(Marino, abril de 1490 - Roma, 25 de fevereiro de 1547), Marquesa de
Pescara, foi uma poetisa da Itália.
Era
filha de Fabrizio Colonna, grande condestável de Nápoles, e de Agnese de
Montefeltro. Foi uma das mulheres mais notáveis da Itália quinhentista. Ainda
jovem casou-se com Fernando de Ávalos, Marquês de Pescara, que morreu na Batalha
de Pavia lutando ao lado de Carlos de Lannoy. Tornou-se autora de poesias
louvadas como impecáveis, das mais importantes continuadoras da tradição de
Petrarca em sua geração, uma mediadora política, reformadora religiosa, e seus
méritos próprios foram amplamente reconhecidos ainda em sua vida, mas a
historiografia posterior a retratou indevidamente mais como uma figura passiva,
à sombra de grandes homens que conheceu, entre eles Michelangelo.[1] [2]
É
possível que tenha encontrado Michelangelo em torno de 1537, mas sua relação só
se estreitou em torno de 1542 quando Michelangelo já era idoso e ela, viúva há
dezessete anos. Discutiam arte e religião. Para ela Michelangelo escreveu
várias poesias e produziu desenhos, e ela por sua vez dedicou-lhe também uma
série de poemas. Walter Pater comparou a relação de ambos com a de Dante e
Beatriz.[3] Da parte de Vittoria, Abigail Brundin disse que as poesias que ela
dedicou ao seu amigo revelam um esforço de lidar com a responsabilidade pela
sua vida interior e de compartilhar os frutos do labor no espírito de uma
comunhão evangélica com alguém que passava pelas mesmas dúvidas e agitações de
alma.[4] Michelangelo esteve presente em sua agonia, e ela faleceu em seus
braços, enquanto ele em lágrimas beijava suas mãos sem cessar. Mais tarde
arrependeu-se de não ter ousado beijar-lhe a testa e a face. Condivi registrou
que após a morte de Vittoria Michelangelo passou um longo período transtornado,
como se tivesse perdido a razão. Em um soneto expressou sua tristeza e revolta,
e disse que jamais a natureza fizera face tão bela.
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