Talvez um dia
Ainda chovas
Em mim
Um dilúvio de amor
Assim
Numa nuvem
De magia
Que passa
Uma água cristalina
Que escorre
Suor
No meu corpo
Devorador
Me abraça
E entranha
Na roupa
De cetim
Seduzida
Pelo calor
Da chama
Emotiva
Explosiva
Que aquece
E não esmorece
Num fulgor
Perdida
E em linhas
Travessas
Louca
Adormece
Em poros de afagos
E carícias
Em suspiros calados
De delícias
Num ventre acolhedor
Que me vira às avessas
Sim
Olho o céu
Frequentemente
Adormeço
Suavemente
Neste azul infinito
Num véu
Transparente
De farrapos de algodão
Branco
De encanto
Tão bonito
Onde repouso
O desejo
Neste leito
Onde espero
E quero
Que chova
Nem que seja
Como quem beija
O meu peito
Aberto
E ele te acolha!
Luísa Rafael
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