Quando
o sol vai caindo sob as águas Num nervoso delíquio d´ouro intenso,
Donde vem
essa voz cheia de mágoas
Com
que falas à terra, ó mar imenso?
Tu falas de festins, e cavalgadas
De
cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que
dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d´epopéias? Tens anseios D´amarguras?
Tu tens também receios, Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa
voz, ó mar amigo?...
...Talvez
a voz do Portugal antigo, Chamando por Camões numa saudade!
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