quarta-feira, 13 de maio de 2020

Poesia De Quinta Na Usina: À TUA PORTA HÁ UM PINHEIRO MANSO:

À tua porta há um pinheiro manso De cabeça pendida, a meditar, Amor! Sou eu, talvez, a contemplar Os doces sete palmos do descanso. Sou eu que para ti atiro e lanço, Como um grito, meus ramos pelo ar,

Sou eu que estendo os braços a chamar Meu sonho que se esvai e não alcanço. Eu que do sol filtro os ruivos brilhos Sobre as louras cabeças dos teus filhos Quando o meio-dia tomba sobre a serra... E, à noite, a sua voz dolente e vaga

É o soluço da minha alma em chaga: Raiz morta de sede sob a terra!

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