coisas que na
minha cabeça sempre foram “de gente grande”.
Com meus dezesseis anos eu comecei a escrever fanfics de Harry Potter
com um codinome esquisito, que todo mundo acabou me conhecendo por: Luna
Pankiston. Era uma loucura, a gente tinha eventos sempre, muitos amigos e
muita, mas muita fanfic. Sempre fui à favor de Voldemort, Comensais da Morte e
Draco Malfoy, só pra constar. Minhas histórias eram basicamente sobre isso. Se
quiser, veja algumas vergonhas online que ficaram no Fanfiction.net aqui.
Muitas outras foram evaporadas de antigos sites como 3Vassouras e Beco
Diagonal.
Com uns dezoito anos, estudante de Cinema (louca por Tim Burton e
Hitchcock) e fã de Westlife com minhas amigas, conheci McFLY e então minha vida
mudou completamente. O McFLY Addiction surgiu, Fanfic Addiction surgiu e a
possibilidade de escrever interativamente surgiu. Minha primeira fanfic de
McFLY foi Um Bem Mal Entendido e foi uma honra ter podido iniciar o FFADD com
ela. Leia as fanfics que ainda estão por lá. Pegando o gosto pela coisa (e
irreversivelmente Jones!) passei a escrever outras histórias, entre elas Sábado
à Noite. E era tanta influência de todos os lados! Os marotos de Harry Potter,
as patricinhas de Meninas Malvadas, Os Três Mosqueteiros, músicas e músicas,
Kevin e meninos de boyband… que foi uma epifania total de vontades e SAN se
tornou minha história de amor predileta. Sempre fui confusa com as coisas,
indecisa e chorona. Sempre adorei fazer amigos, mas nunca fui muito sociável. E
eu já tive meus momentos de popularidade na escola, que hoje só me trazem
lembranças engraçadas (quem vai de salto alto e mochila de rodinhas pra escola
na sétima série sendo as únicas que a diretora permitia esse feito?).
Gosto de escrever sobre tudo. Desde romances adolescentes e personagens
complicadas, até histórias fantásticas de personagens sobrenaturais e
esquisitos. Gosto da linguagem adolescente, engraçada, com muitos diálogos e
imaginação. Sou péssima em descrição e meu professor de Roteiro desgostava de
tudo que eu escrevia por causa disso. “Isso aqui é cinema, não livro. Em livro
pode ter muito diálogo, não em roteiro!” Tudo bem, professor, eu faço um livro.
Na verdade, eu sempre quis ser um rockstar. Mas acabei escrevendo um
livro.
Fonte de origem:
http://www.babidewet.com/sobre-2/
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