É noite. E o choro ora, agoniza, pousa sua fronte leve e indefinível sobre um túmulo gris, invisível. E eu (anverso inacabado) encerro os pesadelos de outrora, mero disfarce: um sonho, só - e é tão só agora o breu que espera, é hora. Meu último ato incinera símbolos e os muros sem fim abismos sem fundo e eu simplesmente calo, exalo o exato fragmento do nada: um segundo e o tudo que já não se sabe, que não se cabe, quem sabe enfim acabe, meu mundo? Enfermo suspiro, gozo profundo, estéril adeus.
O indelével, tecendo bainhas de ouro num destino mordaz, sorri a inocência de quem pouco espera, ou crê. Inverso da desejada ignorância, resigna-se persigna-se e carrega o fardo de saber-se livre, pisoteando, solitário, o estratégico drama - do que julgam ser.
O indelével, tecendo bainhas de ouro num destino mordaz, sorri a inocência de quem pouco espera, ou crê. Inverso da desejada ignorância, resigna-se persigna-se e carrega o fardo de saber-se livre, pisoteando, solitário, o estratégico drama - do que julgam ser.
Tão belo, tão profundo...emocionou-me.
ResponderExcluirSenti como viver é volátil e finito.
Parabéns Renata Rothstein