Foi o mar quem me fez assim,
Metade homem, metade peixe.
Trago-o no nome, poeta das águas.
É o que me faz assim,
No mergulho, sucumbo,
E novamente começo.
Filho da grande Deusa,
Iemanjá, mãe d’água.
Foi o mar quem me fez assim,
Metade homem, metade lei.
Pudor e despudor.
Horror e contemplação.
Serviçal de Afrodite.
Amante das coisas fugidias,
Abençoado por luas
Que me lambem os instintos,
Estrelas que reluzem e fulguram em minha pele.
Calor de astros e tempestades de areia.
Foi o mar que me fez assim,
Suicídio e afogamento.
Amador das coisas efêmeras e dos prazeres carnais.
Lobo ensandecido,
Palhaço em Passárgada,
Canário das águas.
Servo de Oxum.
Marcos W. Freitas.
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