quinta-feira, 28 de maio de 2020

Sexta Na Usina: Poetas da Rede: António Ramalho: amor:

amor

Só tu e eu

Só tu e eu,
onde quero estar,
devia ser o que confirmar,
o amor que se aproximou.

O que é meu,
que nunca tinha visto dançar
tanto quanto o teu olhar me tirou o fôlego,
que não há uma mulher tão bela,
ao teu amor
que dançou em mim,
na morada que sou,
para dizer onde estava o nós,
que não acreditaste em mim.

A maneira de ver a verdade,
que diz que nunca esquecerei o dia,
ao dia em que te vi,
que se tornou amor na questão,
de nunca ninguém ter brilhado como tu,
no significado da expressão.

Só tu e eu,
que somos o postal do amor,
onde está o brilho
que se tornou a alma,
ao momento porque nunca esquecera
a maneira como vives
por falares o que sentes,
que é o desejo onde tropecei
ao olhar para ti.

Ficámos onde não está o tempo.

O tempo como sinal,
que perdi por não te ter,
ao meu lado que sei perguntar,
são os dias por dizer.

Nas lágrimas
que se lembraram de acordar,
saiu a imaginação
a ofereceu a dor
ao porquê que nunca disseste.

A verdade que for aparecer
nas flores que o tempo enviou,
era o desejo do teu beijo
à minha vida que somos,
o que queira saber o tempo,
ao que foi o amor.

Sem ti,
a saudade revelou a realidade,
ao lugar que se tornou
o que não explica,
que as flores secaram
nas palavras como coincidência
ao porquê da tua ausência.

As flores de ninguém,
disseram o teu nome,
na chama que apagou a esperança.

Na distância do céu
que me chama,
é a raiz que não é,
ao momento de amor que descobri
o que poderá perguntar
o que não queria,
que é a minha vida
sem as tuas palavras de amor,
a levar o meu caminho
de quem será
porque foi encenar a solidão.

Em cada passo a chamar a ação,
eu e tu,
na paixão que procurou a vida,
terá as lágrimas que são palavras.

Quando morrer,
levo da vida a dor,
ao verbo que é um sentido
que talvez seja o que disse o tempo.

Na vida que pensava ter,
vive um desejo na fronteira da liberdade.

A razão que não permitiu
que vivesses ao meu lado
ficou no portão do sempre.

Sem ti,
não consigo perceber o que o amor é.

Porque não posso esquecer
a tristeza de não te ter,
de saber que sou apenas
um olhar na luz que deveria tocar.

Sem ti,
não posso mais caminhar
no mundo que se desvanece.

A lua em fogo no céu enorme,
chora na tristeza
que tocar o que não aparece.

Queria estar no teu caminho,
queria ficar em ti,
à espera das estrelas,
no sol que está a nascer.

Eu não possa viver a vida no mistério.

Perdi-me um dia nos teus olhos
e no teu abraço,
senti elevar-me ao céu
no amor que chamou por nós.

Não sei o porquê,
mas não consigo negar o que senti,
que apareceu sob destino
esculpido no teu corpo.

Não serei encontrado
para compreender a chave…

Nos teus olhos disse existir,
o que só precisava de estar.

António Ramalho
(Direitos de autor reservados)

Nenhum comentário:

Postar um comentário