O amor
é delicado como asas de borboletas.
Um
vento forte demais esgarça a trama e a sutileza de suas cores.
O amor é sensível tal como as antenas da borboleta que percebe
afrontas e rumores de morte, e em qualquer terreno
impróprio, desmaia e se esvai.
O amor é uma borboleta frágil e indefesa. Ferida em lugar inóspito, moribunda,
anseia a mão que a salve, o coração bondoso que acolha,
o jardim que
lhe sare das agruras vividas.
O amor nasce e morre todo dia, feito a pequena borboleta machucada,
com asas
dilaceradas, olhos inertes, cores desbotadas...
O amor morre na dor da inospitalidade, mas renasce em um outro jardim,
numa outra
flor, noutras mãos e no coração de quem sabe quanto é terno o amor,
Leve e
raro, como asas de borboletas em dia azul claro.
O amor
é uma borboleta, dengosa,
E
há de se ter por ele, imenso cuidado
Para
que renasça sempre em lugar apropriado.
Paula
Belmino
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