terça-feira, 9 de junho de 2020

Poesia de Quinta Na Usina: Mario Quintana: A árvore dos poemas:


Quando a árvore dos poemas não poemas, Seus galhos se contorcem todos como mãos de [enterrados vivos.

Os galhos desnudos, ressecos, sem o perdão de Deus! E, depois, meu Deus, essa lenta procissão de almas [retirantes...

De vez em quando uma tomba, exausta a beira do [caminho,

Porque ninguém lhe chega ao lábio o frescor de [cântaro, a doçura de fruto que poderia haver num [poema.

Maldita a geração sem poetas que deixa as almas [seguirem, seguirem como animais em estupida [migração! Quando a árvore dos poemas não poemas, Qual será o destino das almas?


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