Na vasta
enfermaria ela repousa Tão branca como a orla do lençol Gorjeia a sua voz
ternos perfumes Como no bosque à noite o rouxinol. É delicada e triste. O seu
corpito Tem o perfume casto da verbena.
Não são
mais brancas as magnólias brancas Que a sua boca tão branca e pequena.
Ouço dizer:
- Seu rosto faz sonhar! Serão pétalas de rosa ou de luar? Talvez a neve que
chorou o inverno...
Mas vendo-a
assim tão branca, penso eu: É um astro cansado, que do céu
Veio
repousar nas trevas dum inferno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário