segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Terça na Usina: Blogs de Literatura Na Rede: Revista conexão literatura:


João Bernardo Oliveira, 41 anos, autor, terapeuta holístico e roteirista, formado pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Carioca, torcedor do Botafogo (embora prefira o remo e rúgbi a futebol), é amante de um bom café e de música barroca, além de mate (do galão antigo) com biscoito globo na Praia do Leme, onde espera mergulhar outra vez quando tudo isso passar. 

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

João Bernardo Oliveira: A literatura invadiu-me antes mesmo de eu percebê-la. No fundo de algum armário entulhado, escondem-se vestígios do que escrevia freneticamente aos garranchos, ainda nas primeiras séries do antigo primeiro grau. Naquela época, quase tudo era livremente “inspirado” em filmes, séries e HQs. Poderia mencionar as gravações em cassetes ou os primeiros rabiscos do que se pretendiam histórias em quadrinhos, não irei tão longe.
Seria difícil precisar minhas motivações na época. Um pouco de timidez ou o fato de o livro fazer-se presente em minha vida desde sempre. O lar não era daqueles super cultos onde as crianças mal nascem e já recitam grego, porém tive bastante incentivo à leitura por parte de minha mãe, que lia muito para mim. E quando eu ficava doente, era certo, leria algumas crônicas do Febeapá, de Stanislaw Ponte Preta. A solidão e a falta de opções recreativas foram outras grandes incentivadoras. Só em plena adolescência tive acesso aos meios de lazer doméstico da época, como videocassete e videogame. De algum modo, aquela vida, até certo ponto restrita, empurrou-me para a leitura e a imaginação. Reinações de Narizinho, por exemplo, longe de sugerir um programinha de TV, jogou-me em um cinema 4D trilionário. Seria impossível mencionar todos os tipos de incentivos que me conduziram à paixão pela escrita, um livro da série vagalumes emprestado por um primo mais velho aqui, livros intrigantes presenteados pela madrinha ali, a biblioteca de escola pública, os passeios pelo CCBB... Só para não deixar citar alguns.      
Embora o desejo de publicar estivesse sempre lá, somente com uns vinte e três anos, em plena faculdade de Direito, escreveria seriamente com esse fim. Período no qual publiquei alguma coisa. Só voltaria a publicar quase uma década depois na atual fase da vida. 
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