À tua porta
há um pinheiro manso De cabeça pendida, a meditar, Amor! Sou eu, talvez, a
contemplar Os doces sete palmos do descanso. Sou eu que para ti atiro e lanço,
Como um grito, meus ramos pelo ar,
Sou eu que
estendo os braços a chamar Meu sonho que se esvai e não alcanço. Eu que do sol
filtro os ruivos brilhos Sobre as louras cabeças dos teus filhos Quando o
meio-dia tomba sobre a serra... E, à noite, a sua voz dolente e vaga
É o soluço da minha alma em chaga: Raiz morta de sede sob a terra!
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