quinta-feira, 2 de abril de 2020

Poesia De Quinta Na Usina: Luis de Camões: Soneto:



                                  Aquela fera humana que enriquece sua       presuntuosa tirania
destas minhas entranhas, onde cria Amor um mal que falta quando crece;

Se nela o Céu mostrou (como parece) quanto mostrar ao mundo pretendia, porque de minha vida se injuria?
Porque de minha morte s'enobrece?

Ora, enfim, sublimai vossa vitória, Senhora, com vencer me e cativar me: fazei disto no mundo larga história.

Que, por mais que vos veja maltratar me, já me fico logrando desta glória
de ver que tendes tanta de matar me.

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