Poeta
da saudade, ó meu poeta qu´rido Que a morte arrebatou em seu sorrir fatal, Ao
escrever o Só pensaste enternecido Que era o mais triste livro deste Portugal,
Pensaste
nos que liam esse teu missal, Tua bíblia de dor, teu chorar sentido Temeste que
esse altar pudesse fazer mal
Aos
que comungam nele a soluçar contigo!
Ó
Anto! Eu adoro os teus estranhos versos, Soluços que eu uni e que senti
dispersos Por todo o livro triste! Achei teu coração... Amo-te como não te quis
nunca ninguém,
Como
se eu fosse, ó Anto, a tua própria mãe Beijando-te já frio no fundo do caixão!
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