O Planeta terra, a poesia, a literatura, e a dramaturgia, perdeu um dos seus filhos mais ilustres. Perdemos um homem que jogava luz nesta
devasta escuridão da subcultura dos imbecilizados, da nossa Pátria amada, um autor que ousou ser ele
mesmo, que fez de cada personagem seu, uma extensão da sua simplicidade do
viver.
Mais sem perder a voracidade
do conhecimento nem a capacidade de espalhar com suas próprias palavras. Cada
verbo, cada frase, cada palavra, cada silaba, cada letra, cada vírgula, cada
ponto, e cada acento no seu devido lugar.
Um homem
comprometido com seus ideais de igualdade aos homens, do direito ao conhecimento e a cultura,
seja ele em qualquer parte do mundo que habite.
Um autor capaz de introduzir
tanta alma aos seus personagens, que eles se tornavam um ser palpável entre nós.
Certamente, Ariano Suassuna não será lembrado, pelo intelectual que se
transformou com sua vasta obra, em quantidade e qualidade, e sim pelo intelecto
do ser que foi, em transformar ditas pequenas coisas caipira e regionalista,
pelos abutres literários. Em verdadeiros diamantes de pura beleza cultural
popular.
Um ser capaz de colocar a realidade sertaneja na literatura de uma
forma que a própria realidade fica mais fácil de ser compreendida, certamente o
criador será generoso com a sua simplicidade do viver, e lhe dará o que lhe for
de melhor.
Perdemos um grande homem, um grande autor, uma nobre alma, mais
certamente os sarais celestiais ficaram bem mais ricos em conteúdo e alegria, a
partir de agora.
Ariano Suassuna. Um
mito, uma lenda, um homem que mostrou ao mundo, e principalmente a nós mesmo,
que quando queremos somos capazes.
Vai em paz, bravo
guerreiro da cultural do meu querido Nordeste.
Imortal em mim foi desde o dia que li sua
primeira obra, inexequível desde o dia que tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente.
Minha maior tristeza
é por ver mais uma mente pensante silenciar.
Pois cumpriste seu
papel com louvores.
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