As
tardes perderam viço,
Murcharam
todas as rosas
Tão
lindas, férteis, cheirosas,
Quando
a tristeza chegou.
Murcharam
todas as árvores,
Apodreceram
os frutos,
Não
duraram dois minutos
Depois
que o calor findou.
Era
tudo tão formoso,
Tantas
carícias suaves,
O
doce canto das aves
Formavam
bela harmonia!
Mas
isso tudo acabou…
Há
ventos impetuosos,
E
tristes cantos chorosos
Das
aves em agonia.
Caminho
tão cabisbaixo
Por
esses secos caminhos,
Notando
que só espinhos
Restaram
por toda flora.
Folhas
secas são tapetes
Anunciando
a chegada
Dos
meus passos na morada
Da
desolação de agora.
Ramos,
galhos, troncos, folhas,
São
emblemas da paisagem
Murchando
com a passagem
Dos
meus passos pelo chão…
Ecoam
cantos chorosos,
Pelas
matas tão despidas,
As
vozes bem doloridas:
Os
ais do meu coração!
Ezequiel
Alcântara Soares
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