domingo, 22 de dezembro de 2019

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Castro Alves (1847-1871) foi um poeta brasileiro. O último grande poeta da terceira geração romântica no Brasil. "O Poeta dos Escravos". Expressou em suas poesias a indignação aos graves problemas sociais de seu tempo. Denunciou a crueldade da escravidão e clamou pela liberdade, dando ao romantismo um sentido social e revolucionário que o aproxima do realismo. Foi também o poeta do amor, sua poesia amorosa descreve a beleza e a sedução do corpo da mulher. É patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira

Castro Alves (1847-1871) nasceu no município de Muritiba, Bahia, em 14 de março de 1847. Filho do médico Antônio José Alves, e também professor da Faculdade de Medicina de Salvador, e de Clélia Brasília da Silva Castro. No ano de 1853, vai com sua família morar em Salvador. Estudou no colégio de Abílio César Borges, onde foi colega de Rui Barbosa. Demonstrou vocação apaixonada e precoce pela poesia. Em 1859 perde sua mãe. Em 24 de janeiro de 1862 perde seu pai. Casa com Maria Rosário Guimarães e nesse mesmo ano foi morar no Recife, onde ingressou no curso de Direito. A capital pernambucana efervescia com os ideais abolicionistas e republicanos e Castro Alves recebe influências do líder estudantil Tobias Barreto.
Castro Alves publica em 1863, seu primeiro poema contra a escravidão "A Primavera", nesse mesmo ano conhece a atriz portuguesa Eugênia Câmara que se apresentava no Teatro Santa Isabel no Recife. Em 1864 ingressa na Faculdade de Direito do Recife, onde participou ativamente da vida estudantil e literária, mas volta para a Bahia no mesmo ano e só retorna ao Recife em 1865, na companhia de Fagundes Varela, seu grande amigo.
Castro Alves inicia em 1866, um intenso caso de amor com Eugênia Câmara, dez anos mais velha que ele, e em 1867 partem para a Bahia, onde ela iria representar um drama em prosa, escrito por ele "O Gonzaga ou a Revolução de Minas". Em seguida Castro Alves parte para o Rio de Janeiro onde conhece Machado de Assis, que o ajuda a ingressar nos meios literários. Vai para São Paulo e conclui o Curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco.
Em 1868 rompe com Eugênia. De férias, numa caçada nos bosques da Lapa fere o pé esquerdo, com um tiro de espingarda, resultando na amputação do pé. Em 1870 volta para Salvador onde publica "Espumas Flutuantes", único livro editado em vida.
Na sua poesia lírico-amorosa a mulher não aparece distante, sonhadora e intocada como nos outros românticos, mas uma mulher real e sedutora. Na poesia social Castro Alves é sensível aos graves problemas de seu tempo. Seu poema abolicionista mais famoso é “O Navio Negreiro”, um poema épico-dramático, que faz parte da obra “Os escravos”, onde denuncia a crueldade da escravidão e faz uma recriação poética das cenas dramáticas do transporte de escravos no porão dos navios negreiros.
A linguagem usada por Castro Alves para defender seus ideais liberais é grandiosa, seu estilo é eloquente e faz uso acentuado de hipérboles e de espaços amplos como o mar, o céu, o infinito, o deserto etc. Apesar disso, é uma linguagem essencialmente romântica.
Antônio Frederico de Castro Alves morreu em Salvador, Bahia, no dia 6 de julho de 1871, vitimado pela tuberculose.

Poesias de Castro Alves

A Canção do Africano

A Cachoeira de Paulo Afonso

A Cruz da Estrada

Adormecida
Amar e Ser Amado
Amemos! Dama Negra
As Duas Flores
Espumas Flutuantes
Hinos do Equador
Minhas Saudades
O "Adeus" de Teresa
O Coração
O Laço de Fita
O Navio Negreiro
Ode ao Dois de Julho
Os Anjos da Meia Noite
Vozes d'África.


Fonte de origem:
http://www.e-biografias.net/castro_alves/

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